Invoco Eugénio de Andrade: «A juventude não precisa de piedade, mas de verdade».
É neste sentido que, gostaria de dizer, com todo o respeito, que o chamado «turismo de bebedeira» não leva a lado nenhum.
É natural que os jovens gostem de desfrutar.
É fundamental que se habituem a reflectir, a questionar, a questionar-se.
Os jovens valem muito mais (infinitamente) do que aquilo que nos mostram...
Se pudesse, gostaria de dizer aos adolescentes e jovens que assomam, por estes dias (ou noites!), à superfície das câmaras de televisão, que eles valem muito mais do que os copos de álcool que seguram na mão.
Que valem muito mais do que os saltos que dão ao som de música estridente e ensurdecedora.
Há tempo para tudo, dir-me-ão. Certo.
Mas estas energias desgastadas podem fazer falta noutras actividades mais edificantes.
Os jovens gostam de questionar. Era bom que se deixassem questionar também.
Não se (des)gastem no presente. Semeiem um outro futuro!