O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 31 de Outubro de 2011

Admiro quem tem a coragem de ser impopular.

 

Lastimo quem, querendo ser popular a todo o custo, acaba por se tornar ainda mais impopular.

 

É que quem quer agradar a todos não agrada a ninguém.

 

O povo pode não apreciar quem não agrada. Mas aprecia ainda menos quem só quer agradar.

 

Admiro Bento XVI.

publicado por Theosfera às 12:36

Um procura apurar o putativo sentido oculto do que se encontra revelado. O outro pretende revelar o que se encontrava oculto.

 

Eis, em síntese, a diferença principal entre os dois livros de que mais se fala nesta altura: «O último segredo», de José Rodrigues dos Santos, e «O Céu existe mesmo», de Todo Burpo e Lynn Vincent.

 

Ambos acabam por trazer à superfície a importância da educação e a centralidade do testemunho.

 

José Rodrigues dos Santos é, sem dúvida, tributário do método histórico-crítico aplicado ao Novo Testamento.

 

A outra obra atesta a influência que tem a educação na vida de uma pessoa, ainda que se trate de uma vida com poucos anos.

 

Nada é inócuo na nossa história. E nenhuma bibliografia é indiferente à biografia que a suporta. Inclusive, quando nessa biografia, o que está em causa são experiências do próprio inconsciente.

publicado por Theosfera às 11:13

Os jornais assinalam que estamos na véspera do dia de finados.

 

Sem querer entrar em preciosismos, queria só pontuar uma dupla imprecisão. Quanto ao dia e quanto ao conteúdo do dia.

 

O dia em causa não é 1 de Novembro, mas 2 de Novembro.

 

Amanhã, é dia de Todos os Santos. Como o dia 2 não é feriado, as pessoas habituaram-se a ir aos cemitérios no dia 1. Este ano, já começaram a ir até no dia 30, por ser domingo. Em muitos locais, vão pela madrugada do dia 2.

 

E, depois, no dia 2 comemora-se os fiéis defuntos. Em alguns locais, diz-se apenas fiéis.

 

Finado vem de fim. Ou seja, indica aquele que se finou, acabou. Ora, nós acreditamos que quem morre continua vivo, na felicidade eterna.

 

Defunto vem do verbo fungor, que quer dizer cumprir.

 

Defunto é o que cumpriu. O que cumpriu a etapa terrena da vida. E está na fase eterna da existência.

 

No meio disto tudo, reconheçamos que as palavras são o que menos importa. Mas podem ajudar a perceber o que está em causa.

 

Nós sentimos que os nossos mortos não estão mortos. Eles sobrevivem. Em Deus. E em nós.

publicado por Theosfera às 09:54

«O que é um adulto? Uma criança com idade!».
Assim escreveu (luminosa e magnificamente) Simone de Beauvoir.

publicado por Theosfera às 09:45

Faz hoje, 31 de Outubro, 494 anos que Lutero publicou as suas célebres 95 teses. Abriu-se, assim, caminho para a maior cisão na Igreja ocidental.

 

Reconheço que, sem o saber, na madrugada da minha vida, fui um pouco «luterano».

 

Cheguei a pensar, como sucedeu com Lutero entre 1505 e 1513, que Deus iria condenar-me. Que qualquer coisa O ofendia.

 

Houve, por isso, uma altura em que me confessava quase de dois em dois dias.

 

Descobri, mais tarde, que Deus é um Pai de amor, que está à nossa espera antes de nós irmos ao encontro d'Ele.

 

Continuo a confessar-me todas as semanas. Não já com medo de Deus. Mas com a ânsia de receber o Seu imenso amor. E de saborear a Sua infinita paz!

publicado por Theosfera às 06:53

Há palavras que nos deixam sem elas, sem palavras.

 

Bebemo-las ou mastigamo-las e não conseguimos dizer nada.

 

«O Céu existe mesmo» é um livro campeão de vendas por toda a parte. Entre nós, conseguiu chegar ao primeiro lugar do top das obras mais vendidas.

 

Basta dizer que, em quatro meses, já vai na 11ª edição, com cerca de 100 mil exemplares transaccionados.

 

Colton é um menino de quatro anos operado de urgência.

 

Passado algum tempo, conta o que viveu. E, para surpresa de todos, em vez de falar de médicos e bisturis, fala de Jesus e de anjos.

 

O que ele reporta constitui, desde logo, o eco de uma vivência e a ressonância de um testemunho.

 

A fé corria nas veias desta criança, que a bebeu dos pais.

 

Estava no consciente e mantinha-se no inconsciente.

 

Isabel da Trindade dizia que encontrou o céu na terra porque o céu é Deus e Deus estava nela.

 

É por isso que, quando o céu desce à terra, quem está na terra sente-se já no céu.

 

A experiência do mistério é sobretudo unitiva.

 

E as crianças, na sua espontaneidade criativa, conseguem dar-nos poderosas lições de profundidade.

 

É um livro que cria sentimentos belos e que se aloja facilmente no fundo da alma.

 

Os olhos dos mais pequenos brilham quando os lábios falam desta comovente narrativa.

 

Não conheço ninguém que não tenha ficado tocado com este texto. Eleva. Emociona. Faz pensar. E permite concluir que, em tudo, há um sentido.

 

Afinal, no tempo, é possível ir mais além do tempo. A eternidade não nos esquece.

 

Em tempos de olhares estreitos, precisamos de horizontes largos. São eles que criam as raízes mais profundas.

publicado por Theosfera às 06:41

O Dia Mundial da Poupança, que se assinala hoje, pode ter o efeito de um conselho prudente, mas pode ter também o impacto de uma provocação.

 

Há muita gente que já não consegue poupar. Se o dinheiro nem sequer entra ou se sai, mal entra, como conseguirá poupar?

 

Há que ponderar seguir o conselho que, ontem, um governante dava: emigrar.

 

António Vieira bem dizia: «Para nascer Portugal, para morrer, o mundo». Continua a ser verdade!

publicado por Theosfera às 06:25

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