A Maçonaria tem uma longa história.
Ela nasce de associações profissionais na Idade Média. Maçon em francês quer dizer pedreiro.
Curiosamente, a sua origem mais remota remete para a construção das catedrais.
Daí o facto de a Maçonaria designar Deus como o «Grande Arquitecto do Universo».
As suas concepções religiosas assentam não tanto numa revelação sobrenatural, mas no decurso da razão.
Daí que a sua concepção do divino remeta mais para o deísmo do que propriamente para Deus.
Com a Revolução Francesa e o Iluminismo, a Maçonaria foi adquirindo uma feição mais anticlerical e, mais vastamente, antirreligiosa.
Foi esse tipo de Maçonaria que inspirou, por exemplo, a revolução republicana em Portugal. Os seus grandes artífices pertenciam ao Grande Oriente Lusitano.
Os maiores políticos da I República e os que eliminaram D. Carlos eram maçons.
Afonso Costa, que disse que em duas gerações acabava com a Igreja em Portugal, pertencia à Maçonaria.
Mesmo no tempo do Estado Novo, em que a Maçonaria foi perseguida, ela não deixou de se movimentar.
Mais recentemente, apareceram outras organizações da Maçonaria.
Começou a haver abertura à participação de senhoras. A estrutura é bastante definida. O grau máximo é o 33.
Pelo que dizem, a Maçonaria está presente em muitos partidos.
Fala-se também de membros da hierarquia católica que terão pertencido, apesar da proibição oficial.
Mas, em si mesma, a Maçonaria não é uma organização religiosa.
Apesar do seu passado anticlerical, a Maçonaria, hoje em dia, agrega pessoas que, política e ideologicamente, são moderadas.
Alguns membros declaram-se mesmo crentes.