Neste Dia dos Avós, queria dizer que só conheci uma Avó. Chamava-se Isaura. Era Mãe da minha Mãe. Tinha eu 9 anos e ela 74 quando, a 1 de Novembro de 1974, fomos ao cemitério da Senhora da Guia. Fomos, não. Foram meus Pais e meu Irmão. Eu fiquei no carro com a minha Avó.
Nunca esqueci o que ela me disse a certa altura: «Olha, meu neto, se calhar daqui a um ano também já me vens visitar aqui, ao cemitério!» Não liguei.
A 30 de Dezembro daquele ano, manhã cedo, andava com meus Pais a apanhar azeitona, quando alguém vem dizer que a minha Avó tinha tido uma trombose.
Imediatamente se chamou o Médico, que prontamente apareceu. Mas não houve nada a fazer.
Minha querida Avó partiu para Deus, após uma vida sacrificada.
Todos a conheciam por «Isaurinha de Porto de Rei», o lugar onde viveu.
Sei que chorei bastante com as saudades.
Nunca deixei de rezar por ela.
Sei que está junto de Deus. E conservo a imagem de uma pessoa de bem no meu coração.