Às vezes, precisamos de adoecer para sentir o valor da saúde.
Precisamos de uma despedida para ver a importância de uma presença.
Precisamos de passar pela noite para apurar a beleza da luz.
Precisaremos de morrer para ter a certeza da maravilha da vida?
A eternidade projecta uma nova clareira sobre o tempo. Em tudo, podemos encontrar um sentido.
Até no mais negativo. Sobretudo no mais negativo? Há coisas que só Deus sabe!
É, quase sempre, tarde (muito tarde) que damos valor a um gesto, a um acontecimento ou a uma pessoa.
Habitualmente, só depois de tudo desaparecer é que reconhecemos a importância que as coisas tiveram para nós.
Por isso é que Cícero defendia a necessidade de envelher cedo. Porque assim se alcança mais depressa a maturidade.
E, quanto à gratidão, é fundamental que os olhos acordem!