O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sexta-feira, 27 de Abril de 2012

O Barcelona atingiu o máximo com jogadores que ele mesmo gerou e com um treinador que ele mesmo formou.

Xavi, Iniesta, Messi e muitos outros nunca jogaram noutro clube. Pep Guardiola nunca treinou outra equipa.

O Real gasta dinheiro a comprar jogadores. O Barcelona investe dinheiro ao não vender jogadores.

O paradigma é para manter. Sai um elemento, mas a filosofia subsiste.

O novo treinador, Tito Vilanova, é também um homem da casa.

A surpresa é geral. Mas quando Guardiola chegou, há quatro anos, o espanto também foi total.

Guardiola revelou-se um esteta. Não jogava apenas para os golos. Jogava também para os olhos.

Havia uma empatia, uma identificação, uma osmose entre a equipa e o técnico.

Fica uma dúvida.

Conseguirá o Barcelona fazer o mesmo sem Guardiola? E conseguirá Guardiola fazer o mesmo sem o Barcelona?

publicado por Theosfera às 13:46

O que é a cultura? Talvez tudo. Talvez nada. Quando é tudo, acaba por ser nada.

Tanto se chama cultura ao livro, ao pensamento e à arte como ao «pimba» e à mera diversão.

Cultura é um «chapéu» que tanto cabe a Bach e a Mozart como a Quim Barreiros e a Tony Carreira.

Outrora, era o pensador que aparecia. Hoje, é o «entretainer», o futebolista e o apresentador televisivo que surgem avassaladoramente.

O que conta não é a qualidade, não é a substância. É o espectáculo.

Vargas Llosa rebela-se: «Seria uma tragédia que a Cultura acabasse em puro entretenimento».

Mas a frivolidade já triunfou. O vazio tem o espaço ocupado.

Por isso, tanto se pode votar Le Pen a 22 de Abril como Hollande a 6 de Maio.

Impensável? Quando não se previnem as causas, arriscamo-nos a lamentar as consequências!

publicado por Theosfera às 10:51


A democracia não está em risco. Mas está em crise.

Não está em risco porque o que ela proporcionou é inigualável: a queda da mortalidade infantil para quase zero, o serviço nacional de saúde, a escolarização, o produto interno bruto são dados que não deixam margem para dúvidas.

O país hoje está muito diferente, para melhor. Apesar de não estarmos bem, nunca estivemos tão bem. A democracia alcandorou-nos a um patamar no qual nunca tínhamos estado.

Ao mesmo tempo, porém, nota-se uma crise porque, desde 2008, tem havido um recuo considerável nas conquistas.

Não estamos tão mal como outrora, mas estamos a ficar pior do que há uns anos. Urge aprofundar a democracia nos pilares da justiça!

publicado por Theosfera às 10:05


O Estado quer que a Escola aplique as suas normas.

Sucede que a função primacial da Escola devia ser não a aplicação, mas a transformação.

Sendo a Escola o espaço do pensamento por antonomásia, causa arrrepios verificar como ela está quase impedida de pensar: de pensar a realidade e de se pensar a si mesma.

É fundamental libertar a Escola, deixá-la actuar em todo o campo: na transmissão de conhecimentos e na vivência dos valores.

É urgente que o Estado deixe respirar a Escola.

E é decisivo recuperar o liame com a Família. A Escola começa na Família!

publicado por Theosfera às 10:00


Dizem que nunca houve tanto dinheiro no mundo como hoje.

O problema é que o dinheiro também se deslocaliza. E esta deslocalização não é apenas geográfica.

De facto, o dinheiro deixou de se concentrar no Ocidente para estar cada vez mais na China, na Índia, no Brasil e noutras potências emergentes.

Mas existe outro tipo de deslocalização ou, melhor, de ausência de deslocalização.

O dinheiro continua nas mãos de poucos. Está muito oligopolizado, quase cartelizado.

Poucos o detêm. Muitos ficam à míngua!

publicado por Theosfera às 09:56


Arthur Schopenhauer disse que é por volta dos 30 anos que encontramos a ideia dominante da nossa vida. Depois, passámos o tempo à volta dela.

Foi talvez nesse sentido que Christian Hebbel defendeu que o envelhecimento ocorre entre os 25 e os 30 anos. «O que se obtém até esse momento é o que se conservará para sempre»!

publicado por Theosfera às 09:55

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