O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 10 de Setembro de 2012

Na escola, todos nós apreciamos os problemas fáceis.

Resolvem-se rapidamente. Solucionam-se acertadamente.

Na vida, também gostamos de problemas fáceis. Só que eles não existem. Os problemas da vida nunca são fáceis.

Como alerta Ferdinand Foch, um problema, «se não fosse difícil, não seria um problema».

Isto não quer dizer que os problemas difíceis são insolúveis.

Isto quer dizer que os problemas difíceis, para ser resolvidos, têm de ser encarados como são: como problemas difíceis!

publicado por Theosfera às 23:38

‎10 de Setembro não é só a véspera do 11 de Setembro, uma data tingida pela tragédia.

Faz hoje 48 anos que foi assinado o prefácio de um dos livros mais marcantes do último século: «Teologia da Esperança».

Nele, o teólogo luterano Jurgen Moltmann entra em diálogo com as principais correntes do pensamento e assinala um horizonte mobilizador para o presente.

Belos, sem dúvida, esses anos 60. Quero crer que as janelas então abertas não se fecharam de vez.

publicado por Theosfera às 19:38

A crítica é legítima. E é coerente consigo mesma quando se expõe, ela também, à crítica.

Sucede que nem toda a crítica se honra a si mesma. Ou seja, nem toda a crítica aceita a crítica.

Há, de facto, uma determinada crítica que parece nascer mais da inveja do que da coragem. O seu objectivo não é tanto denunciar as injustiças, mas manifestar despeito por alguém não ter acesso àquilo de que outros desfrutam.

É por isso que há uma certa crítica que não faria melhor. Faria, porventura, igual ou até pior.

Hoje em dia, muitos dos que mais criticam nem sequer são os mais desfavorecidos. Por vezes, são os menos bem formados.

O ministério do protesto, como dizia Bernhard Haering, é importante. Mas ele tem de nascer de critérios e não de impulsos.

Olhemos mais para a realidade do que para a suspeita. A realidade já é suficientemente dolorosa. Não a sobrecarreguemos ainda mais com as nuvens espessas da suspeita!
publicado por Theosfera às 11:40

Esta é a era da mobilidade. Este é o tempo das deslocações. As pessoas, como o tempo, estão em constante movimento, em contínua peregrinação.

A peregrinação exterior é significativa. Mas a peregrinação interior, como sugeria Alçada Baptista, é decisiva.

Apesar da mobilidade, as pessoas passam muito tempo sentadas. Dizem alguns estudos que uma criança está, em média, 18 horas diárias na posição de deitada ou sentada. Muitos são os assentos a que recorremos. Pouco, no entanto, é o assento que se mostra. Parece tudo tão instável. Mesmo quando se está sentado!

Tudo é peregrino, hoje em dia: as pessoas e também as ideias. Mas confesso que algumas «ideias peregrinas» deixam-me apreensivo.

Porque, acima de tudo, lhes falta sal, horizonte e profundidade!

 

publicado por Theosfera às 11:37

Nos últimos tempos, a acção política está mais centrada nas previsões do que nas acções.

Só que a função principal dos governantes não é prever; é agir.

É tentar confirmar (ou infirmar, conforme os casos) as previsões!

publicado por Theosfera às 11:36

Faz hoje 34 anos que foi proferida uma das frases mais espantosas de sempre.

Foi, de facto, a 10 de Setembro de 1978 que o Papa João Paulo I (que viria a morrer a 29 desse mesmo mês) disse que «Deus é Pai e, ainda mais, Mãe»!

Para o «Papa do Sorriso», Deus não faz mal, não castiga. «Só quer fazer-nos bem a todos».

É por isso que «Deus tem os Seus olhos abertos, mesmo quando nos parece que é de noite» Acrescentaria: «Sobretudo quando nos parece que é de noite»!

publicado por Theosfera às 10:31

A vida ensina. E já Ésquilo percebeu: «A sabedoria amadurece por meio do sofrimento».

Os sofredores habituam-se a perceber o que muitos mestres não conseguem transmitir!

publicado por Theosfera às 10:30

Os povos não têm apenas problemas de natureza política.

A montante e a jusante destes, os povos têm também problemas de natureza cívica.

A política está numa curva de decadência. Mas o civismo também se encontra numa fase de desmotivação.

Está visto que a política não consegue mobilizar o povo. Tem de ser o povo a transformar a política!

publicado por Theosfera às 10:29

Albert Camus chegou a dizer que o suicídio é o principal tema da filosofia.

De facto, à partida, parece um enigma inecifrável.

Nascemos para viver. Acabamos por morrer. E não falta quem apresse o desfecho.

Miguel de Unamuno detectou, há cem anos, que Portugal era um povo de suicidas.

É um problema complexo, tingido de muita dor. Sofre quem o comete. Sofre quem está ao lado. Existem intervenções clínicas. Sente-se a necessidade de acompanhemento humano. Mas mesmo este nem sempre resulta.

Dizem os peritos que a crise pode potenciar o suicídio.

Hoje, 10 de Setembro, é o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio.

Há muito para reflectir. Imenso para inflectir.

Ninguém quer a morte, julgo. O que muitos querem é terminar com a dor. Que, muitas vezes, já não dará para aguentar!
publicado por Theosfera às 10:28

Temos de empobrecer para enriquecer.
Temos de ficar pior para ficarmos melhor.
Eu sei que isto não faz sentido. É a pura quadratura do círculo.
Mas é o que nos querem fazer crer!

publicado por Theosfera às 10:27

Quase mil empresas foram à falência até ao final de Julho.

Não há dinheiro para comprar casa. Não há trabalho para os operários. Não há futuro para as empresas.

Fixem esta capicua: 868 empresas já fecharam. Em apenas sete meses!

publicado por Theosfera às 09:48

Hoje, 10 de Setembro, é dia de S. Nicolau de Tolentino, Sta. Pulquéria e S. Francisco Gárate.

Um santo e abençoado dia para todos!

publicado por Theosfera às 07:09

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