A voz da experiência pela pena de Montaigne: «Uma fealdade e uma velhice confessada são, a meu ver, menos velhas e menos feias do que outras disfarçadas e esticadas».
Nada como a autenticidade. O disfarce não consegue disfarçar. Apenas procura encobrir, adiar. Mas a realidade, teimosamente, acaba sempre por ressurgir!
«Atingir o ideal é compreender o real».
Jean Jaurès deu conta de que o ideal não é o oposto do real. É o seu critério, a sua meta, o seu horizonte.
Quando não há ideal, até o real começa a definhar!
A vida dos povos é um permanente transcurso entre o sonho e o pesadelo.
Andamos séculos e séculos com vontade de acertar e acabamos por gastar o tempo no confronto com uma realidade que nos deprime.
Anatole France causticou, severamente, o seu olhar: «A vida de uma nação é uma ruína perpétua, uma interminável expansão de misérias e crimes».
Não diria tanto. Mas, muitas vezes, a realidade é mais impiedosa. Não dá grande margem ao sonho. Aproveitemos, entretanto, as mais estreitas oportunidades!
Pela primeira vez em quase 70 anos, Portugal tem um excedente comercial. Ou seja, as exportações foram em maior número que as importações.
Sucede que o enfoque não está tanto na subida das exportações como na descida das importações.
A crise levou a uma quebra dos rendimentos. Há menos investimento. Há menos consumo. Há menos importações!
Hoje, 11 de Julho, é dia de S. Bento, Padroeiro da Europa, e de Sta. Olga. Refira-se que S. Bento é invocado contra as tentações do demónio, contra a eripisela, as febres e as doenças dos rins.
Um santo e abençoado dia para todos!