Num jogo em que o maior «artista» não apareceu, valeram os «operários». Pepe, Postiga e Varela mostraram que uma equipa é feita de muitos. Não depende apenas de um!
A vitória de ontem deixa os portugueses contentes e um português (especialmente) aliviado: Cristiano Ronaldo.
Toda a gente, a esta hora, discute os falhanços de Ronaldo. Imaginem que Portugal não tinha vencido? Esses falhanços teriam tido influência determinante no resultado.
Varela alegrou Portugal e aliviou Ronaldo.
Há, entretanto, um aspecto positivo. Para o jogo de Domingo, há um português com enorme motivação: Cristiano Ronaldo. Dia 17, ele vai querer aparecer. E fazer tudo para marcar!
Com a Holanda, Portugal vai ter a qualidade que tem mostrado. Será capaz de ter o Ronaldo que não tem aparecido?
Muitas vezes, é Ronaldo que tem «puxado» pela equipa. Agora é a vez de a equipa «puxar» por Ronaldo.
O «astro» falhou, ontem, o que alguns «satélites» não costumam falhar. É preciso perceber que Ronaldo é humano, apenas humano!
Uma vez mais, o sofrimento foi compensado. No futebol como na vida, quem espera alcança, quem porfia consegue, quem não desiste triunfa.
É claro que Portugal arriscou muito. Quando estava a ganhar, deu a bola em vez de controlar a bola.
A Dinamarca, que não tem os primores técnicos dos portugueses, praticou um futebol geométrico, objectivo e muito perigoso.
Portugal marcou porque precisava de ganhar. Depois, «descansou» porque depreendeu que o jogo estava ganho. Quando sofreu o empate, foi para a frente e sinalizou a vitória.
Precisamos de estar em perigo para sermos felizes?
O futebol é mais que um jogo. Ele é, muitas vezes, um (fidedigno) retrato da vida!