O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 12 de Maio de 2011

Na vida há viagens, porque a vida, ela mesma, é uma peregrinação.

 

No seu decurso, tanto encontramos quem nos empurre como quem nos estenda a mão.

 

Tanto deparamos com que nos ilumine como quem nos obscureça.

 

Há vidas que são luz para a nossa vida, mesmo quando outras vidas tentam obstruí-las com o breu das trevas.

 

Viver é peregrinar. Peregrinar é viver.

 

Não se morre quando se cai. Só se morre quando se desiste de peregrinar.

publicado por Theosfera às 14:15

O ser começa pelo sentir. É pelo sentir que a realidade entra em nós. E que, nessa medida, nos leva a perceber que também há realidade em nós.

 

Xavier Zubiri, num plano metafísico, e António Damásio, num plano científico, coincidem em algo fundamental. O próprio acto de entender não se pode separar do sentir.

 

Uma suposta anulação do sentir não pode ser vista como indiciadora de superioridade.

 

Já dizia o grande Dostoiévsky que «o principal é o coração, o resto é disparate».

 

O intelecto também é necessário, mas só quando for habitado pelas razões do coração.

 

Até Deus, como refere o profeta, é dotado de entranhas comovidas (rahamim).

 

A síntese da sabedoria, avisa Zubiri, está na inteligência sentiente, na inteligência que sente.

 

O sentir é a porta que faz entrar a realidade em nós e nos faz entrar a nós na realidade.

publicado por Theosfera às 11:29

A alma humana é um segredo que nem ela própria consegue desvendar.

 

Em cada momento, julga que abarca o presente, o futuro e até (quem sabe?) a própria eternidade.

 

E, no entanto, a mesma alma, no momento seguinte, parece despontar com outras feições, como se um novo tecido a envolvesse.

 

Bate a alma a tantas portas, que, aparentemente, lhe desvendam a chave da felicidade.

 

Mas, à medida que o tempo (es)corre, apercebe-se de que um halo de insatisfação não a larga.

 

A alma vê-se, muitas vezes, vaporosa como cada instante. Mas, ainda assim, persiste.

 

A síntese de uma vida superior, dizia Dostoiévsky, é a beleza e a oração.

 

Conseguir uma existência reconciliada é um desígnio que não nos deixa e que, embora nos escape, está sempre à distância de um permanente recomeço.

 

Viver é não desistir de procurar.

publicado por Theosfera às 10:54

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