O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 06 de Junho de 2011

Não comunicamos apenas quando abrimos os lábios.

 

A boca fechada não impede que a alma esteja aberta e o coração disponível.

 

Há coisas que não se dizem com palavras. O silêncio também tem um sortilégio surpreendente e uma eloquência poderosa.

 

Bem avisado andava o sábio Eurípedes: «Fala se tens palavras mais fortes que o silêncio, ou então guarda silêncio».

publicado por Theosfera às 22:44

Não foi só o PS a ser superado pela Oposição. Foi sobretudo o Governo a ser vencido pela Realidade.

 

A maioria dos votantes e a quase totalidade dos que não votaram disseram, antes de mais, o que não queriam.

 

O povo não quer mais austeridade. Está saturado de tanta austeridade.

 

Acontece que aquilo que as pessoas não querem é muito diferente daquilo que as pessoas acabaram por aprovar.

 

No fundo, ontem foi aprovada a continuação da austeridade. A tal austeridade que as pessoas não querem.

 

Daí que a realidade, que derrotou os vencidos, possa, daqui a algum tempo, derrotar os vencedores.

 

Vai haver alternância, mas pouco espaço haverá para a alternativa.

 

Há, entretanto, um mínimo que se espera. Que se fale verdade. Que não se negue a realidade. Que se aposte na justiça. Que se olhe para quem vive em dificuldade. Que haja desapego em relação ao exercício de cargos públicos.

 

Que o novo poder não faça do poder anterior pretexto para as coisas que não correrem bem. Que o novo poder encontre um suplemento de alento para que as coisas possam correr melhor.

 

O memorando da troika não deixa muito espaço de manobra. Mas pouco será limitar-se a fazer de outro modo o que já estava a ser feito.

 

O tempo já não é de culpas nem de desculpas. O tempo é de acção, de união e de seriedade.

 

Acabem-se os juízos sobre os erros do passado. Unamos esforços na construção do futuro.

 

Para já, parece sombrio. Cabe-nos dar-lhe motivos para reaprender a sorrir.

publicado por Theosfera às 11:37

O momento foi quase surreal e o incómodo tornou-se evidente.

 

Estava o ainda primeiro-ministro a responder a perguntas após ter anunciado a sua demissão, quando uma jornalista o confronta com a possibilidade de vir a ser envolvido em processos judiciais.

 

Os apupos foram sonoros e a perplexidade notória.

 

Acresce que a jornalista era da emissora católica portuguesa.

 

Confesso que até eu me senti arrepiado.

 

É preciso ter um sentido de oportunidade naquilo que fazemos.

 

Percebe-se que haja curiosidade quanto ao futuro dos políticos, mas importa ter uma noção dos limites.

 

Aceita-se que a função da comunicação social seja incomodar, mas a daí a provocar vai uma grande distância.

 

Independentemente da valoração da acção e do perfil do político em apreço, dava para ver que aquele não era um momento fácil.

 

Um político é, antes de mais, um ser humano.

 

Que estas atitudes sejam tomadas por alguém em nome de uma emissora católica só faz aumentar o grau de preocupação.

 

Não havia necessidade.

publicado por Theosfera às 10:24

«Se confessássemos todos os nossos pecados aos outros acabaríamos a rir-nos da nossa falta de originalidade».

Assim escreveu (pertinente e magnificamente) Kahil Gibran.

publicado por Theosfera às 10:13

É fundamental superar, de vez, o clima de crispação que ensombrou esta campanha.

 

Só com unidade, pontuada com ânimo e moderação, poderemos reconstruir o país.

 

O programa da troika (FMI+UE+BCE) irá ser executado por um duo (PSD+CDS). Mas ninguém pode ser dispensado.

 

Era bom que se apostasse não tanto nos mais conhecidos de cada partido, mas nos mais capazes do país.

 

O espírito não deve ser ocupar lugares, mas exercer uma missão. A competência é necessária. Mas o desprendimento não é menos estimável.

 

As finanças são determinantes no presente. Mas não se subalterne a educação. Ela é, pura e simplesmente, decisiva para o futuro.

 

Dizem que Portugal virou à direita. O importante é que siga à frente.

publicado por Theosfera às 09:53

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