O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sábado, 14 de Abril de 2012

O Titanic tinha tudo para não falhar.

Houve até quem dissesse que nem Deus conseguiria afundá-lo.

Faz hoje cem anos que os factos desmentiram (tragicamente!) as pretensões.

O deslumbramento não é bom conselheiro.

No Titanic perderam-se muitas vidas e naufragaram muitas ilusões.

A lei das proporções verificou-se: grandes empreendimentos, grandes fracassos.

A «omnipotência» pode albergar uma «omnifragilidade»!

publicado por Theosfera às 12:13


Maquiavel assegurava que, «quando um homem é bom amigo, também tem amigos bons».

Devia, de facto, ser assim. O problema é que raramente é assim.

Às vezes, dá mesmo a impressão de que quanto mais bom amigo se é mais se atraem os que bons amigos não sabem ser.

Porque os piores amigos (para não dizer inimigos) são, frequemente, os que «parecem» ser amigos!

publicado por Theosfera às 12:08


Duas palavras podem explicar muitas atitudes: «hybris» e «nêmesis».

Não são portuguesas, mas vertem-se facilmente para o nosso espírito. Para muitos, o poder leva ao deslumbramento, ao abuso («hybris»). Para o conseguir, para o manter e para afastar outros, não hesitam em recorrer a tudo, até à vingança («nêmesis»).

São palavras antigas que explicam comportamentos (infelizmente) actuais!

publicado por Theosfera às 12:07


A Irlanda, a Grécia, Portugal, a Itália e a Espanha mudaram de governo.

Os novos governos apresentaram com o propósito de resolver os problemas que vinham de trás.

Mas, coisa estranha, foi quando apareceram aqueles que queriam «curar» que a «doença» pareceu mais funda e que os países mais se afundam!

publicado por Theosfera às 12:06


José Manuel Tengarrinha deixou de aparecer há muito. Reapareceu na semana que fez 80 anos.

Diz ter perdido o apetite para a política, mas não pelos livros.

Assume o desencanto que a actualidade lhe inocula: «A economia deixou de ser uma ciência e a política deixou de ser uma arte»!

publicado por Theosfera às 12:05


A fasquia das expectativas tem baixado.

Durante décadas, andámos a sonhar com o futuro.

Hoje, desencantados, já achamos que o próprio futuro não funciona...antes de começar! Instintivamente, deixamos de apostar no melhor. Limitamo-nos a evitar o pior.

Pouco tempo antes de morrer, Tony Judt entreviu este cenário: «É provável que estejamos perante uma situação em que a nossa tarefa principal não é imaginar mundos melhores, mas pensar como é que poderemos prevenir mundos piores»!



 


publicado por Theosfera às 12:03


Os «ismos» são projectos, mas podem também surgir como bloqueios.

Toda a gente diz que Cristo é muito mais do que o Cristianismo.

E muita gente começa a perceber que Marx é muito diferente do Marxismo.

Proliferam estudos que visam insular (mais do que isolar) Marx dos sistemas que se lhe referem.

Às vezes, parece que Marx, em vez de ser o mentor, é o maior crítico.

Será o pensamento de Marx aplicável? Ou, como insinua Sousa Dias, não conterá os alicerces da política do impossível?

publicado por Theosfera às 12:00


Muitas palavras não são, necessariamente, o mesmo que muitas ideias.

Às vezes, até pode ser o sinal de ausência de ideias.

Ser prolixo não significa ser fecundo.

Goethe reconhecia que «se tende a colocar palavras onde faltam ideias»!

publicado por Theosfera às 08:10




Antes de falar ou escrever, devíamos pensar naqueles que nos podem ouvir ou ler.

Uma espada fere muito. Mas uma palavra pode ferir mais.

A ferida de uma palavra pode prolongar por muito mais tempo. E quem sabe se alguma vez cicatrizará?

Robert Burton disse o essencial: «Uma palavra fere mais profundamente que uma espada»!



Franz Rosenzweig tem razão: «A linguagem é mais que sangue».

Por vezes, faz sangrar muito mais que o sangue!

O problema da palavra, hoje, não está só na sua versatilidade semântica. Está também (e sobretudo) na fragilidade ética de quem a usa. Quando a palavra depende mais da conveniência do que da verdade, a comunicação entra em combustão.

O ruído prevalece. O diálogo fenece. O interesse predomina!

publicado por Theosfera às 00:11

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