O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 22 de Janeiro de 2012
O presente é o resultado do nosso esforço. O futuro deverá ser a colheita do nosso sonho. A vida é o que for a nossa esperança.
É ela, a vida, que nos ensina tudo. Ou quase.
Às vezes, parece que só não nos ensina a respeitarmo-nos? Mas será ela que não nos ensina ou somos nós que teimamos em não aprender?
publicado por Theosfera às 16:12

Hoje é Domingo, dia do Senhor.
E é o Senhor que o(a) convida a estar com Ele. Numa qualquer igreja, num qualquer templo de pedra e no templo de pedras vivas que é todo o ser humano.
Faça do momento de oração um tempo de paz. Que a serenidade o(a) visite. E que a esperança o(a) ilumine!
publicado por Theosfera às 16:11

Tanto se matou em nome da verdade! Da verdade que alguns reclamavam para si e não reconheciam nos outros.
Falta perceber o que disse Zubiri. O essencial não é possuir a verdade, mas deixar-se possuir pela verdade.
A verdade visita quem a procura. Afasta-se de quem presume possuí-la!
publicado por Theosfera às 16:10

O Evangelho está escrito em livro para estar inscrito na vida.
O Evangelho sabe sempre a vida. Mas nem todas as vidas sabem a Evangelho.
O importante não é ter a palavra «Evangelho» nos lábios. Importante (e decisivo) é ter o Evangelho na vida!
publicado por Theosfera às 16:09

O tempo também fala. As palavras (ou expressões) que mais assomam aos nossos lábios reflectem preocupações, tendências, ausências, compensações.
Tornou-se habitual introduzir muitas afirmações com esta abertura: «Vou ser sincero» ou «Para ser sincero»...
Porquê a necessidade de dizer isto? Será suposto não ser sincero?
publicado por Theosfera às 16:08

Sem darmos por isso, acabamos por ter uma ideia distorcida de bondade.
Propendemos a achar que pessoa boa é a que contemporiza com tudo, até com a maldade.
Pessoa boa, no imaginário colectivo, é a que deixa passar a corrupção, é a que não denuncia a injustiça, é a que fecha os olhos à mentira.
Ora, a bondade implica tolerância com a fraqueza, mas nunca branqueamento da maldade.
A bondade pressupõe, aliás, combate à maldade.
O protótipo de pessoas boas está em Jesus, em Gandhi, em Luther King, em Óscar Romero.
Acabaram todos por ser mortos. Mas o exemplo da sua bondade mantém-se bem vivo!
publicado por Theosfera às 16:07

O tempo é breve, diz Paulo num texto da Missa deste Domingo.
Dir-se-ia que todos o sabemos. Mas, por vezes, parece que quase ninguém tem consciência disso.
O tempo é o lugar da nossa peregrinação, não o local da nossa morada. Somos nómadas até repousarmos na eternidade!
publicado por Theosfera às 16:06

Ao contrário do que dizia Oscar Wilde, o passado raramente (ou quase nunca) passa.
Deixa marcas e constitui um marco.
Não voltamos a ser os mesmos por muito que digamos que continuamos iguais.
«O homem que experimentou o naufrágio - dizia Ovídeo - estremece até perante um mar calmo».
publicado por Theosfera às 16:04

E vens Tu, Senhor,

falar-nos do mais difícil,

do que quase todos defendem,

mas quase ninguém pratica.

 

Vens Tu, Senhor,

falar-nos do arrependimento

e da mudança,

daquilo que todos dizem querer,

mas que quase ninguém se dispõe a fazer.

 

É preciso mudar.

É importante que tudo mude.

Mas nós falamos da mudança para fora

quando o importante é que mudemos por dentro,

pelo fundo.

 

A mudança és Tu, Senhor,

a mudança temos de ser nós.

Só conTigo tudo será diferente.

Só conTigo em nós tudo começará a ser melhor.

 

Ajuda-nos, Senhor,

a acreditar na Boa Nova,

nessa bela notícia que é a Tua Palavra,

o Teu Evangelho,

a Tua mensagem,

a Tua pessoa.

 

A Boa Nova és Tu, Senhor

e Tu estás connosco.

Nunca deixas de ser o Emanuel da esperança,

o Deus connosco nestes tempos de turbulência.

 

Ajuda-nos a semear no mundo

a Tua presença de amor,

de paz, de tolerância,

de justiça e de solidariedade.

 

A mudança necessária

tem um nome e possui um rosto:

o Teu rosto,

JESUS!

publicado por Theosfera às 12:14

Sábado, 21 de Janeiro de 2012
Teremos mudado muito, mas continuamos iguais em muita coisa.
Adérito Sedas Nunes disse, há quase meio século, que Portugal era um «país dual»: um litoral industrializado e um interior pobre.
Volvidos estes anos, os dois «países» que coexistem em Portugal terão melhorado. Mas não será que as distâncias se mantêm?
publicado por Theosfera às 11:53

Há coisas que até o mais distraído vê. Espanta, por isso, que os maiores especialistas tenham dificuldade em olhar.
Merece, pois, atenção Joseph Stiglitz, que já foi Nobel da Economia.
Para ele (como para nós), a austeridade, por si só, não funciona. Será um caso histórico se funcionar!
publicado por Theosfera às 11:53

Muitas igrejas estão fechadas por causa do receio dos assaltos.
Isto significa que, estando abertas, poderiam ser mais frequentadas por quem lá iria furtar do que por quem lá iria rezar.
É claro que aqueles que habitualmente rezam são os que trabalham.
Os que assaltam não trabalharão. O nosso mundo é um vulcão de transformações!
publicado por Theosfera às 11:52

Já houve um tempo em que o nome das pessoas violadas era mais retido do que o nome dos violadores.
Santa Inês é um desses casos. Tinha apenas 12 anos. Resistiu ao assédio de que foi vítima. Pagou com a vida a sua persistência.
É sempre muito alto o preço da dignidade!
publicado por Theosfera às 11:51

Nos dias que correm, quem mais parece protestar não são os pobres de sempre. Os que mais erguem a voz são os que, de repente, se vêem a empobrecer.
As declarações do senhor Presidente da República filiam-se nesse segmento de comportamento. Mas, a esta hora, não faltará quem pense: tomara a muitos terem um salário tão «baixo» como os que ocupam cargos tão «altos».
Se o Chefe de Estado tem dificuldade em fazer frente às despesas, que hão-de dizer a maioria dos portugueses?
publicado por Theosfera às 11:50

Ao contrário do que dizia Oscar Wilde, o passado raramente (ou quase nunca) passa. Deixa marcas e constitui um marco.
Não voltamos a ser os mesmos por muito que digamos que continuamos iguais. «O homem que experimentou o naufrágio - dizia Ovídeo - estremece até perante um mar calmo».
publicado por Theosfera às 11:49

Há cem anos, o comandante do «Titanic» não abandonou o navio no naufrágio.
Há uma semana, o comandante do «Costa Concordia» terá deixado a embarcação. Foi preciso alguém de fora insistir, aos gritos, para que regressasse.
Os tempos são diferentes. A sensibilidade não é igual.
Não julguemos ninguém. Mas Saramago poder-nos-á ajudar: «Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos; sem responsabilidade talvez não mereçamos existir»!
publicado por Theosfera às 11:48

Alguém disse, na Espanha, que ninguém tem as mãos limpas na convivência religiosa. Há mortes, condenações, exclusões que nos envergonham.
Mas se ninguém tem as mãos limpas quanto ao passado, que ao menos tenhamos o coração puro quanto ao futuro.
E que no presente demos as mãos olhando com humildade para os erros do passado e com muita esperança para o futuro!
publicado por Theosfera às 11:46

Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2012
Hoje, S. Sebastião. Amanhã, Sta. Inês. Domingo, S. Vicente.
Três dias, três mártires.
Para ser mártir, é preciso haver amor. Mas, por estranho que pareça, é preciso também haver ódio.
É incrível, mas é mesmo verdade. Sem ódio, não há martírio.
O «odium fidei» é a condição para alguém ser declarado mártir.
Estamos, pois, diante de uma mistura explosiva e, ainda por cima, dificilmente explicável.
Como é que o ódio se manifesta, regra geral, contra quem mais ama?
A fé está cheia de mistérios. E a vida não o está menos...
publicado por Theosfera às 11:02

Eu não sei se é possível meditar em andamento e, ainda mais, em andamento acelerado.
Sempre achei que a actividade mais importante de um líder é decidir. E, para decidir, é preciso parar, pensar.
O pensamento carece de algum recolhimento.
É por isso que o que se passa à nossa frente parece quase surreal.
Um líder janta em Berlim e, na manhã seguinte, está em debate parlamentar. Isto mostra um grande esforço.
Mas revela também bastante desgaste.
A mesma realidade precisava de outros horizontes.
publicado por Theosfera às 11:00

Há quem esteja sempre à espera do erro alheio para triunfar.
Quem ganha à custa dos fracassos dos outros não é um vencedor; é um oportunista.
E, depois, quer-me parecer que, na vida, o importante não é ganhar. É caminhar. É viver!
publicado por Theosfera às 11:00

Nem tudo o que espanta convence.
Há frases espantosas que nos encantam, mas que não conseguem mudar a nossa vida.
O que vem de fora pode ajudar-nos. Mas só o que vem de dentro nos transformará!
publicado por Theosfera às 10:59

Apesar de sentirmos a sua falta, ainda vamos tendo tempo para dizer, para fazer, para colher, para semear, para viajar, para construir, para destruir.
 Será que temos tempo para ser? Será que queremos ter tempo para ser?
publicado por Theosfera às 10:58

Estamos na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
Como é possível que, mil anos depois, nos mantenhamos divididos e que nem sequer aceitemos integrar os factores de divisão?
Que sinal de tolerância podemos ser para o mundo? Como é que podemos exigir às pessoas que vençam as divisões quando nós não conseguimos acolher as diferenças?
Muito já foi feito, é certo. Mas muito mais poderia (e deveria) ter sido realizado!
publicado por Theosfera às 10:57

Cada vez mais sinto que falar é um imperativo.
Mas cada vez mais noto que calar é uma necessidade.
publicado por Theosfera às 10:56

Já nem o alicerce da democracia confia em si mesma. Apenas 56% da população confia na democracia.
Mas será que há alternativa?
Eu penso outra coisa. O que as pessoas anseiam é por uma democracia.
Porque, na hora que passa, o que temos é uma «plutocracia oligárquica»!
publicado por Theosfera às 10:55

Leon Tolstói tocou num ponto sensível: «A vida é Deus. Amar a vida é amar a Deus».
A inversa também poderia ser assumida: amar a Deus é amar a vida.
Não desperdice energias pelo ódio...
publicado por Theosfera às 10:54

Até com os pouco recomendáveis podemos aprender.
Mao-Tsé-Tung asseverou: «Quem não sabe ouvir não sabe governar»!
publicado por Theosfera às 10:54

Aquiles só tinha um problema: o seu calcanhar.
Mourinho só parece ter uma dificuldade. Chama-se Barcelona.
O Real Madrid continua a ser muito bom. Só que o Barcelona mostra ser bastante melhor!
publicado por Theosfera às 10:53

Os verdadeiramente grandes são os mais pequenos.
Só quem é inferior tem necessidade de alimentar complexos de superioridade!
publicado por Theosfera às 10:52

Tente fazer uma lista dos seus lugares-comuns, daquelas palavras e frases que lhe saem mais dos lábios.
E procure pensar em cada uma delas, no seu alcance.
Será que se revê em tudo o que costuma dizer?
publicado por Theosfera às 10:51

Mais vale calar e ser do que falar e não ser.
Inácio de Antioquia, há quase dois mil anos, percebia que, não raramente, a linguagem verbal consegue mais esconder do que mostrar.
Por isso, ela é, muitas vezes, o veículo do não-ser e até do anti-ser.
O silêncio também possui a sua sabedoria.
Acima de tudo, porém, a paz. Achava o mesmo santo que ela, a paz, é o «bem mais precioso». Alguém discordará?
publicado por Theosfera às 10:50

Livra-nos, Senhor, das pretensas vitórias sobre os outros, contra os outros.
Ensina-nos, Senhor, a triunfar apenas (e sempre) com os outros.
As vitórias «solteiras» nunca são felizes. E são sempre efémeras!
publicado por Theosfera às 10:49

A vida é feita de raiz e destino.
Conhecemos a raiz. Ainda não conhecemos totalmente o nosso destino.
Resta-nos apostar tudo em cada etapa da viagem.
Hoje é mais um caminho.
Bom dia!
publicado por Theosfera às 10:47

Fez, no dia 18, 27 anos que morreu o Padre Manuel Antunes, grande figura da cultura portuguesa.
 A Sophia de Melo Breyner terá confidenciado que a história de Portugal poderia ser feita a partir da ideia de inveja!
publicado por Theosfera às 10:46

Domingo, 15 de Janeiro de 2012

... peço a oração de todos

 

O meu sincero obrigado!

publicado por Theosfera às 19:13

Eu sei, Senhor,

que continuas a vir ao nosso encontro,

ao encontro de cada um de nós.

 

De manhã, à tarde ou à noite,

quando menos esperamos,

é que Tu nos surpreendes,

é que Tu nos visitas.

 

Chamas pelo nosso nome,

como chamaste por Samuel.

Não desistes à primeira.

Tu, Senhor, insistes, insistes

até que percebamos que és Tu que vens ao nosso encontro,

que és Tu que chamas por nós.

 

Tu vens ter connosco, hoje,

de tantas formas.

Vens ter connosco

na Palavra, no Pão,

nas pessoas, nos acontecimentos.

 

Eu sei que, muitas vezes,

não Te limitas a chamar.

Tu, Senhor, tens de gritar.

 

Tantas vezes, andamos distraídos e dissipados

e até nos damos ao desplante de dizer que Tu não falas

ou não ouves.

 

Que, como Samuel, digamos:

«Fala, Senhor, que o Teu servo escuta».

 

Que nós Te escutemos sempre.

Que estejamos sempre a Teus pés a ouvir a Tua voz.

Que Te transportemos sempre.

 

A Tua palavra tem a forma de pessoa,

a forma de presença,

a forma de amor.

 

A Tua palavra é paz.

A Tua palavra é luz.

A Tua palavra é o Teu Filho.

A Tua palavra é JESUS!

publicado por Theosfera às 11:27

Sábado, 14 de Janeiro de 2012
O encontro com Deus não é, longe disso, um desencontro connosco.
Tudo pode acontecer enquanto se reza.
Podemos tossir. Podemos sorrir. Podemos chorar. Podemos sentir. E até podemos dormir.
Foi o que aconteceu a Samuel, que foi possuído pelo sono no templo. E foi o que sucedeu a Tomás de Aquino, que chegava a adormecer enquanto orava.
Não nos ausentamos de nós quando nos tornamos presentes a Deus. Os nossos sentidos até vibram mais!
publicado por Theosfera às 23:05

É bom procurar Deus. Mas também é importante deixar-se encontrar por Ele.
Nós somos peregrinos de Deus.Mas Deus também é peregrino de nós.
É necessário escutá-Lo na Palavra. Mas é fundamental que O escutemos no silêncio da (nossa) consciência.
Deus está em ti. Tu és um santuário. És teóforo. Transportas Deus. Tu és n'Ele. Ele é em Ti. Contigo. E (sempre) por ti.
publicado por Theosfera às 23:03

Cada ser humano é muito melhor do que aquilo que, por vezes, mostra e que, muitas vezes, diz.
Não raramente, o maior adversário de nós mesmos somos nós próprios!
publicado por Theosfera às 23:02

Deus nunca desiste de nós. Até quando dormimos, Ele vem ao nosso encontro.
É por isso que devemos estar sempre atentos. Até quando dormimos!
O caso de Samuel não é episódico. É referencial. Deus é amavelmente insistente!
publicado por Theosfera às 23:01

Todos nós já passámos, na vida, por aquelas situações em que tivemos de dizer palavras de circunstância.
Trata-se de palavras que não sentimos, mas lá fomos dizendo por causa desse argumento (aparentemente) irresistível: porque «tem de ser»!
Mas a mesma vida também nos mostra que tudo isso é frágil. O que «tem de ser» não é a conveniência nem a etiqueta.
A única coisa que «tem de ser» é a autenticidade. Encenar é para os palcos! Devia ser só para os palcos...
publicado por Theosfera às 22:58

Num tempo sem mestres, talvez as crises possam ser os grandes mestres.
Tolentino de Mendonça viu bem, uma vez mais, o essencial do que está a acontecer!
publicado por Theosfera às 11:52

William Shakeaspeare parece ter descrito, há séculos, a vertigem que estamos a atravessar: «O justo é injusto e o injusto é justo e juntos pairam no nevoeiro do ar pestilento».
publicado por Theosfera às 11:52

Miguel Esteves Cardoso, sociólogo de formação, coloca o momento que vivemos num patamar determinista.
Para ele, a corrupção é uma pandemia, uma fatalidade. «Favorecemos sempre os próximos».
Assim tem sido sempre. Assim terá de ser para sempre?
publicado por Theosfera às 11:51

Tudo tem um prazo de validade curto. O tempo é cruelmente devorador. Então, o poder desgasta enormemente.
Dá, por isso, que pensar a veneração genuína que os ingleses têm pela monarquia. O afecto reverencial com que falam da rainha Isabel II é um sintoma.
Ela reina há 60 anos! É claro que o seu poder é meramente simbólico. Mesmo assim, esta resistência ao desgaste diz muito da soberana e muito do seu povo.
Segredo? Talvez não falar demasiado...
publicado por Theosfera às 11:50

Vasco Pulido Valente tem conhecimentos largos e não consta que tenha memória curta.
Resume tudo numa frase crua: «Não me lembro de um único primeiro-ministro que não tenha prometido não empregar a sua clientela, como não conheço nenhum primeiro-ministro que não acabasse por a empregar».
Até acredito que as pessoas estejam convictas nos seus propósitos. Mas a pressão é tanta que a fadiga aperta.
E perante a fadiga tudo cai. Até as convicções!
publicado por Theosfera às 11:49

O espectro partidário onde se situa o campo de recrutamento das nomeações é demasiado estreito para ser uma coincidência.
Isto significa que daqui a uns tempos, aquando da mudança de ciclo político, haverá outras nomeações e novos nomeados.
É este o princípio que todos incorporam. Parece um ritual a que muitos se habituaram: nomeações em série, protestos em catadupa.
Nada muda. Nem as promessas de mudança. Até poderemos estar em presença de gente muito competente. Mas custa a acreditar que tenha sido a competência o critério seguido!
publicado por Theosfera às 11:48

«O aperfeiçoamento da Humanidade depende do aperfeiçoamento de cada um dos indivíduos que a formam. Enquanto as partes não forem boas, o todo não pode ser bom. Os homens, na sua maioria, são ainda maus e é por isso que a sociedade enferma de tantos males. Não foi a sociedade que fez os homens; foram os homens que fizeram a sociedade. Quando os homens se tornarem bons, a sociedade tornar-se-á boa, sejam quais forem as bases políticas e económicas em que ela assente. Dizia um bispo francês que preferia um bom muçulmano a um mau cristão. Assim deve ser. As instituições aparecem com as virtudes ou com os defeitos dos homens que as representam».
Assim escreveu (pertinente e magnificamente) Teixeira de Pascoaes.
publicado por Theosfera às 11:47

Sexta-feira, 13 de Janeiro de 2012
1. Sentimos que os problemas estão demasiado perto e que as soluções se encontram excessivamente longe.
Habitualmente, achamos que a paz só está em risco no Paquistão, no Iraque, no Afeganistão. Longe, portanto. Muito longe.
 
2. Mas se olharmos para nós, a situação será assim tão diferente? Não há muita paz no mundo. Mas haverá muita paz em nós?
Poderá haver paz no mundo se não houver paz no coração de cada ser humano? Talvez. Depende do que entendermos por «paz».
 
3. Na nossa cultura, há basicamente três palavras que se traduzem por «paz». Mas existem algumas precisões a fazer entre elas.
A palavra mais óbvia é o latim «pax». Para os romanos antigos, a paz é o que resulta do diálogo, da negociação, do contrato. Aqui, portanto, a paz é a mera ausência de guerra.
 
4. Semelhante é o conceito veiculado pelo grego «eirene». A paz, para os gregos, decorre da harmonia entre forças contrárias. Ou seja, pressupõe-se não só a diferença, mas também a contradição. Mas estabelecem-se bases para que não haja conflitos.
 
5. O hebraico «shalom» contém muito mais. A paz é sentir-se completo, integral.
Não se reduz, pois, a um mero contrato ou a uma simples harmonia, o que já não é pouco, diga-se.
A paz reclama tudo o que faz parte do ser e da vida. Ela inclui a verdade e não dispensa a justiça.
 
6. É por isso que a paz só estará no mundo se estiver em cada pessoa que há no mundo. Antes da negociação, é fundamental pugnar pela conversão à paz.
Jesus, no Sermão da Montanha, considera felizes os construtores da paz. Só eles serão «chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9).
Trata-se não de uma paz ensimesmada, mas de uma paz difusiva, que envolve o ambiente, que contagia o universo.
 
7. Esta paz, que é um dom, é também uma construção. Tem de ser reiventada todos os dias.
Nem sempre (a bem dizer, quase nunca) as religiões são aliadas da paz. Importa, porém, perceber que o primeiro sinal de Deus é a paz. Quando Deus vem à terra em forma de criança, os enviados celestes entoam um cântico que diz tudo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra» (Lc 2, 14).
A paz desponta, assim, como o grande sinal de que Deus já está entre nós.
 
8. Temos de estar atentos porque, infelizmente, é possível perder a paz.
Perde-se a paz quando há vontade de domínio e existe complexo de superioridade. Quando se pretende mandar, nunca há serenidade. Subsiste sempre o receio de que alguém chegue primeiro.
A paz alimenta-se com a meditação, pela qual se acolhe a presença pacificante de Deus. E a paz alastra através da compaixão, através da qual se olha para o outro como irmão e nunca como adversário ou inimigo.
 
9. Só haverá paz fora se houver paz por dentro. A paz nunca pode ser imposta pela força. O medo não é portador de paz.
É por isso que em causa está muito mais que a «pax romana». Aqui valia o princípio enunciado por Cícero: «Si vis pacem, para bellum» (se queres a paz, prepara a guerra).
Não é o medo que nos prepara a paz. Nenhum outro caminho nos conduz à paz. Gandhi tinha razão quando dizia: «Não há caminho para a paz; a paz é o caminho»!
 
10. É por isso que o lugar onde mais se decide a paz no mundo não é a mesa onde os líderes mundiais se encontram.
O lugar onde a paz mais se decide é o nosso interior. Se um coração mudar, a mudança começará a acontecer.
Um dia, o paraíso vai descer à terra. Quando apostarmos na mudança a partir do interior, o exterior começará a exalar um perfume diferente!
publicado por Theosfera às 12:33

Esta questão das nomeações, que infecta o espaço mediático e está a empestar a convivência cívica, tem dois ângulos de análise.
Parece que, quanto à legalidade, nada haverá a apontar.
O problema passa-se na ética. Uns dizem que não é curial prejudicar as pessoas só por serem da área do Governo.
Muitos, porém, inquietam-se ao saber que, no meio de tantas nomeações, só aparecem pessoas da área dos partidos do Governo.
Compreendo o senhor Primeiro-Ministro. Mas, ao contrário dele, não me sinto «confortado nem confortável»!
publicado por Theosfera às 10:23

Vida difícil a de Santo Hilário de Poitiers, cuja memória hoje ocorre.
Retenho dele uma frase que sempre me marcou: «Permaneçamos desterrados contanto que permaneçamos na verdade».
publicado por Theosfera às 10:00

Não se deixe abater pelo que aconteceu neste dia.
Amanhã será melhor. E ainda que, nele, haja mais problemas, também irá haver a sua energia para os combater.
E, depois, Deus está do seu lado e não do lado dos seus problemas.
Daqui a pouco vai começar um belo dia!
publicado por Theosfera às 09:56

A supeita está omnipresente nos espíritos. Todos suspeitam de todos.
A amizade é um valor muito invocado mas pouco cultivado.
Os que resistem são uns verdadeiros heróis!
 Creio nos heróis do quotidiano, nos que esperam mesmo quando parece já não haver esperança.
Naqueles que fazem o «milagre» de dar o pão, ainda que escasseiem os meios.
Naqueles que não desistem de continuar o caminho, mesmo quando muitos teimam em tapar os horizontes!
 
publicado por Theosfera às 09:56

Uma aula com adolescentes na casa dos 14, 15 anos. Todos assumidamente católicos. E todos com uma genuína curiosidade sobre a Maçonaria.
O ambiente primava pelo decoro, pelo respeito e por uma enorme tolerância.
Os mais novos dão-nos maduras lições de convivência salutar.
As exclusões são degenerescências dos que se julgam mais crescidos!
publicado por Theosfera às 09:54

Uma frase de Emanuel Levinas que sempre me acompanhou: «Mais alta que a grandeza é a humildade».
A maior epidemia deste mundo, cujos tentáculos provocam muitas doenças, chama-se «egopatia»: a doença do eu!
Esta doença afecta não apenas o eu pessoal, mas também o eu institucional, o eu geracional, o eu grupal.
Cada um sente-se o centro e presume-se a norma.
Luminosa foi, por isso, a resposta do Dalai Lama quando o teólogo lhe perguntou qual seria, na sua óptica, a melhor religião.
Quem estivesse à espera de que ele respondesse «o Budismo», ficou surpreendido: «A melhor religião é a que te torna melhor, é a que faz de ti melhor pessoa»!
publicado por Theosfera às 09:51

Há muita (diria mesmo toda a) razão na denúncia dos critérios que presidem à maioria das nomeações.
O problema não está na razão. Está na autoridade e na vontade.
Não há quem tenha autoridade quanto ao passado. E não há quem pareça ter vontade quanto ao futuro.
As críticas sobem de tom e mudam de protagonistas. Mas a situação, essa, perdura. Até quando?
publicado por Theosfera às 09:50

«Não se pode ser católico e maçon».
Cresci a ouvir isto. Era a voz da autoridade eclesiástica.
Ontem, o Dr. Ricardo Sá Fernandes assumia-se como cristão e maçon.
Entendo o primeiro pronunciamento. E respeito integralmente o segundo.
Em última instância, é à consciência de cada um que cabe tomar as decisões. A ninguém é lícito contestá-las.
Eu não me considero melhor cristão que Sá Fernandes...
publicado por Theosfera às 09:48

Não diria tanto (sobretudo porque creio que ir a igrejas não impede que se ame), mas não há dúvida de que este pensamento de Osho é inspirador e muito interpelante: «Religião não tem nada a ver com igrejas e templos e rituais: a religião nasce somente quando alguém pulsa com amor».
publicado por Theosfera às 09:47

Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2012
«Nada é mais fácil do que denunciar um malfeitor; nada é mais difícil do que entendê-lo».
Assim escreveu (preclara e magnificamente) Dostoiévski.
publicado por Theosfera às 10:40

Nem sempre os melhores são os primeiros.
Muitas vezes, a ambição degola o mérito.
E os grupos antes querem apostar num dos seus do que no melhor para todos.
Para muitos, o mérito não é nada se não pertencer ao «grupo»!
publicado por Theosfera às 10:38

mais sobre mim
pesquisar
 
Janeiro 2012
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3
4
5
6
7

8
9

16
17
18
19

26
28



Últ. comentários
Sublimes palavras Dr. João Teixeira. Maravilhosa h...
E como iremos sentir a sua falta... Alguém tão bom...
Profundo e belo!
Simplesmente sublime!
Só o bem faz bem! Concordo.
Sem o que fomos não somos nem seremos.
Nunca nos renovaremos interiormente,sem aperfeiçoa...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
Sem corrigirmos o que esteve menos bem naquilo que...
hora
Relogio com Javascript

blogs SAPO


Universidade de Aveiro