Uma língua não é um fóssil que não possa ser alterado. Mas a decisão de mudar a ortografia também não é um dogma que não possa ser modificado.
Esta é a típica questão em que estou à espera de ser convencido. E confesso que os argumentos expendidos pelos propugnadores do Acordo estão longe de me convencer.
Repense-se a língua, certo. Mas não se deixe de se repensar também o Acordo que altera a sua ortografia.
E, já agora, meditemos numa comparação. As dificuldades na Matemática como são superadas? Mudando-se a Matemática ou motivando-se para a sua aprendizagem? Que diríamos se alguém eliminasse a raiz quadrada?
O mesmo se diga a respeito da História. As dificuldades superam-se pela supressão dos acontecimentos?
É certo que as comparações são odiosas. Mas, apesar das dissemelhanças, podem fazer (alguma) luz sobre certas discussões.
No meu íntimo, esta questão não está encerrada.
Dir-se-á que já houve muito tempo para discutir. Mas o certo é que só agora se intensificou a discussão.
Ignorar os contributos que têm sido dados é que seria penoso.
Escutemo-nos, pois. Sobre esta e sobre todas as outras questões!