Há palavras que são intemporais. Mantêm pertinência em todos os tempos.
Neste dia de S. Luís, rei da França, vale a pena reter o precioso conselho que dá a seu filho e sucessor.
De realçar um aspecto. Em casos de dúvida, no apuramento da verdade, o rei deve ficar ao lado do pobre. Já que o rico propende a impor-se pela força, é pelo menos prudente que o pobre tenha o respaldo da autoridade.
A justiça também passa por aqui. Só que, como depõem os últimos acontecimentos, o mais pequeno fica sempre sempre a perder. Tão distantes estamos da galhardia de S. Luís.
Fiquemos, então, com as suas palavras de pai: «Guarda um coração compassivo para com os pobres, infelizes e aflitos e, quando puderes, auxilia-os e consola-os. Por todos os benefícios que te foram dados por Deus, rende-Lhe graças para te tornares digno. Em relação a teus súbditos, sê justo até ao extremo da justiça sem te desviares para a direita nem para esquerda: e põe-te sempre de preferência ao lado do pobre mais do que do lado do rico, até estares bem certo da verdade».
Preciosa recomendação, esta!