O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sexta-feira, 02 de Dezembro de 2011

No tempo do «homem ligth», até as ditaduras são «soft», o que não quer dizer que sejam menos perigosas.

 

Já não se pegam em armas convencionais nem se derrubam governos à força.

 

Basta pôr a correr que «não há alternativas», que «só existe uma solução de governo».

 

Ora, a ausência de alternativas e a solução única não são propriamente os «ingredientes» da democracia.

 

Mas, se repararmos bem, o caminho está a ser feito e até o cidadão comum vai reproduzindo o infausto argumento.

 

Se não há pluralismo, se não se admite a diferença, haverá democracia?

publicado por Theosfera às 10:38

O santuário que Deus habita não é só o espaço. É também o tempo. E é sobretudo a pessoa.

 

Numa altura em que está porventura a pensar na confecção do seu presépio, sinta que há um presépio a ser edificado há muito: pelo próprio Jesus. No fundo do seu ser!

publicado por Theosfera às 10:15

Sem querer ser tremendista, há que manter um mínimo de lucidez que a realidade nos impõe.

 

Há quem esteja à espera de uma terceira guerra mundial.

 

À espera? Mas ela já está em curso.

 

É uma guerra económica, disputada por interesses e comandada pelos mercados.

 

As vítimas são muitas e serão muitas mais.

 

Há também golpes de estado em marcha. Não são feitos com armas, mas com a suspensão da democracia.

 

Votemos à esquerda ou à direita, pouco importa.

 

O voto tem poucas consequências. As decisões sobre a vida de um país são tomadas fora do país.

 

Ninguém se aprecebe das causas. Todos sofreremos os efeitos!

publicado por Theosfera às 10:12

Muito se fala no «factor C», essa instituição espúria, mas tão entranhada, que dá pelo nome de «cunha».

 

É um dos principais avatares da corrupção que não nos larga.

 

E o pior é que ela parece ser insuportável só quando é cometido pelos outros.

 

Tirando isso, tende a surgir emoldurada sob o manto (inofensivo) da ajuda.

 

Pouco falta para ser vista como uma forma de caridade!

 

Será importante, além disso, ter em conta a cunha ao contrário.

 

Trata-se de mover influências para que determinada pessoa seja prejudicada.

 

A cunha ao contrário vive da maledicência, da intriga, da calúnia.

 

Enfim, nada fácil ser recto num mundo tão curvilíneo!

publicado por Theosfera às 10:09

Escreveu Sébastien-Roch Chamfort: «Uma celebridade é aquele que é conhecido por aqueles que não o conhecem». E, podemos acrescentar, por aqueles que ele não conhece!

 

É tudo muito vaporoso no mundo das celebridades!

publicado por Theosfera às 10:08

Creio na bondade.

 

Creio na bondade que irradia em tantos corações.

 

E creio na bondade que se esconde em tantos corações.

 

Sim, há vidas que teimam em esconder a bondade.

 

Mas ela está lá. Um dia, desabrochará.

publicado por Theosfera às 10:07

Queria lembrar aqui o senhor D. Américo do Couto Oliveira porque hoje, 2 de Dezembro, faz 13 anos que ele voltou para a Casa do Pai.

 

Foram quatro apenas os anos que esteve entre nós e a maior parte deles a enfrentar o assédio da doença.

 

É-lhe devida uma palavra de reconhecimento sobretudo pela sinceridade, pela dedicação, pela proximidade.

 

Não era diplomata, era autêntico, era ele ou, melhor, era Cristo nele. E isso é o essencial. É tudo.

 

O senhor D. Américo, na curta estada que teve em Lamego, remodelou o Paço sem onerar a diocese, lançou a Escola Diocesana de Ciências Religiosas e tinha como projectos redimensionar a Casa do Poço (transformando-o num centro pastoral) e criar uma Faculdade de Teologia em Lamego.

 

Não posso esquecer que, na doença de meu querido Pai, visitou-o por diversas vezes dando-me autorização para celebrar a Santa Missa junto do seu leito

 

São coisas que nunca esquecem. O tempo pode ser escasso. Mas o rasto, esse, é imorredouro.

 

O senhor D. Américo do Couto Oliveira quase previu a morte.

 

Eu mesmo posso confirmar isso. Quando dele me fui despedir (antes da sua ida para exames numa clínica no Porto), fui surpreendido com uma afirmação feita com toda a naturalidade: «Olhe, eu vou mas não volto».

 

E começou a desfiar aquelas que eram as suas últimas vontades apontando para um envelope que terá sido entregue ao Vigário-Geral de então, Mons. António Russo.

 

Passados uns dias, estava eu a chegar da adoração da manhã, sou interceptado com um inopinado telefonema de Mons. Simão Morais, dando-me conta da infausta ocorrência.

 

Lembrei-me então de uma passagem de Os Lusíadas: «Coração pressago nunca mente».

publicado por Theosfera às 10:04

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