Foi a preparação e a acção. Agora é a reflexão.
O que ressalta é que o 15 de Setembro se vai impondo como um sinal.
Foi um sinal poderoso. Envolveu os que participaram. E não deixou de afectar os que não puderam participar.
Aliás, os ecos persistem. O 15 de Setembro, a bem dizer, ainda não terminou.
Aquele dia foi um despertar, uma alvorada. E, atenção, o que há de novo é a transversalidade do seu impacto.
O que as manifestações têm mostrado não é apenas a falência do poder; é também o esgotamento do actual sistema partidário.
É isto que é mais perigoso e, por outro lado, mais alentador.
A rua não se revê nas suas escolhas. Os cidadãos não querem continuar a a ter um papel passivo, limitando-se a eleger aqueles que lhes são indicados.
Será que é possível emergir alguém a partir da população?
Vivemos em estado de excepção.
Que este estado de excepção não signifique suspensão de direitos. Que signifique alargamento e aprofundamento de direitos, deveres e esperança!