Há coisas que estão de tal modo arreigadas que nem nos apercebemos da sua existência.
Por exemplo, quando queremos denominar profissionais dos dois sexos, usamos sempre o masculino. Inclusive se a maioria for composta por mulheres.
Numa escola, pode haver 20 professoras e um professor. Toda a gente se refere, genericamente, aos...«professores». Todos nós nos referimos aos nossos progenitores como sendo nossos...«pais».
Ao nosso país referimo-nos como sendo a nossa «pátria». É uma palavra feminina, mas com raiz masculina («pater»). Daí que Natália Correia falasse de «mátria».
Até Deus, que não é masculino nem feminino, é do género masculino em muitas línguas.
Não vale a pena insistir muito nisto. Mas é um sinal da masculinidade entranhada na nossa cultura!