A pergunta a que importava responder, na questão dos feriados, era esta: alguém está seguro de que a sua supressão constitua um factor de incentivo à produtividade?
Atente-se que estamos a falar de quatro dias!
Eu penso que um pouco de sensatez não deixa dúvidas quanto à resposta.
O problema não estará no que se possa passar nestes dias, mas no que se passa nos outros dias.
Era escusado fazer uma avaliação avulsa do peso que cada feriado tem nas pessoas. Há feriados que dizem mais a uns do que a outros.
Os bispos portugueses terão sugerido a eliminação do 15 de Agosto. Dizem que o Vaticano sugere a eliminação do 1 de Novembro.
Dada a romagem aos cemitérios (já que o dia de fíéis defuntos é laboral), essa hipótese levanta dificuldades.
Já há, por isso, quem defenda uma solução similar à da suspensão dos subsídios na função pública. Ou seja, suspender-se-iam todos os feriados (talvez com a óbvia excepção do Natal) até que a austeridade passasse.
Outra possibilidade poderia ser propor que o sábado voltasse a ser (também transitoriamente) um dia de trabalho. Sempre se ganhariam mais 52 dias.
Mas nada disto toca o essencial.
Mais do que eliminar ou suspender feriados, o importante é intensificar a motivação para o trabalho e a qualidade da gestão!