Bem alertava o Padre António Vieira: «O tudo deste mundo e do outro é a alma, não é o mundo».
E, no entanto, tão pouca atenção damos à alma. À alma do próprio mundo!
Bem alertava o Padre António Vieira: «O tudo deste mundo e do outro é a alma, não é o mundo».
E, no entanto, tão pouca atenção damos à alma. À alma do próprio mundo!
Há políticos que se impõem pela verborreia constante. Mas também há políticos (embora em número cada vez mais reduzido) que se destacam pela gestão dos silêncios.
Curiosamente, os primeiros desgastam-se muito mais que os segundos.
Charles de Gaule afirmou: «Nada faz realçar mais a autoridade do que o silêncio, esplendor dos fortes e refúgio dos fracos».
De facto, há quem se cale por não ter nada para dizer. Mas também não falte quem se resguarde por perceber que nem tudo é para dizer!
E se fosse a Alemanha a ficar fora do euro? Eis uma equação que ninguém considera. Mas, curiosamente, Silvio Berlusconni reapareceu para defender essa possibilidade, para quase todos esdrúxula.
E, no entanto, hoje, a Alemanha pode ficar fora de um outro Euro. Não é provável. Mas não é impossível.
À Grécia não deve faltar vontade!
Terá sentido, nos tempos que correm, falar de soberania?
A globalização parece tirar espaço às decisões nacionais, locais. Mas é possível reconsiderar o conceito. Em vez de poder e controlo, soberania poderá significar responsabilidade e protecção.
E, neste caso, tal soberania não se restringe ao interior de cada povo. Antes de sermos elementos de uma nação, somos membros de uma comum humanidade.
Onde há um ser humano em apuros, terá de haver uma acção de toda a humanidade em sua defesa.
O maior pecado é (mesmo) a indiferença!
Muito se fala hoje do poder e muito se tende a esquecer o dever.
O poder é importante. Mas o dever é decisivo.
É pelo poder que mostramos o que queremos. Mas é pelo dever que revelamos o que somos.
A sentença de Confúcio mantém-se, pois, actual: «Aprende a viver como deves e morrerás bem»!