Um dos sinais da pobreza do nosso debate é que tudo (ou quase) se resume à riqueza.
É um paradoxo, mas é verdade.
Tudo se resume aos milhões que têm pouco e aos poucos que têm milhões.
Mas são estes poucos (que acabam por serem ainda bastantes) que povoam a paisagem televisiva e radiofónica.
Há uma pergunta que quase ninguém faz. Como é que, num mundo em que milhões de pessoas vivem com menos de um dólar por dia, se defenda a manutenção de empresas que gastam milhões e milhões por ano?
Serviço público não seria, antes de mais, levar o pão a todas as bocas?