Quem conhece, conhece, antes de mais, a sua ignorância.
À medida que se aprende, apercebemo-nos de que, antes de aprender, não sabíamos.
Dá, então, para inferir que ainda resta muito por saber.
Daí o acerto do que observou John Wheeler: «Vivemos numa ilha rodeada por um mar de ignorância. À medida que cresce a ilha do nosso conhecimento, também cresce a costa da nossa ignorância».
Às vezes, esse mar (de ignorância) não está só ao nosso lado, à nossa beira. Esse mar pode invadir-nos.
O conhecimento acaba sempre por ser um esforço por amortecer a nossa ignorância primordial.
Só aprende quem sabe que não sabe, quem procura ir (um pouco) mais longe do seu não saber!