Não deixe que as ondas do medo afoguem o caudal da esperança.
Até hoje, só conhece o que já aconteceu. Ainda não sabe o que vai acontecer.
É certo que tudo pode piorar. Mas quem lhe garante que algo de bom não estará para acontecer na sua vida?
Não deixe que as ondas do medo afoguem o caudal da esperança.
Até hoje, só conhece o que já aconteceu. Ainda não sabe o que vai acontecer.
É certo que tudo pode piorar. Mas quem lhe garante que algo de bom não estará para acontecer na sua vida?
Passeava, um dia, Jorge Luiz Borges pelas ruas de Buenos Aires.
Aproxima-se um circunstante que lhe pergunta: «O senhor é o grande escritor Jorge Luiz Borges?». Resposta pronta e sábia: «Às vezes!»
De facto, nem sempre estamos ao mesmo níve. Nem sempre somos nós. Nem sempre somos igualmente nós.
Também dentro de nós há oscilações. Ninguém foge a esta flutuação. Nem os maiores.
Nem sempre Ronaldo pode ser Ronaldo.
Pode ser que amanhã volte a sê-lo. Para gáudio de um povo que, a esta hora, mais parece um estádio de dez milhões de espectadores!
Afinal, ainda não foi hoje que a Grécia saiu do Euro!
E foi um português que não deixou!
«Aquele que castiga quando está irritado, não corrige, vinga-se».
Esta recomendação de Montaigne devia ser gravada.
Na tempestade, o melhor é acalmar. Só na calma se deve agir!
Molière disse o elementar, mas, mesmo assim, foi profundo: «A palavra foi dada ao homem para explicar os seus pensamentos, e assim como os pensamentos são os retratos das coisas, da mesma forma as nossas palavras são retratos dos nossos pensamentos».
Muito pertinente a observação de Sartre: «O homem deve ser inventado a cada dia».
Nenhum ser humano é um «factum», uma coisa feita. Todo o ser humano é um «fieri», um fazer-se. Só está concluído no fim!
O ponto de vista é sempre a vista de um ponto. Regra geral, o que prevalece é a vista dos vencedores, dos poderosos, dos que mandam.
Mas isto de ganhar e perder é muito relativo. Já dizia Casimiro de Brito: «Dizem uns que perderam o mundo, outros que nele se perderam, como se alguém alguma vez tivesse agarrado o fio desta meada».
Às vezes, há situações tendencialmente vistas como derrotas que acabam por alicerçar as maiores vitórias. O problema é que só muito tarde se reconhece!
Habitualmente, temos medo do que não conhecemos. Mas medo deveríamos ter do que conhecemos.
A violência doméstica está a tomar proporções assustadoras entre nós. E as gerações mais novas vão na dianteira.
Alguma coisa se resolve com a violência?
A pior mentira não é a que se solta dos lábios. É a que provém da vida.
Há quem minta até quando diz que mente.
Mark Twain achava que não só se mente sempre como mentimos todos: «Todos mentimos. Todos os dias, a toda a hora, acordados, a dormir, nos sonhos, na alegria, na tristeza».
Há quem seja perito. Há quem minta tão bem que até mente quando parece que diz uma verdade.
Há que estar atento às mentiras dos outros. Há que estar precavido quanto às nossas próprias mentiras. Mesmo que aparente beneficiar-nos, a mentira acaba sempre por nos aprisionar.
Só a verdade liberta!
No século XIX, Alberto Sampaio detectou um mal no nosso país que, aliás, ainda persiste. «Nos momentos de prosperidade, não tratámos das duas questões fundamentais: o trabalho e o ensino. Nos momentos de crise é tarde. Para a reorganização do trabalho falta o capital. Falta o tempo porque a fome bate à porta. Então a emigração é o único expediente»!
Hoje, 16 de Junho, é a memória do Imaculado Coração de Maria. Também se assinala a memória de S. Ciro, Sta. Judite e Sta. Lutgarda.
Um santo e abençoado dia para todos!
A Igreja será rica se for pobre. A sua maior riqueza terá de ser a pobreza e sobretudo os pobres.
A Igreja é para todos, mas não é para tudo. Todos têm lugar nela, mas para que não fiquem sentados na indiferença.
A Igreja tem de ser a voz, os pés e as mãos dos que são fustigados pelos vendavais do capitalismo.
Nunca poderá a Igreja refugiar-se no biombo do instalamento.
Ela só será credível se for clara nas opções.
Aberta a todos, ao lado dos pobres - assim terá de ser a Igreja se quiser ser a Igreja de Jesus, o Pobre de Nazaré!
Uma coisa é o silêncio. Outra coisa é a afonia.
O cristão deve cultivar o silêncio da escuta. Mas não pode enveredar pela afonia da indiferença!
Roger Garaudy foi sempre um heterodoxo.
Começou pelo marxismo. Foi expulso do PC francês.
Tornou-se um paladino do diálogo entre o marxismo e o cristianismo. Acabou por se converter ao islamismo.
Causou furor o seu negacionismo, que muito decepcionou os judeus.
Daí que a sua morte tenha passado despercebida. Já pereceu no dia 13!
«Não podemos tirar a fome do mundo mas podemos tirar alguém do mundo da fome».
Assim disse (pertinente e magnificamente) Frei Fernando Ventura.