Porque é que conjugamos tão fluentemente o verbo «ter» e tão dificilmente o verbo «dar»?
Porque é que conjugamos tão fluentemente o verbo «ter» e tão dificilmente o verbo «dar»?
É importante ser assertivo. É arriscado ser definitivo.
Diria que é preciso ter um conhecimento sobre-humano para dizer que «ninguém sai da política com as mãos limpas».
Só quem tem um conhecimento de todos os intervenientes na acção política está em condições de fazer uma avaliação global.
Com o maior respeito por quem proferiu estas afirmações, sei que há muita gente que entra e sai da política com as mãos limpas. Há quem não corrompa nem se deixe corromper. Há quem prime pela coerência. Há quem seja desprendido.
Há que evitar generalizações. Até porque não falta quem olhe para a Igreja com um olhar semelhante. Semelhantemente devastador.
Quanto à imagem em si, eu diria que talvez até seja bom sujar as mãos. É o que acontece a quem trabalha. Não há nenhum desprimor nisso.
Às vezes, é mesmo desejável sujar as mãos. Fundamental é manter limpo o coração!
Nunca pares de começar.
E nunca comeces a parar.