«O professor medíocre ensina. O bom professor explica. O professor muito bom demonstra. O professor excelente inspira».
Assim escreveu (sublime e magnificamente) William Arthur Ward.
«O professor medíocre ensina. O bom professor explica. O professor muito bom demonstra. O professor excelente inspira».
Assim escreveu (sublime e magnificamente) William Arthur Ward.
O Espírito remete para o essencial. E o essencial é, sem dúvida, o amor.
Hoje, Frei Bento Domingues recupera um texto que Hans Kung cita acerca da centralidade do amor.
Convém que não percamos de vista que o amor faz (mesmo) a diferença.
Estes dias são, para muitos, de descanso. Mas nem nos dias de descanso a alma consegue repousar.
O noticiário deste domingo está puído pela violência.
Em Quarteira e na Trafaria, a noite foi de agressões.
A alma das pessoas está desgastada.
Precisa de um espírito de mudança.
A hora era de almoço e a televisão repunha uma série de ficção centrada num cão. Mas os meus olhos retiveram um cenário entre dois humanos.
A jovem médica foi ao encontro do já idoso clínico, que chefiava o departamento no hospital em que ambos trabalhavam.
Ele ficou sensibilizado pelo interesse que ela mostrava pela matéria. Tanto que iria propor o seu nome para vice-directora do serviço.
Foi aqui que ela interveio, não ocultando algum incómodo. Pensava que ele já sabia. A intenção do hospital não era que ela fosse colaborar com o velho médico. A intenção era que fosse substituí-lo.
Como se compreende, o senhor ficou lívido. Terminado o encontro, decidiu ir ao hospital para denunciar a situação e demitir-se de imediato. Assim fez, mostrando a sua indignação por terem tomado a decisão de o substituirem sem nada lhe dizerem.
Passados uns dias, batem-lhe à porta. Era a jovem colega. Vinha perturbada. Apesar de não ter culpa, achava que não era curial ficar com o lugar de alguém que a tinha ajudado. Por isso, queria pedir-lhe que ficasse ele com o lugar. Ela podia conhecer as modernas tecnologias, mas faltava-lhe o saber da experiência.
O idoso clínico ficou sem palavras e deveras comovido. Ele já tinha decidido. O mais difícil estava feito. Ela devia assumir o lugar.
Nesse caso, a jovem médica pediu-lhe, muito encarecidamente, que ele ficasse a assessorá-la.
Casos destes são cada vez mais raros. Parece mesmo que já só subsistem na ficção. A corrida aos lugares é cruel. Cada dia está cheio de casos. Um despojamento destes não é fácil. Quero crer que ainda haverá excepções.
Uma Igreja que se descentra de si (para se recentrar em Deus e no Homem) não é uma fortaleza que se ergue; é, antes, uma porta que se abre, uma janela que se escancara, uma mão que se estende, um abraço que se dá, um rosto que sorri, uma semente que se lança, um coração que se oferece, uma luz que se acende, uma paz que se partilha.
O Evangelho de S. João é, consabidamente, bastante eclesial. Nunca usa, contudo, a palavra Igreja. Aparece, sim, a palavra Deus, a palavra Pai, a palavra Discípulo, a palavra Mundo, a palavra Homem, a palavra Vida.
Falemos do que Jesus falou. Façamos o que Ele fez. Amemos o que Ele amou.
Paremos um pouco. Ponhamo-nos à escuta e à espera. Há tanto para ouvir. Tanto para aprender.
Como dizia Sebastião da Gama, «tenho muito que fazer? Não. Tenho muito que amar»!
Eis um belo tópico. Eis um deslumbrante programa. Eis o único caminho.
Só darei o bastante se der tudo.