Obrigado, Senhor,
pelo Teu sorriso desta manhã,
pela Tua esperança deste Domingo.
Tu és o profeta esperado,
o Salvador querido,
o amor realizado.
Tu vences o mal
sem Te deixares contaminar pelo mal.
Tu és o sorriso que emoldura as nossas lágrimas
e suaviza, com torrentes de bondade, a nossa dor.
A Tua fama Se espalha.
Todos ficam admirados com a Tua autoridade,
uma autoridade que vem do amor,
uma autoridade humilde que nunca humilha.
Também nós, hoje, ficamos assombrados
e admirados com a Tua presença.
Tu és o supremo milagre
e o permanente sorriso de Deus.
Obrigado, Senhor, pelas maravilhas do Teu amor,
pelo eco da Tua paz.
Obrigado por seres a alavanca do nosso existir.
Obrigado, Senhor.
Obrigado, JESUS!
S. João Esmoler nasceu em Chipre, foi funcionário do imperador, enviuvou e veio a ser patriarca de Alexandria por volta de 610. Espantou toda a gente com uma pergunta que fez à chegada: «Quantos são aqui os meus senhores?»
Como ninguém percebeu o alcance, ele descodificou: «Quero saber quantos pobres temos. Eles são os meus senhores, pois representam na terra Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Mt 25, 34-46). Dependerá deles que eu venha a entrar no Seu reino».
Fizeram o apuramento. Havia 7500 pobres, que ficaram a receber, todos os dias, uma boa esmola. É claro que as críticas não demoraram. Que havia alguns que não eram pobres, antes mandriões.
Réplica do bispo: «Se não fôsseis não curiosos, não o saberíeis. Curai-vos da vossa intriga e curiosidade e deixai-me em paz. Prefiro ser enganado dez vezes a violar, uma vez que seja, a lei do amor».
Diz a história que o cofre nunca se esvaziou. A quem lhe agradecia ele respondia: «Agradece-me só quando eu derramar o meu sangue por ti; até lá, agradeçamos, os dois juntos, a Nosso Senhor Jesus Cristo».
Ninguém tinha coragem de lhe negar nada. Só que alguns costumavam sair, furtivamente, da igreja antes do fim da Santa Missa.
Sucede que o bispo saía também e, de báculo na mão, juntava-se a eles cá fora e intimava-os: «Meus filhos, um pastor deve estar com o seu rebanho; por isso, venho ter convosco. Mas não posso ficar aqui e não me posso cortar em dois; que iria ser das minhas ovelhas que estão lá dentro?» Desde então, toda a gente esperava pelo fim da Santa Missa para sair.
Que nobre exemplo de pastor, de pai. Muito mais tarde, também Bossuet repetia: «Nossos senhores, os pobres».
O pobre é sempre uma surpreendente aparição de Deus.