Este «Natal da crise» coincide com uma «crise do Natal», que se desenha desde há muito.
De facto, tem havido um deslocamento do sentido primigénio do nascimento e da missão de Jesus.
Palavras sobrecarregadas de significado (como «Natal» e «Jesus») remetem-nos, quase instintivamente, para uma religião.
Ora, a preocupação principal de Jesus não foi a religião, foi a vida.
Jesus é o inspirador de um projecto de vida, que transcende as fronteiras institucionais das religiões.
Ele é a concretização das aspirações que pairam em todas as culturas e em todos os corações: verdade, justiça, amor e paz.
Por isso é que Ele é estimado por pessoas de todos os credos.
Será por isso que nem sempre é seguido pelos que se declaram Seus continuadores?