Estamos num tempo em que sabemos um pouco de tudo e, ao mesmo tempo, não sabemos muito de nada.

A dispersão não facilita o aprofundamento. A agilidade nem sempre convive bem com a concentração.

Parafraseando T.S.Eliot, hoje prolifera muita informação, circulam muitos conhecimentos, mas sente-se a falta de uma autêntica sabedoria!

Experimente deixar correr o silêncio quando se vir envolvido numa tempestade de palavras.

Tempere o ruído com a serenidade.

A alternativa, hoje, já não é entre esquerda e direita. É, cada vez mais, entre humanismo e tecnocracia. Que invade, pendularmente, a direita e a esquerda.

Há uma crise de substância, de horizontes, de discurso.

No reino das especialidades, quem se abre ao todo? E, no entanto, já Aristóteles percebia que a verdade está no todo.

Há muitos conhecimentos dispersos. Falta uma sabedoria omni-abarcante e motivadora!

Houve um concurso para apurar o homem mais forte do país.

O homem mais forte terá sido aquele que levantou um peso maior.

Mas o homem mais forte não é aquele que levanta um peso.

É aquele que, dia a dia, vai suportando o peso: o peso de uma vida dura.

Esse é que é o herói. Mas quem alivia as suas cargas?

Há quem não suporte o bem. Há quem não perdoe a bondade. Há quem fique petrificado e lívido de raiva diante da magnanimidade.

Costa Freitas, antes de morrer, dizia para perplexidade do seu auditório: «As pessoas perdoam mais facilmente o mal que se faz do que o bem que se pratica».

O Evangelho deste dia faz-se eco da mesma preocupação: «Serão maus os teus olhos porque eu sou bom?»

Mas só vale a pena viver se vivermos para a bondade. O supremo saber é a bondade.

O sinais maiores da crise não residem na falta de emprego ou na escassez de recursos, apesar da gravidade destes dados.

Os sinais maiores da crise estão na ausência de escrúpulos.

Há quem, não praticando a caridade, se aproveite da caridade.

Há quem crie organizações para, usando supostos objectivos caritativos, mais não pretender senão enganar.

Não há palavras!

Morreu a salvar um casal num incêndio.

Os verdadeiros heróis são assim: os que se apagam em vez de apagar os outros!

Houve um concurso para apurar o homem mais forte do país.

O homem mais forte terá sido aquele que levantou um peso maior.

Mas o homem mais forte não é aquele que levanta um peso. É aquele que, dia a dia, vai suportando o peso: o peso de uma vida dura.

Esse é que é o herói. Mas quem alivia as suas cargas?

Mesmo que tudo desabe à tua volta, mesmo que tudo se desmorone à tua beira, mesmo que dentro de ti se acenda alguma tristeza, não percas a paz.

Ela amortecerá o que anda agitado e fará andar o que está parado.

Na paz, a esperança não ficará eternamente em pousio.

O Evangelho deste Domingo faz emergir uma pergunta: sabemos alguma coisa sobre Deus? Outra: aquilo que aprendemos sobre Deus corresponde à Sua natureza?

Tantas vezes nos falam de um Deus severo, que castiga, que condena, que só nos concede o que Lhe pedimos quando fazemos sacrifícios ou, então, que só recompensa segundo o nosso esforço.

Não.

Independentemente de tudo, Deus é bom, Deus é dom.

Ele dá. Ele dá-Se.

A melhor homenagem que Lhe fazemos é procurar ser como Ele, amando, fazendo o bem.