O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2012

Maria Filomena Mónica, na sequência aliás da sua militância cívica, levanta uma questão pertinente.

 

Que critérios presidem às escolhas no nosso país?

 

Descontando algum subjectivismo que sempre terá de haver, subsiste a suspeita de que o mérito e o talento não surgem no topo.

 

Às vezes, parece até que o mérito e o talento são uma contra-indicação. Outrora, contava o nascimento.

 

Hoje, parece prevalecer a pertença a um determinado grupo: político, ideológico, económico ou religioso.

 

A perplexidade das pessoas é muito grande. Quem não tiver um grupo a promovê-lo dificilmente chegará a qualquer lado.

 

Dificilmente haverá coincidência entre o talento e os apoios de grupos de pressão.

 

Muitos, em vez de apostar no mérito, apostam num grupo. A mediocridade triunfa!

publicado por Theosfera às 10:37

A Maçonaria tem uma longa história.

 

Ela nasce de associações profissionais na Idade Média. Maçon em francês quer dizer pedreiro.

 

Curiosamente, a sua origem mais remota remete para a construção das catedrais.

 

Daí o facto de a Maçonaria designar Deus como o «Grande Arquitecto do Universo».

 

As suas concepções religiosas assentam não tanto numa revelação sobrenatural, mas no decurso da razão.

 

Daí que a sua concepção do divino remeta mais para o deísmo do que propriamente para Deus.

 

Com a Revolução Francesa e o Iluminismo, a Maçonaria foi adquirindo uma feição mais anticlerical e, mais vastamente, antirreligiosa.

 

Foi esse tipo de Maçonaria que inspirou, por exemplo, a revolução republicana em Portugal. Os seus grandes artífices pertenciam ao Grande Oriente Lusitano.

 

Os maiores políticos da I República e os que eliminaram D. Carlos eram maçons.

 

Afonso Costa, que disse que em duas gerações acabava com a Igreja em Portugal, pertencia à Maçonaria.

 

Mesmo no tempo do Estado Novo, em que a Maçonaria foi perseguida, ela não deixou de se movimentar.

 

Mais recentemente, apareceram outras organizações da Maçonaria.

 

Começou a haver abertura à participação de senhoras. A estrutura é bastante definida. O grau máximo é o 33.

 

Pelo que dizem, a Maçonaria está presente em muitos partidos.

 

Fala-se também de membros da hierarquia católica que terão pertencido, apesar da proibição oficial.

 

Mas, em si mesma, a Maçonaria não é uma organização religiosa.

 

Apesar do seu passado anticlerical, a Maçonaria, hoje em dia, agrega pessoas que, política e ideologicamente, são moderadas.

 

Alguns membros declaram-se mesmo crentes.

publicado por Theosfera às 10:34

A esta hora, muitos perguntam: como mudar?
A resposta, até agora, tem sido mudar de políticos e manter as políticas.
As variações são de pormenor. Na substância, o paradigma mantém-se e a situação agrava-se.
Só vejo um caminho: mudar por dentro. Há um défice espiritual que se traduz numa debilidade metafísica dos horizontes que nos são traçados.
O sistema educativo tem de ser mais que a mera transmissão de conhceimentos.
A minha esperança está na minoria que resiste. E que nunca desiste!
publicado por Theosfera às 10:33

Sentimos que os problemas estão demasiado perto e que as soluções se encontram excessivamente longe.
Mas, tal como os problemas, as soluções podem estar mais perto do que se pensa. Não devemos estar à espera que elas venham.
Devemos tomar a iniciativa de as procurar. Quem sabe se elas não estão dentro de nós?
publicado por Theosfera às 10:32

A esperança não morrerá enquanto houver um coração bondoso e um sorriso na alma!
publicado por Theosfera às 10:32

Malagrida parece ter revivescido e reaparece na figura dos jornalistas.

 

Só nos trazem más novas. A gente já sabe que as coisas estão mal. Mas não podiam lobrigar algo positivo para nos mostrar?

 

E, depois, parece que Calimero já não está só na banda desenhada.

 

Basta uma câmara e um microfone na rua e é todo um rol de queixumes.

 

O Muro das Lamentações foi transplantado para este extremo ocidental da Europa?

publicado por Theosfera às 10:30

Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2012
É fácil fazer profissões de fé na humanidade e no humanismo.
Importante (e cada vez mais urgente) é amar cada pessoa!
publicado por Theosfera às 11:16

É bom ter presente, em nome da verdade, que a Maçonaria não é um fenómeno unitário nem homogéneo.

 

Em Portugal, quando se falava de Maçonaria pensava-se no Grande Oriente Lusitano. Mas, de há uns tempos para cá, surgiram outras organizações como a Loja Regular ou a Loja Mozart.

 

Habitualmente, associa-se a Maçonaria ao ateísmo e ao anticlericalismo. Nem isso também pode ser assegurado de modo linear.

 

A Maçonaria reconhece Deus como o «grande Arquitecto do universo».

 

E quanto à agressividade anticlerical, é preciso reconhecer que já não estamos no início do século XX.

 

As principais figuras da Maçonaria são pessoas de especial moderação no plano ideológico.

 

Discutamos, então, com serenidade. Sem acrimónia.

publicado por Theosfera às 10:55

Há duas maneiras de promover o êxito na educação: motivando as pessoas a atingir o máximo ou baixando o nível da exigência.
Pelo rumo que as coisas levam (e o Acordo Ortográfico acaba por ser um exemplo), é a segunda via que estamos a seguir.
Só que a facilidade não gera felicidade. Gera, quando muito, ilusão.
Faz bem, neste contexto, invocar Francesco Alberioni: «A pedagogia que nivela tudo por baixo, no intuito de esbater as diferenças, tem como consequência tornar ignorantes milhões de pessoas».
Há princípios bons que podem esbarrar em meios maus.
E já dizia Napoleão que «o erro está mais nos meios do que nos princípios».
publicado por Theosfera às 10:54

«Ridendo castigat mores».
Luís Afonso, no seu apontamemto satírico, acaba por verter uma enorme (e dolorosa) verdade.
Perante a possibilidade de as urgências hospitalares ficarem sem médicos a partir de Abril, o cidadão espera que o bom senso prevaleça.
Ou seja, «que as pessoas tenham o bom senso de não adoecer»!
publicado por Theosfera às 10:53

Até a Alemanha corre o risco de entrar em recessão.
Motivo? A recessão dos outros países. Recessão que, em virtude das suas políticas, a própria Alemanha ajudou a criar.
Estamos todos metidos num dédalo, num monumental «círculo vicioso».
Como sair?
publicado por Theosfera às 10:52

É com pesar (embora sem surpresa, confesso) que noto que o efeito do Natal e do Ano Novo já se apagou.
A crispação é muita. O desnorte é grande. O ruído é quase insuportável.
De qualquer assunto se faz uma tempestade. Qualquer tema é arma de arremesso em vez de fonte de diálogo.
Parece que estamos num estado de catarse, a lamber feridas.
Em cada dia, aparece um pretexto, lançado a esmo. Andamos a acusar-nos mutuamente em vez de nos ajudarmos mutuamente.
Quero continuar a concordar com Descartes. Ainda acredito que o bom senso é a coisa mais bem distribuída pelos homens. Ou não?
publicado por Theosfera às 10:51

Muitas vezes (a bem dizer, quase sempre), aquilo que dizemos sobre os outros diz mais sobre nós do que sobre os outros.
Quem é bom vê bondade. Quem vêm maldade será bom? Poderá ser pois a maldade existe.
Mas, não raramente, a maledicência brota de uma necessidade não de denunciar o mal, mas de o promover.
Como? Chamando mal ao bem e bem ao mal!
publicado por Theosfera às 10:49

Uma vez disse que podem ser necessárias «medidas adicionais de gestão».
Noutra altura, no mesmo dia, sustentou que «não serão necessárias medidas de austeridade adicionais».
Ou seja, as medidas adicionais de gestão não serão de austeridade. O cidadão regista.
E daqui a uns dias terá a prova dos factos. Ou ver-se-á compelido a recorrer a um professor de português. Ou, quem sabe, a um perito em cabalística!
publicado por Theosfera às 10:47

A História é um crime, dizem alguns.
Será um crime a realidade que tece a História. E não deixará de ser um crime o olhar que lê a História.
Muitas vezes, olha-se e parece que não se vê.
Em várias instâncias, o negacionismo é um delito. Mas noutras latitudes parece emergir como um feito.
Escreve-se (ou reescreve-se) certos factos como se fossem o contrário do que foram.
Há sempre uma componente de subjectivismo em certas leituras. mas há quem abuse. Deixemos as apreciações (ou depreciações) para outros.
Mas não ocultemos a realidade. É o mínimo que se espera.
publicado por Theosfera às 10:46

Houve menos divórcios no ano passado. Aumento da qualidade de vida matrimonial? Não. Diminuição do dinheiro para formalizar a separação.
É o que dizem os peritos. Mas não será que a crise se tornou uma obsessão? Será ela que explica tudo?
publicado por Theosfera às 10:45

Terça-feira, 10 de Janeiro de 2012
1. Todo o começo é uma explosão. Di-lo a ciência. E parece atestá-lo a experiência.
O universo terá começado com uma explosão há muitos milhões de anos. E cada ano também costuma começar com uma explosão de euforia, de alegria e de esperança.
 
2. O problema é que a tal explosão costuma suceder uma calmaria que sabe mais a decepção do que a serenidade.
E, não raramente, de tal calmaria surgem novas explosões. Estas, porém, exalam outro sabor. Tais explosões já não são de esperança, mas de desnorte e até de violência.
É então que nos dissipamos, nos digladiamos e perdemos. A meio do caminho, fica a sensação de que já não encontramos o rumo.
 
3. Uns parecem demasiado apressados. Outros mostram-se excessivamente tolhidos.
O medo faz encolher. Dificulta o discernimento e perturba, fortemente, a decisão.
O medo surge não só pela timidez, mas também pelo receio da ambição não satisfeita.
 
4. Passamos o tempo a controlar-nos uns aos outros e gastamos a vida a passar por cima uns dos outros.
Entre o futuro ausente e o passado já distante, sentimo-nos longe do fulgor das origens.
 
5. Às vezes, o Cristianismo passa por fases destas. Parecemos todos gestores de uma decadência que muitos tentam ocultar, mas que poucos conseguem esconder.
Falta a vibração dos começos, a alma dos inícios. Afinal, o Cristianismo também começa com uma explosão. Com uma explosão de amor. E com uma formidável explosão de esperança.
E não se diga que os tempos eram fáceis. O sangue vertido aí está para certificar quão difíceis foram aqueles tempos!
 
6. José María Castillo, sem entrar pela via do protesto, faz uma advertência. É preciso ver se, em Igreja, não corremos o risco de fazer o oposto de Jesus.
Os discípulos de Jesus não devem portar-se como órgãos de poder nem como aliados dos poderes.
O que Jesus quer é que eles se «portem como as crianças». Não cabe à Igreja «emendar o projecto de Deus». Cabe-lhe, sim, pô-lo em prática. Na humildade e na modéstia!
 
7. O caminho da Igreja não pode ser o de lançar culpas para cima das pessoas.
O caminho da Igreja só pode ser aliviar as pessoas do sofrimento que pesa sobre elas. «Só humanizando-nos, lembra Castillo, sendo cada vez mais profundamente humanos, podemos corrigir este mundo, dar esperança às pessoas, estar perto de quem sofre».
Deus não é encontrado fora do mundo. Estando nós no mundo, é na profundidade do mundo que O encontraremos!
 
8. Jesus não eliminou, mas superou a imagem de Deus no Antigo Testamento. Muitas vezes, a Igreja limita-se a integrar essa mesma imagem. Parece que nem sempre faz a triagem operada por Jesus.
Dá a impressão de que tanto adoramos o Deus amor como o Deus castigador. Castillo entende que «não se pode estar de acordo com coisas tão contraditórias».
 
9. Se Jesus é o critério, então a Sua imagem de Deus é que há-de prevalecer. Jesus mostra-nos Deus como o Pai que acolhe e vai ao encontro sobretudo dos pecadores e dos pobres. O mínimo que se pode esperar de uma religião, diz Castillo, «é que torne claro em que Deus crê».
 
10. José María Castillo pede uma Igreja que não se envolva em «interesses ou pactos políticos». É uma Igreja que apostará tudo na «sua exemplaridade evangélica». O que pretende «é recuperar as origens, a inspiração profética e carismática de Jesus».
Às vezes, parece difícil. Daí a pergunta: «Não tenho o direito de pedir que voltemos ao Evangelho?»
publicado por Theosfera às 12:20

Uma palavra é pouco para descrever 365 dias de vivências tão intensas.
Para descrever 2011, a palavra escolhida foi (obviamente!) «austeridade».
Mas em segundo lugar (valha-nos isso) ficou «esperança». À frente de «troika». Que é aquela que nos vai oferecendo austeridade e tirando esperança.
Ou não?
publicado por Theosfera às 11:08

É sobretudo pelo segredo que se afere a lealdade de uma pessoa.
Já no século XVIII, o panorama não era alentador. Benjamim Franklin, apesar do notório exagero, escreveu: «Três conseguem manter um segredo quando dois deles estão mortos»!
Na sua sageza mais rudimentar, o povo afiança que «segredo de três, segredo de todos».
É preciso ter muito cuidado quando falamos de nós a alguém.
Mas também é (só) dessa maneira que conhecemos as pessoas.
Graças a Deus, ainda há excepções. Continua a haver pessoas em quem podemos confiar. O deserto tem alguns oásis!
publicado por Theosfera às 11:07

Na mesma página duas cisões.
Em cima fala-se da possibilidade de cisão num país.
Em baixo alude-se à tentativa de cisão numa pessoa. A
 Escócia pretende declarar-se independente do Reino Unido. Nada de anormal.
Mas um investigador militar que interrompe uma conferência de imprensa para tentar pôr fim à (sua) vida tem muito de anormal. E interpelante.
A alma humana é um vulcão que pode entrar em ebulição quando menos se espera!
publicado por Theosfera às 11:06

Seria bom que esta discussão em torno do secretismo não fosse polarizada apenas na Maçonaria.

 

O secretismo tem muitos outros tentáculos. Actua, de forma larvar, em muitos domínios.

 

Há muitos «submarinos» que nunca dão à tona. Preferem o jogo das sombras.

 

A transparência tem custos. Mas infunde uma paz muito grande.

 

Nada como ser limpo e liso. A melhor «almofada» é a autenticidade.

publicado por Theosfera às 11:05

A Alemanha, por um lado, e a China, por outro, não estão a ajudar-nos. Estão a prevenir-se.
É que se muitas economias colapsaram, não são apenas muitos cidadãos que contraem dificuldades. São também muitos produtos que deixam de ser vendidos. E sem compra não há progresso que resista.
O que perturba é que, imolada no altar do pragmatismo, a (magna) questão dos Direitos Humanos seja completamente olvidada!
publicado por Theosfera às 11:04

Há pessoas que se unem para destruir e se dividem para construir.
O negativo parece mais mobilizador que o positivo. O ódio aparenta agregar com mais facilidade que o amor.
A natureza humana é um enigma (muitas vezes) indecifrável.
Mas, atenção, há muitas e belas excepções!
publicado por Theosfera às 11:03

A vida, cada vida, é um «mix» de direitos e deveres.
A cada um assiste o direito de dizer e fazer o que entende. A cada um incumbe o dever de assumir o que diz e o que faz.
A perplexidade em torno das sociedades secretas não está no carácter privado do que aí se possa passar.
O problema pode estar na contradição entre a vida privada e a vida pública. E isso não se circunscreve apenas às sociedades (ditas) secretas. Que, no fundo, acabam por não ser tão secretas como se pensa.
Há tanta coisa decidida no secretismo fora das sociedades secretas. Ainda temos muito que progredir na transparência. Na coerência. Na verdade!
publicado por Theosfera às 11:02

A fé é um bem, mas nem todos estão de boa fé.
O povo tem a percepção de quem está de má fé. Estar de má fé constitui um perigo para a convivência. Sabe a simulação e, portanto, a mentira.
Só de boa fé mudaremos o mundo!
publicado por Theosfera às 11:01

Há uma tentação forte de meter tudo em regras, de regular até o mais íntimo.
S. Basílio, num texto célebre, previne-nos ante essa propensão. O amor para com Deus tem de brotar da alma, de emergir do fundo. Tem de haver vibração.
A vida religiosa, por vezes, parece mais fria que o frio do Inverno!
publicado por Theosfera às 10:59

Alegro-me com quem faz exibições ridentes de felicidade.
Fico feliz com a felicidade dos outros. Feliz mas também espantado. Porque, à partida, achamos que a felicidade consiste em satisfazer os nossos desejos, as nossas aspirações.
Estará a felicidade aí? Somente aí? Sobretudo aí?
Para Jesus, a felicidade não está em satisfazer nem em possuir.
A felicidade está sobretudo em dar, em dar-se. É mais feliz quem mais dá. É por isso que, como asseguram os livros sapienciais, só sabemos se somos felizes no fim.
É pela morte que se conhece o homem!
publicado por Theosfera às 10:57

«Aquele que perde dinheiro, perde muito; aquele que perde um amigo, perde muito mais. Mas aquele que perde a fé, perde tudo!»
Eleanor Roosevelt.
publicado por Theosfera às 10:55

Prever foi sempre difícil. Mas, nos últimos tempos, tem-se tornado um exercício cada vez mais arriscado.
O mundo muda não apenas ao ritmo de séculos ou de décadas, mas à velocidade de anos e de meses.
Desde há uns tempos, um orçamento de estado (outrora um documento válido para 12 meses) tornou-se um mero indicador.
A qualquer momento, poderá ter de ser alterado.
A esta altura, por exemplo, alguém poderá garantir como estarão as receitas e o desemprego daqui a seis meses?
Alguém poderá assegurar que não vai haver aumento de impostos?
E por quanto tempo iremos estar no euro? A incerteza possui-nos.
publicado por Theosfera às 10:53

Se, como dizem os peritos, a realidade está na comunicação, então temos de concluir que Sarkozy e Merkel pouco mais fazem do que viajar entre Paris e Berlim.

 

Ora, retirando alguma carga hiperbólica, há que questionar este tipo de actuação.

 

Decidir pressupõe, antes de mais e acima de tudo, reflectir, ponderar.

 

Há que fazer todo um trabalho solitário. O nosso futuro carece de algo muito mais que meros «shows»!

publicado por Theosfera às 10:52

É dentro que temos de procurar as razões para recomeçar.
O melhor está numa interioridade habitada!
publicado por Theosfera às 10:51

Pode o campeão da Europa e do mundo não ser campeão no seu país?
Pelos vistos, pode.
Às vezes, as máquinas também emperram.
E os melhores nem sempre são os primeiros.
O Real Madrid pode ser campeão espanhol sem ganhar ao Barcelona!
publicado por Theosfera às 10:50

Quem olha para o estádio, durante uma partida de futebol, fica sem perceber a razão pela qual o Sporting está tão longe do Benfica e do Porto na classificação.
A diferença estriba num factor: eficácia.
O Porto e o Benfica têm quem finalize. O Sporting só parece ter quem produz. Ora, sem eficácia, não há sucesso, por muito esforço que se acumule.
O desporto acaba por ser uma metáfora (por vezes, arrepiante) da vida!
publicado por Theosfera às 10:49

«A única derrota da vida é a fuga diante das dificuldades. O homem que morre lutando é um vencedor».
Tiago Alberione
publicado por Theosfera às 10:48

A inveja não traz benefícios a ninguém.
Não faz vencedores, mas pode fazer vítimas.
A inveja é um «passaporte» muito rápido para o ódio! Nunca a inveja alegra.
publicado por Theosfera às 10:47

A fé não é um analgésico que nos imunize do contacto com a realidade e a sua crueza.
A fé é portadora de paz, mas de uma paz que provém de estar desperto.
Lourdes Pintasilgo captou o essencial: «A fé é a paz da permanente inquietação».
publicado por Theosfera às 10:45

«A longo prazo, todos estaremos mortos».
Este dito de John Keynes lembra duas coisas essenciais.
Por um lado, devemos capacitar-nos da nossa contingência.
Por outro lado, devemos envolver-nos na prática do bem. Porque, depois de nós, o que fica é o eco do que fazemos. E só o bem deporá a nosso favor.
publicado por Theosfera às 10:40

Domingo, 08 de Janeiro de 2012

Não será, seguramente, a hermenêutica mais científica, mas, para mim, a melhor exegese do Evangelho deste Domingo é o célebre conto de Sophia de Mello Breyner.

 

Poucos como ela captaram o sentido vivencial da visita dos magos.

 

Segundo a escritora, Baltasar, à procura do Menino, foi consultar os homens da ciência e da política.

 

Decepcionado, virou-se para os homens da religião.

 

Encontrou um altar dedicado ao «deus dos poderosos», outro ao «deus da terra fértil» e outro ao «deus da sabedoria».

 

Insatisfeito, perguntou aos sacerdotes pelo «deus dos humilhados e dos oprimidos».

 

Resposta dos sacerdotes: «Desse deus nada sabemos»!

 

O rei subiu ao terraço e «viu a carne do sofrimento, o rosto da humilhação». Encontrou quem procurava.

 

Foi então que viu Deus. O Deus que os sacerdotes desconheciam!

publicado por Theosfera às 23:22

Neste mundo, há pessoas que são «presépios». Pela sua generosidade. Pela sua autenticidade. Pela sua lhaneza. Pela sua transparência. Pelo seu talante bondoso. Pela franqueza com que abrem as portas da sua casa. E pela disponibilidade com que (re)abrem, constantemente, as janelas da sua vida!
publicado por Theosfera às 23:21

A partir de manhã, muitos presépios começarão a ser desfeitos. Outros presépios começarão a ser refeitos.
Nunca deixará de ser Natal se cada um de nós for um presépio vivo, por onde Cristo vem sempre até nós!
publicado por Theosfera às 23:20

Leonor Baldaque é neta de escritora (Agustina Bessa-Luís) e está em vias de se estrear no romance.
Numa circunstanciada entrevista que concede, hoje, assume associar «Portugal a uma sociedade de aparência».
É curioso este texto aparecer num dia em que se celebra a «epifania», palavra que quer dizer «aparição».
Só que uma coisa é mostrar o que se é, outra coisa, bem diferente, é tentar ser o que se mostra.
E não há dúvida de que, entre nós, existe uma tendência incoercível para a simulação, para o exibcionismo, para o «status».
Estaremos condenados a naufragar no nosso provincianismo?
publicado por Theosfera às 23:19

Não faz manchete, mas há um «cross fire», em jeito de rodapé, a percorrer as páginas de dois jornais.
Em causa a apreciação da estrutura da Igreja.
Rui Osório, nas páginas de um jornal, entende que a nomeação de mais um cardeal certifica o prestígio da Igreja portuguesa.
Vasco Pulido Valente, nas páginas de outro jornal, para justificar a falta de razões para continuar a haver maçonaria, alega: «A Igreja em grande decadência pesa pouco e, sobretudo, não ameaça ninguém».
Esta linguagem faz pensar!
publicado por Theosfera às 23:18

Compulsando os dados que emergem da informação destes dias, resulta que Portugal é, cada vez mais, um país em risco acelerado de despovoamento.
Os grandes querem sair daqui para prosperar. Os pequenos têm de sair daqui para sobreviver!
publicado por Theosfera às 23:17

«A cada instante há que sacrificar o que somos ao que podemos vir a ser».
Disse Charles Bos. E Gandhi asseverava que «o que importa é o fim para o qual eu sou chamado».
A vida decorre-se do princípio para o fim, mas ilumina-se do fim para o princípio.
publicado por Theosfera às 23:16

«O importante na vida não é não cair. O importante é levantar-se de cada vez que se cai».
Assim escreveu (magistral e magnificamente) Nélson Mandela.
publicado por Theosfera às 23:14

É interessante (e preocupante) ver como pessoas se empertigam em apurar aquilo que é melhor: a melhor doutrina, a melhor religião, o melhor partido.
E quem se empenha em ver aquilo que nos torna melhores: melhores pessoas?
publicado por Theosfera às 23:12

Ainda criança já todos Te procuram.

Até os grandes se ajoelham diante de Ti.

Porque sabem que, na Tua simplicidade,

és rei, rei de amor e de paz.

 

Como os magos, também nós aqui estamos

e diante de Ti nos prostramos.

 

Não trazemos ouro, incenso ou mirra.

Transportamos a pobreza da nossa vida,

a simplicidade dos nossos gestos,

a ternura do nosso amor

e a vontade de estarmos conTigo.

 

Aceita, pois, Jesus Menino,

os nossos presentes,

o presente da nossa presença.

 

Tu vieste para nós.

Nós nunca queremos afastar-nos de Ti,

de Ti, que és a luz e a paz.

 

Tu manifestas-Te a todos.

Vieste à Terra

para seres o salvador e irmão de todos os homens.

 

Em cada um de nós, Tu encontras uma habitação.

Que nós nunca Te esqueçamos.

 

Fica sempre connosco.

Nós queremos ficar sempre conTigo,

JESUS!

publicado por Theosfera às 11:01

Sábado, 07 de Janeiro de 2012
Chegamos cedo ao tempo e tarde à História.
Regra geral, só nos apercebemos dos males depois de praticados e quando os seus autores já não existem.
Pedir perdão pelos crimes do passado soa a reconhecimento tardio e sem implicações.
O que custa é reconhecer os erros do presente.
Pierre Nora assegura que, no fundo, «a História é toda ela um crime contra a Humanidade».
É hora não apenas de o assumir, mas sobretudo de inverter o rumo.
publicado por Theosfera às 16:08

A maior cegueira, para o Padre António Vieira, «não é a cegueira que cerra os olhos».
A cegueira maior «é a que cega deixando os olhos abertos».
A ilusão é mais perigosa que a escuridão!
publicado por Theosfera às 16:07

Muito se fala, por estes dias, em sociedades secretas e em serviços secretos. Logo numa altura em que poucos são os segredos que duram.
Até o segredo está dominado pela cultura do efémero?
publicado por Theosfera às 16:06

«A felicidade é sermos felizes; não é fingirmos perante os outros que o somos».
Disse Jules Renard.
A maior felicidade é sermos autênticos.
A autenticidade é o que nos torna felizes. Mesmo com os olhos pejados de lágrimas e coração inundado de dor!
publicado por Theosfera às 16:05

«Não sei orar. Palestrar também não sei. Eu não sei conversar. O verbo que me tocou em sorte na distribuição dos verbos só é fluente quando o escrevo. Se o pronuncio, emperra. É perro. Melhor direi se lhe chamar perronho. Mas não é só debitar fala quando se conversa. É preciso escutar o interlocutor. Embora mudo por cortesia, é indispensável ouvi-lo para verificar se o silêncio é atento ou distraído, anuente ou repontão, amigo ou inimigo. Quem conversa mais precisa de ouvido que de língua».
Que saudades de uma prosa assim! João de Araújo Correia. Há 44 anos!
publicado por Theosfera às 16:04

É o nosso um tempo de tempestades. Estamos no meio de mais uma tempestade vede verbal.
De qualquer assunto fazemos não uma discussão, mas uma gritaria.
Em causa não estão ideias (nem, muito menos, ideais), mas a vida das pessoas. Ainda por cima, a vida privada.
De vez em quando surgem notícias acerca da pertença de determinadas figuras a sociedades ditas secretas.
Já se deu o caso de descendentes de algumas dessas figuras, entretanto falecidas, virem desmentir a referida pertença.
Não me parece que esta volúpia pela vida privada sirva à transparência.
O debate público deve primar por um meridiano elementar de coerência. Deve cingir-se ao que é público. E já é bastante!
publicado por Theosfera às 16:03

«Nós somos o tempo. Se formos bons, os tempos serão bons».
Uma preciosidade verbalizada pelo magno Agostinho de Hipona.
publicado por Theosfera às 16:02

Sexta-feira, 06 de Janeiro de 2012
Churchill ganhou o mais difícil e perdeu o mais fácil.
Ganhou uma guerra e perdeu eleições.
Durante grande parte da sua vida, era visto como um homem apenas medíocre, que funcionava como uma solução de recurso.
Foi quase no fim que viu consagrados os seus méritos.
E é agora, depois da morte, que se vê alçado à condição de génio.
Às vezes, só a distância permite ver o que perto não se consegue enxergar!
publicado por Theosfera às 22:09

Na arte da tolerância e da compaixão, creio não haver mestres.
Todos somos aprendizes. Ninguém tem lições a dar. Todos temos muitos ensinamentos a receber.
É sabido que o Cristianismo transporta uma bela mensagem a este respeito. Mas a sua prática também ostenta não poucas lacunas.
Não me refiro só às condenações do passado. Ainda hoje, quem erra é afastado e quem pensa diferente não é acolhido.
Há um dado positivo nisto tudo: muito temos a fazer à nossa frente.
O problema é que, na viagem, muitos são os que vão sofrendo, sofrendo.
Nunca se perca a paz, porém. Paz sofrida não deixa de ser paz!
publicado por Theosfera às 22:07

Duas únicas coisas é legítimo «matar»: a fome e a saudade.
Sucede, porém, que a fome regressa e a saudade, essa, não passa.
O que vale é que, como diz Andrés Torres Queiruga, a saudade não é só ausência. É também presença na ausência.
Na lembrança amiga, não há ausência mesmo que haja distância. A recordação presencializa até os que estão longe.
Há pessoas que nunca deixam a nossa morada, o nosso coração.
A saudade dói. Mas também suaviza!
publicado por Theosfera às 22:05

Um número desta manhã: cem mil católicos abandonam, todos os anos, a Igreja nos Estados Unidos.
Mais que um número, eis uma soberana oportunidade para pensar.
Creio que as pessoas continuam a admirar (e a amar) Jesus.
Nestes tempos videocêntricos, há uma necessidade imperiosa de ver a imagem de Jesus nas palavras e sobretudo nas atitudes.
As pessoas anseiam por mais pobreza, por mais bondade, por mais empenho na transformação do mundo!
As pessoas compreendem as falhas e toleram os erros.
O que mais as penaliza é a falta de humildade! Jesus era mansamente humilde e humildemente manso!
publicado por Theosfera às 10:52

Na Espanha e no Vaticano, hoje é a solenidade da Epifania.

 

Popularmente, este é o «Dia de Reis».

 

No país vizinho, trocam-se presentes, replicando assim o gesto dos magos.

 

Se nos ativermos aos textos bíblicos, deparamos com uma grande parcimónia.

 

Fala-se de magos (no sentido de sábios), mas nada se diz quanto ao seu número nem se referem os seus nomes.

 

Diz-se que eram três por causa das prendas que levaram: ouro, incenso e mirra.

 

Curiosamente, há uma tradição que fala de um quarto que teria levado ao Menino um livro de sabedoria.

 

É também pela via tradicional que se alvitra a proveniência: Baltasar seria da Arábia, Gaspar da Índia e Melchior da Pérsia.

 

O seu túmulo encontra-se na Catedral de Colónia, mas não há certeza quanto à sua autenticidade.

publicado por Theosfera às 10:51

Não sendo defensor de um formalismo infrene, creio que estamos, hoje em dia, a resvalar para uma atitude desmesuradamente iconoclasta.
Ainda agora, os meus olhos chocaram com um vernáculo no título de um livro.
Se é para chamar a atenção, o efeito está produzido. A provocação dá resultado.
Mas se o intento é criar empatia, confesso que o objectivo não é alcançado.
Há quem diga que o calão é sinal de virilidade e de purismo linguístico. Não me convencem.
A suave elegância no falar é o certificado da serenidade e da paz.
publicado por Theosfera às 10:50

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