É muito interessante notar como as prioridades da mensagem cristã são recuperadas, em sectores não cristãos e até não crentes, como alavancas da cultura.
Luc Ferry acaba de publicar uma magnífica obra em que propõe os alicerces daquilo a que chama uma espiritualidade laica.
A base é o amor. O caminho é a revolução do amor. Interessante notar esta aposta na espiritualidade.
Será que as religiões, que deviam ser o seu regaço natural, estão a oferecer a devida oferta?
A espiritualidade não é uma parte da vida. É a vida. É a via!
O tempo voa. Nós mudamos. E, coisa estranha, não damos conta.
Habituámo-nos a correr. Deixámos de parar. E não conseguimos sequer estar.
Outrora, quando se telefonava a alguém, a primeira pergunta era: «Está lá?». Com o advento do telemóvel, o mais frequente é perguntar: «Onde estás?».
Andamos por toda a parte e não chegamos a permanecer em lado nenhum. A mobilidade trouxe a impermanência.
Aprendemos tanta coisa nos tempos de correm. É pena que tenhamos desaprendido a sublime arte de estar.
Mas como lembrava Pascal, a infelicidade provém, em último caso, de não sabermos estar!
O medo é, estruturalmente, ambivalente: tanto previne o acto imprudente como tolhe a acção correcta.
Por isso, umas vezes ele nasce da ponderação e, outras vezes, brota da conveniência.
Trata-se, pois, de uma força perigosamente poderosa.
A África do Sul impediu a entrada ao Dalai Lama. Não por falta de admiração por esta figura. Mas por excesso de temor para com a China.
É triste. A liberdade segue dentro de momentos?
O Universo está em expansão desde o início. Mas, pelos vistos, a velocidade dessa expansão está a aumentar.
Esta descoberta valeu o Nobel da Física a três cientistas e constitui uma grande metáfora do nosso tempo.
Sempre houve mudança. A novidade é a sua aceleração. E, quiçá, a nossa lentidão em acompanhá-la.
1. Denunciar a injustiça, mas nunca perder a compostura mesmo quando somos injustiçados;
2. Nunca elevar o tom de voz; quando a voz é alta, a razão é baixa;
3. Nunca querer mal, mesmo a quem provoca o mal;
4. Nunca simular os pensamentos ou dissimular os sentimentos;
5. Meditar no silêncio aquilo que há-de ser dito em público;
6. Manter sempre a urbanidade mesmo (ou sobretudo) em situações difíceis;
7. Ser sempre cordial mesmo (ou sobretudo) com quem é indelicado;
8. Ser sempre autêntico e sincero;
9. Persistir na defesa das convicções;
10. Acreditar que, embora não pareça, a esperança tem sentido e que o bem acabará por vencer.
A melhor comemoração da república é o investimento na qualidade de vida das pessoas.
Urge olhar para a base, para o interior, para o núcleo.
República é a coisa pública. Há que olhar, pois, não apenas para o individual, mas sobretudo para o comunitário.
Um país é uma obra comum, na qual ninguém há-de ser excluído.
Na hora que passa, temos passado muito tempo a olhar para trás e para o lado. Há que olhar em frente.
O futuro é sempre a melhor homenagem que se presta a quem nos antecedeu no passado.
Pensar nos outros é determinante.
A crise não é só económica. Ela é, acima de tudo, de natureza ética.
Há que regressar aos valores e nunca desistir dos princípios.
A verdade, a rectidão, a justiça, a solidariedade e a partilha nunca passam de moda.
Hão-de figurar sempre no primeiro plano da nossa vida comunitária.