O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 24 de Maio de 2011

Uma jovem é violentamente espancada.

 

Todos têm uma opinião depois. Ninguém parece ter uma solução antes.

 

Todos são unânimes na condenação. Mas ninguém parece encontrar uma via de prevenção.

 

Todos somos eloquentes a comentar. E todos nos sentimos impotentes para evitar.

 

Estes jovens frequentam a escola.

 

A nenhum aluno é exigível o máximo. Mas de todos é expectável o mínimo. O mínimo de respeito. O mínimo de decoro. O mínimo de dignidade.

 

O cenário deste vídeo tem os ingredientes fundamentais da decadência: a violência da agressão e a indiferença dos circunstantes. Isto para não falar do cinismo de quem encontra material para colocar no facebook!

 

Inacreditável.

 

E só depois de tudo isto correr o mundo das redes sociais é que acordamos.

 

Só depois de sentirmos as consequências é que acordamos para as causas.

 

Que andamos a oferecer aos mais novos na família e na escola? Muitos conhecimentos e vastas competências, sem dúvida.

 

Mas quando falta o humanismo, falta o essencial, falta tudo.

 

«O supremo entender - advertia Agostinho da Silva - é a bondade».

 

Não propugnando um reforço da carga horária, creio que urge introduzir, em todos os graus de ensino, a disciplina de Irenologia (Educação para a Paz).

 

É preciso, desde a mais tenra idade, reforçar os valores fundamentais, polarizados em torno dos transcendentais: a verdade, a bondade e a beleza.

 

São os valores que estão em todos. Só que, pela amostra, parecem atirados para um fundo praticamente imperscrutável. É urgente voltar a trazê-los para a superfície.

 

Acredito que cada ser humano transporta muito de bom dentro de si mesmo. Pena é que só o mal seja exibido.

 

publicado por Theosfera às 21:59

O presente não está bom, mas o futuro parece estar ainda pior.

 

Isto nunca devia acontecer, não devia ser mostrado.

 

A vítima terá dito o que não devia. Mas os outros fizeram o que jamais poderia ser feito: bateram e não faltou quem, ufano, filmasse para colocar nas redes sociais.

 

É tudo para reflectir muito. E para inflectir depressa.

publicado por Theosfera às 20:51

Se te recusares a ouvir, nunca conseguirás ver.

publicado por Theosfera às 14:19

Numa conjuntura, a tentação é ficar pelo conjuntural.

 

A presente campanha está a ser uma penosa demonstração deste perigo. Que, com lúgubre facilidade, nos atrai.

 

A vontade é, como dizia Pinto da Costa, desligar o televisor.

 

Além da encenação e da ausência de ideias, eis que surge a suspeita.

 

O pressuposto será desmascarar o adversário, aplicar-lhe um golpe letal.

 

Triste é a estratégia que nisto assenta.

 

Nada disto convence, tudo isto afasta.

 

Continuamos à espera de um pouco de dignidade, de um vislumbre de decência e de uma atenção à realidade.

 

Daí que, nesta conjuntura, traga palavras intemporais do grande António Vieira, reproduzidas, aliás, por Adriano Moreira num jornal deste dia.

 

«Estais Cegos. Ministros da República, da Justiça, da Guerra, do Estado, do Mar, da Terra, vedes as obrigações, que se descarregam sobre o vosso cuidado, vedes o povo, que carrega sobre as vossas consciências, vedes as desatenções do governo, vedes os enredos, vedes as dilações, vedes os subornos, vedes os respeitos, vedes as potências dos grandes, e as vexações dos pequenos, vedes as lágrimas dos pobres, os clamores, e gemidos de todos? Ou os vedes ou os não vedes. Se o vedes, como o não remediais? E se não remediais, como os vedes? Estais cegos».

 

Que este sol ofereça um pouco de luz. Para ver o que, para muitos, permanece invisível.

publicado por Theosfera às 11:57

Não é só pelos lábios que se fala.

 

Não é só pelos olhos que se vê.

 

Não é só pelos ouvidos que se ouve.

 

As palavras mais sábias são as que brotam da vida.

 

As imagens mais fortes são as que se fixam na alma.

 

As lições mais importantes são as que entram pelo coração.

publicado por Theosfera às 10:48

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