O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sexta-feira, 25 de Novembro de 2011

Para momentos de ansiedade, retenha estas palavras de Agostinho da Silva: «Não force nunca; seja paciente pescador neste rio do existir. Não force a arte, não force a vida, nem a morte. Deixe que tudo suceda como um fruto maduro que se abre e lança no solo as sementes fecundas. Que não haja em si, no anseio de viver, nenhum gesto que lhe perturbe a vida».

 

O mesmo sábio também recomenda: «Não faça planos para a vida, para não estragar os planos que a vida tem para si».

 

Não se trata, creio, da defesa do improviso. Trata-se de um alerta para que estejamos atentos.

 

O que a vida tem para nós é bem capaz de ser melhor do que aquilo que nós temos para a vida!

publicado por Theosfera às 13:46

Nem sempre será assim, mas muitas vezes é como dizia Talleyrand: «A palavra foi dada para disfarçar o pensamento».

 

Onde há palavras em excesso, o pensamento está em falha.

 

É claro que o pensamento se expressa pela palavra. Se não for esta, aquele pode ficar ofuscado. Mas, antes de vir à tona pela palavra, precisa de ser amassado pelo silêncio das profundezas.

 

As pessoas mais palavrosas nem sempre são as mais profundas.

publicado por Theosfera às 13:34

O segredo da missão está no sacrário e na rua.

 

É fundamental estar perto de Deus e é urgente estar próximo do Povo.

 

Um cristão, em rigor, não é da direita, não é da esquerda, não é do centro; é do fundo.

 

É da profundidade de Deus que ele tem de brotar. É na profundidade do Homem que ele tem de estar.

publicado por Theosfera às 13:33

Falta um mês para o Natal.

 

Nada falta para que seja Natal.

 

Basta crer. Basta querer.

 

Cada coração é um presépio. É aí que Jesus quer renascer no mundo.

 

Natal pode, por isso, ser hoje. Agora. Já.

 

Feliz Natal então!

publicado por Theosfera às 10:00

A habituação explica muita coisa na vida. Tanto para o positivo, como para o negativo.

 

Voltaire, por exemplo, estava persuadido de que, à força de tanto mentir, a pessoa acabará por acreditar que a mentira se transforma em verdade.

 

Nanni Moretti, num registo semelhante, adverte que as pessoas, muitas vezes, aceitam como normais coisas que não são normais.

 

Falta vigilância, espírito crítico, serenidade para discernir.

publicado por Theosfera às 09:59

O filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço disse esperar que a actual crise, que está a ser «muito dolorosa» para o País, seja ultrapassada com serenidade.

 

Eis um apelo que subscrevo inteiramente.

 

A serenidade pode ser conectada com indecisão, mas ela é, pelo contrário, o terreno ideal para debater problemas e superar dificuldades.

 

Creio que teria sido importante (digo-o com o máximo respeito) que a presença dos pastores da Igreja se tivesse feito sentir.

 

É certo que a presença visível não é o que mais conta. Mas já que, muitas vezes, eles são vistos em visitas oficiais dos detentores do poder, ficava bem que fossem avistados numa situação dolorosa do povo, que também é cristão!

publicado por Theosfera às 09:56

Nesta hora, penso em tantas crianças, em tantos adolescentes e em tantos jovens, naqueles que estão (como costuma dizer-se) a despertar para a vida.

 

O mais comum é dizer-se que eles não estão preparados para o mundo. Mas será que o mundo está preparado para os receber?

 

Vejo tanta pureza, tanta autenticidade, tanto sonho de verdade e de paz na alma dos mais novos que me «arrepia» o abalo que o mundo dos adultos lhes vai provocar.

 

Os mais novos devem aprender connosco. Mas nós também deveríamos aprender com eles!

publicado por Theosfera às 09:55

Embora sem desacatos de maior, noto que o ambiente está demasiado pesado e as pessoas bastante divididas.

 

A unidade, necessária nesta hora, devia resultar do encontro, do diálogo.

 

Infelizmente, o mais frequente é haver um simulacro de unidade mediante a submissão dos mais pequenos.

 

Quando estes já nem conseguem fazer-se ouvir, parece que tudo está bem.

 

Mas não é esta a paz de que precisamos. A paz é (só pode ser) obra da justiça!

publicado por Theosfera às 09:54

Apareça alguém com um discurso de esperança. Que aponte um caminho e indique um rumo.

 

Hoje por hoje, as pessoas sentem que não adianta muito fazer greve, mas também adiantará pouco trabalhar.

 

O país está a cair. Parece que todos querem empurrá-lo para um poço muito fundo.

 

Não cavemos mais divisões. Acendemos uma clareira. Não apaguemos os últimos focos da luz!

publicado por Theosfera às 09:53

Os líderes que nos governam olham para o país como uma empresa.

 

O Estado tinha um problema. E, para o resolver, não se importam de agravar a vida das pessoas, a razão de ser do Estado.

 

À frente do país temos pessoas dotadas de «inteligência técnica». Fazem falta, porém, pessoas dotadas daquilo a que Zubiri chamava «inteligência sentiente». Ou seja, falta uma inteligência que sinta, que tenha sensibilidade que olhe para a situação de muitas pessoas.

 

O eco da desesperança ainda não chegou àqueles doutos ouvidos?

publicado por Theosfera às 09:51

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