Todos somos dependentes dos começos. Muita coisa se altera no percurso, mas o que vem dos inícios permanece.
Veja-se o caso de um jovem chamado Afonso Henriques. O seu empenho em fazer um reino de um simples condado levou-o, contra tudo e contra todos (há quem diga que contra a própria mãe!), a criar uma entidade que, nove séculos depois, ainda se mantém: Portugal!
Transponhamos, «mutatis mutandis», esta situação para o que se passa na vida de uma pessoa.
Quando não se respeita a autoridade primigénia, a dos pais, é muito difícil haver respeito pelas restantes autoridades.
Se uma decisão do século XII se prolonga no século XXI, como é que um hábito dos primeiros anos não se há-de prolongar pelos restantes 60, 70 ou 80 anos?