Não estaremos nós a falar muito das estruturas externas da Igreja e pouco de Deus e de Cristo?
Esta pergunta não é de nenhum teólogo desalinhado. Ela foi formulada em Roma há já 26 anos. Foi no Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 para assinalar o vigésimo aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II.
Não será, porém, que, volvidos quase três décadas, aquele reparo mantém total pertinência?
Não estaremos ainda demasiado eclesiocentrados?
Nunca percamos de vista que a Igreja só existe para a ser a respiração de Deus no tempo e para tentar ser o eco da aspiração pela justiça que palpita no mundo.
Mais espiritualidade e mais intervenção profética. Mais denúncia e mais anúncio. Mais oração e mais acção social.
Eis o que se espera. Eis o que muitos aguardam.
O tempo passa. O momento urge.