A chave da convivência é o respeito por todos. O respeito pelo outro inclui o respeito pelas suas posições.
Mesmo quando estas são diferentes, é fundamental que o respeito se mantenha.
O que nunca pode acontecer é a cultura do estigma.
O diferente não pode ser julgado.
A Bíblia, já no Antigo Testamento, diz que o juízo pertence a Deus (cf. Deut 1, 17).
Aliás, é bom pensar que, relativamente ao judaísmo, Jesus foi acusado de ser um dissidente e pagou com a vida a Sua dissidência.
Não podemos ver na discussão uma falta de lealdade ou na discordância uma quebra da fidelidade.
As pessoas não podem ser excluídas pelas posições que tomam.
É preciso que não prevaleça a ideia de que, para tudo estar bem, é necessário calar o que se sente e reprimir o que se pensa.
O Cristianismo tem de ser o espaço da sinceridade e da liberdade.
A maturidade existe quando as pessoas se sentem à vontade para expressar as suas convicções, mesmo quando estas são dissonantes.
A comunhão não ocorre quando todos dizem ou fazem o mesmo. Ela acontece quando, embora dizendo ou fazendo diferente, nos respeitamos.
O alicerce da comunhão resulta não da federação de opiniões, mas da comum adesão ao mesmo Jesus, que é tudo e está em todos.
É possível que achemos que a pessoa está no erro, mas não é lícito que a condenemos.
Quando há espaço para a crítica saudável, todos crescemos.