Não me interpretem mal.
Eu sei que esta greve geral vai ter custos e que nem serão os mais pobres de entre os pobres que nela participarão.
(Também é verdade que os mais pobres não a poderão fazer porque nem trabalho têm).
Só que não é só a greve que trará custos.
O que tem vindo a ser seguido traz custos muito maiores, muito mais graves.
Sei que seria mais cómodo não escolher. Mas aprendi com Zubiri que «viver é optar».
Nesta situação, escolho o lado de baixo, de quem sofre. Os trabalhadores merecem-me total solidariedade.
Sei que haverá paz e a ordem não será beliscada.
A voz dos que estão a empobrecer far-se-á escutar. Alguém a quererá ouvir?
Confesso que seria importante que, num dia como este, a voz dos pastores da Igreja se fizesse ouvir.
Há muitas «ovelhas» a sofrer e uma presença de quem as conduz na fé seria sempre reconfortante.
É, aliás, esse o testemunho de Jesus!