O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 05 de Janeiro de 2012
A mediocridade é tão grande e a presunção é tão forte em alguns espíritos, que, para a nossa vida cívica, já só clamo por um valor: decência!
publicado por Theosfera às 11:06

A situação é difícil para o Estado. Mas está a tornar-se dramática para muitas pessoas.
Os sinais de desespero estão a multiplicar-se exponencialmente.
Se os salários baixam, as despesas também têm de baixar. Elementar.
O problema é com as despesas que não podem deixar de ser feitas: alimentação ou saúde.
É uma dor grande não poder comprar o que é preciso.
Mas é uma dor maior não poder pagar o que já se possui.
Há quem viva numa casa sabendo, nesta altura, que, provavelmente, vai ficar sem ela!
Se o dinheiro não entra, as pessoas terão de sair.
Só pergunto: isto será humano?
publicado por Theosfera às 10:55

O Titanic era dado como totalmente inafundável e naufragou logo na estreia.
As Torres Gémeas eram tidas como irresistíveis e tombaram.
A aviação é alçada à condição de meio de transporte mais seguro e caem muitos aviões.
Na vida das pessoas, ocorre algo similar.
Não é o estatuto de certas funções nem a posição de certas pessoas que as torna imunes a erros, falhas ou quedas.
Não sei se o melhor é expor tudo na praça pública. Mesmo as pessoas públicas têm (ou deviam ter) vida privada.
E, além da justiça, nunca deve faltar a tolerância.
«Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra». O Mestre dos mestres tem sempre razão.
publicado por Theosfera às 10:53

«Parecer o que se é, é um crime; parecer o que não se é, um sucesso».
Eis o que disse Girardin.
E o mal é que não falta quem siga esta fórmula.
Pior é que muitos nem se apercebem dela. Mas antes ser enganado do que enganar!
publicado por Theosfera às 10:52

Os mais crescidos podem dar lições. Mas os mais pequenos também nos dão ensinamentos.
Com eles, devíamos aprender a espontaneidade, a autenticidade, a humildade, a generosidade, o encanto.
Frente ao «desencantamento do mundo» (expressão de Marcel Gauchet), precisamos do encantamento das crianças.
Nelas reluz o brilho diáfano de Deus!
publicado por Theosfera às 10:51

Um importante alerta de um importante oráculo: «O excesso de informação provoca a amnésia. Informação em demasia faz mal. Quando não nos lembramos do que aprendemos, ficamos parecidos com animais. Conhecer é cortar, é seleccionar».
Será possível dissentir de Umberto Eco?
publicado por Theosfera às 10:50

Zubiri disse uma coisa que toda a gente sabe, mas que nem toda a gente aplica: «Viver é optar».
Há quem se veja condicionado. Há quem se sinta coagido.
Não havendo liberdade plena, haverá opção a sério?
Há quem se arrogue no direito de decidir pelos outros, entrando, por esta vida, no território onde jamais deveria entrar: na consciência dos outros.
O direito mais elementar (e o valor mais sagrado) é a liberdade de consciência!
publicado por Theosfera às 10:49

Os poemas mais inspiradores não estão em livro de papel.
Eles encontram-se no livro da vida. Da sua vida. Quem sabe?
publicado por Theosfera às 10:49

Não te preocupes com o que os outros dizem em relação a ti. Preocupa-te com o que tu fazes em relação aos outros.
Se os outros disserem mal de ti e tu continuares a fazer o bem, fica tranquilo.
Agradar não rima com servir. E os aplausos são mais para quem está no palco. Ainda bem que estás na vida!
publicado por Theosfera às 10:47

Ninguém é tão pequeno como aquele que pensa ser grande diminuindo os outros.
Ninguém é tão fraco como aquele que julga ser forte enfraquecendo os outros.
publicado por Theosfera às 10:47

O mundo só será mundo quando cada pessoa for ela própria.
Representar é para os palcos.
Na vida, só nos cabe desempenhar um papel: o nosso!
 
Era bom que a simplicidade nos habitasse e que transparência nos possuísse.
Querer parecer o que não somos e pretender ser o contrário do que parecemos configura a mentira mais asquerosa: a hipocrisia, o fingimento, a simulação.
A verdade de uma vida limpa é a única ambição que é legítimo alimentar!
 
publicado por Theosfera às 10:45

Eles ficaram petrificados por lhes ter dito que, a partir de certa altura, o pensamento da morte não assusta. Pelo contrário, até apazigua.
Não se trata da morte como dissolução, mas como termo de uma viagem e entrada num mundo diferente.
Se o pensamento da morte nos habitasse, talvez nos preocupássemos mais com o eco das nossas atitudes.
O que fica depois de nós?
O resto é o rasto. Se ficar um sopro de bondade, teremos assegurado a mais bela sobrevivência dos nossos passos!
publicado por Theosfera às 10:44

O mais fácil é dizer que é a voz de alguém ressabiado. Mas, além do preconceito e da injustiça, uma tal apreciação desvia do essencial: o conteúdo.
A entrevista de José María Castillo ao «Público» pode ser incómoda. Mas merece ser lida, reflectida e serenamente ponderada.
É a palavra de um homem livre. E que toca num ponto sensível.
Estamos na Igreja não por causa do sistema eclesiástico, mas por causa de Jesus. Ele é que é o centro!
 
Existe o poder através das armas, o poder através das leis, o poder através das palavras, das imagens, etc.
E existe também o poder sobre as consciências. É um poder muito perigoso.
José María Castillo denuncia-o na sua entrevista. Trata-se de um poder ao qual a religião é tentada a recorrer.
Jesus veio reposicionar as coisas no seu devido lugar. Nenhuma autoridade é dona da consciência de ninguém. Para Jesus, a dignidade da pessoa é um valor prioritário.
 
O discurso não verbal acaba por ser infinitamente mais eloquente do que o discurso verbal.
As atitudes pesam mais do que as palavras. E o porte define melhor que qualquer pose.
É por isso que a mais elevada doutrina pode ficar comprometida com uma prática desconforme.
José María Castillo, sem entrar pela via do protesto, faz uma advertência. É preciso ver se, em Igreja, não corremos o risco de fazer o oposto de Jesus.
Os discípulos de Jesus não devem portar-se como órgãos de poder e como aliados dos poderes.
O que Jesus quer é que se «portem como as crianças».
Não cabe à Igreja «emendar o projecto de Deus». Cabe-lhe, sim, pô-lo em prática. Na humildade e na modéstia!
 
O caminho da Igreja não pode ser o de lançar culpas para cima das pessoas.
O caminho da Igreja só pode ser aliviar as pessoas do sofrimento. «Só humanizando-nos, lembra Castillo, sendo cada vez mais profundamente humanos, podemos corrigir este mundo, dar esperança às pessoas, estar perto de quem sofre».
Deus não é encontrado fora do mundo. Estando nós no mundo, é na profundidade do mundo que O encontraremos!
Jesus não eliminou, mas superou a imagem de Deus no Antigo Testamento. Muitas vezes, a Igreja limita-se a integrar essa mesma imagem.
Parece que nem sempre faz a triagem operada por Jesus.
Dá a impressão de que tanto adoramos o Deus amor como o Deus castigador.
Castillo entende que «não se pode estar de acordo com coisas tão contraditórias».
Se Jesus é o critério, então a Sua imagem de Deus é que há-de prevalecer.
Jesus mostra-nos Deus como o Pai que acolhe e vai ao encontro sobretudo dos pecadores e dos pobres. O mínimo que se pode esperar de uma religião, diz Castillo, «é que torne claro em que Deus crê».
 
O que José María Castillo pede é uma Igreja que não se envolva em «interesses ou pactos polítcos».
É uma Igreja que aposte tudo na «sua exemplaridade evangélica». O que pretende «é recuperar as origens, a inspiração profética e carismática de Jesus».
Às vezes, parece difícil. Daí a pergunta: «Não tenho o direito de pedir que voltemos ao Evangelho?»
 
 
 
 
publicado por Theosfera às 00:21

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