Erasmo publicou, há séculos, um elogio da loucura. Muito tempo antes, já Paulo dizia que a Cruz era vista como loucura.
Rubem Fonseca terá dito, ontem mesmo, que «todo o santo é louco». E acrescentou que louco tem de ser também o escritor.
Dá para entender. Esta loucura está mais na avaliação dos outros do que na vida do próprio.
Para o vulgo, louco é o que rompe, o que sai da mediania, o que não transige com a sensaboria.
Diria, pois, que, no tempo que passa, precisamos cada vez mais de «loucos». Para que menos «tolo» seja o mundo!