Eis-nos em pleno tempo em que tempo não temos.
Andamos pelo tempo a lamentar a falta de tempo.
Andamos pelo tempo a perorar sobre as malfeitorias que sofremos com o tempo.
Mas apesar do que sofremos no tempo, alimentamos o desejo de termos mais tempo.
O tempo falta-nos. Mas será que nós também não faltamos?
Onde está o tempo para nós? Onde estamos nós no tempo?
Madame de Stael deixa-nos um aviso eivado de suma pertinência: «Os homens em revolução têm muitas vezes mais a recear dos seus êxitos do que dos seus reveses».
As pessoas parece que se transfiguram com os êxitos. E não necessariamente para melhor.
Há quem não saiba perder. Mas também não falta quem não saiba ganhar!
Uma discussão pode ser dada por terminada. Mas, em si mesma, nunca estará concluída.
Já Protágoras advertia: «Todo o argumento permite sempre a discussão de duas teses contrárias, inclusive este de que a tese favorável e contrária são igualmente defensáveis».
É claro que não existe uma simetria absoluta entre posições. Mas ela é, muitas vezes, alegada. E, não raramente, a posição mais indefensável à partida pode tornar-se vencedora à chegada.
O absurdo anda à solta. Alguém o segura?
Há risos que são humilhantes. Que torturam. Que, não raramente, destroem.
E há sorrisos que são miraculosos. Dispensam palavras e argumentos.
Conseguem quase tudo. Sobretudo desarmar os desavindos e (re)aproximar os distantes.
Nem sempre será oportuno rir. Mas nunca deixe de sorrir!
Hoje, 17 de Julho, é dia do Bem-Aventurado Inácio Azevedo e seus companheiros mártires, Sta. Teresa de Sto. Agostinho e suas companheiras mártires e Sto. Aleixo.
Um santo e abençoado dia para todos!