O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 05 de Maio de 2011

Não estamos na cauda da Europa em tudo.

 

No futebol, estamos na frente.

 

A Liga Europa virá para Portugal. E ainda nem foi disputada a final. É obra!

publicado por Theosfera às 22:42

Dois foram os temas que dominaram a informação entre nós: o abate e o resgate.

 

Ambos devem ser devidamente meditados e atentamente digeridos.

 

Cada um a seu modo, representam aquilo que não deve voltar a acontecer.

 

O abate de Osama ben Laden é o corolário de uma cultura assente na vingança.

 

O resgate de Portugal pressupõe uma cultura focada na prioridade do dinheiro sobre as pessoas.

 

Sucede que a experiência demonstra que a vingança não extingue a violência. Pelo contrário, prolonga-a.

 

E a mesma experiência documenta que a submissão das pessoas aos desígnios do capital subverte a vida da sociedade.

 

As pessoas vão viver pior por causa dos compromissos com entidades, nacionais e internacionais, que fazem do lucro um objectivo supremo.

 

Acresce alguma irresponsabilidade por parte de quem nos foi encobrindo a realidade e adiando a tomada de decisões.

 

Tudo isto configura uma necessidade imperiosa de mudança.

 

O mundo novo demorará muito a chegar?

 

Eu acredito que a utopia não é eternamente irreal.

publicado por Theosfera às 21:09

Não basta gerir as expectativas. Agora, é fundamental olhar para a realidade.

 

Não dá para iludir.

 

Se, dentro, ainda há quem tente, de fora, acabaram-nos com as ilusões.

 

A doença está a custar. Mas a cura também irá doer.

 

Se isto estivesse bem, não era preciso recorrer à ajuda.

 

Mas tudo pode ficar melhor.

 

A esperança ainda nos pode espantar.

publicado por Theosfera às 20:57

Agora, que tudo está revelado, cabe-nos olhar em frente sem descurar as lições que o passado mais recente nos oferece.

 

Até porque o delegado do FMI já foi dizendo que, provavelmente, será a última vez que Portugal recebe um apoio deste género.

 

Enfim, vêm aí novos tempos em que precisamos de nova energia, de novas ideias, de novos comportamentos e, já agora, de novos protagonistas.

 

Não me revejo num elitismo snob e pretensioso, mas penso que faz falta ao país uma elite que se norteie por elevados padrões éticos: verdade nas intervenções, justiça nas decisões, seriedade nos comportamentos.

 

É natural que todos se apresentem. Mas que haja condições de os melhores poderem ser escolhidos.

 

A democraticidade não pode degenerar no império da vulgaridade.

 

A democracia não é incompatível com a excelência. E o exercício de funções públicas merece que os mais capazes não se sintam inibidos.

 

Se os tempos são novos, que tudo seja novo.

publicado por Theosfera às 20:27

Primeiro, o reconhecimento

 

Se o país tivesse pedido assistência financeira externa há mais tempo talvez alguns aspectos do programa de ajustamento agora negociado tivessem sido mais brandos, disse Jürgen Kröger, o responsável da Comissão Europeia que está no país para negociar a ajuda externa.

 

«Talvez na área orçamental, se o pedido tivesse sido feito mais cedo, o plano podeia ter sido mais suave», disse Kröger em resposta a uma pergunta durante a conferência de imprensa que a troika Comissão Europeia-BCE-FMI deu em Lisboa sobre o Memorando de Entendimento que negociou com o Governo em contrapartida pela ajuda ao país.

Por seu lado, o representante do FMI, o dinamarquês Poul Thomsen, acrescentou que «o atraso torna sempre as coisas mais dolorosas. Teria sido melhor não ter sido atrasado o pedido».

 

Depois, o aviso

Em relação à possibilidade de o futuro Governo que sair das eleições de 5 de Junho poder adoptar medidas diferentes para alcançar os objectivos agora decididos, Kröger que disse: «Se houver questões a acertar ou as circunstâncias mudarem, nós estaremos cá de três em três meses para acertar» essas coisas.

publicado por Theosfera às 14:11

Nesta hora, o pior que nos pode acontecer, a par da desesperança, é a indiferença.

 

Por muito menos, há quem indigne muito mais.

 

Stéphane Hessel publicou um livro onde convida à indignação. O prefácio pertence a Mário Soares, famoso por ter defendido, em tempos, o «direito à indignação».

 

A bem dizer, trata-se de um opúsculo, o que prova que não é preciso a um livro ser grande para se tornar um grande livro.

 

Em vários países, tem sido um êxito editorial estrondoso, tanto mais que o autor já leva 93 anos de vida.

 

Começa por questionar a ideia de que «o Estado já não consegue suportar os custos das medidas sociais. Mas como é possível que, actualmente, não tenha verbas para manter e prolongar estas conquistas, quando a produção de riquezas aumentou consideravelmente» desde o fim da segunda grande guerra, «quando a Europa estava arruinada»?

 

A resposta vem pronta: «Porque o poder do capital nunca foi tão grande, insolente, egoísta, com servidores próprios até nas mais altas esferas do Estado».

 

Ou seja, enquanto, primeiro, se procurava colocar o capital ao serviço das pessoas, agora a tendência é para posicionar as pessoas ao serviço do capital.

 

No primeiro caso, o dinheiro é um instrumento. No segundo, o lucro é um fim. O fim supremo?

 

A história não muda quando as pessoas se deixam subjugar pelos seus receios. A história pode mudar quando as pessoas se deixam guiar pela indignação.

 

Não é preciso que toda a gente se manifeste. Basta que «uma minoria activa se insurja». Teremos, então, «o fermento necessário para levedar a massa».

 

A indiferença é a pior das atitudes. Não podemos presumir que as decisões são com os outros. O tempo é da política. Mas é sobretudo da cidadania.

 

Tudo isto tem de ser feito de modo não violento. É preciso aprender a conjugar a indignação com a paz.

 

Será possível?

publicado por Theosfera às 11:43

O que distingue o líder do comum dos cidadãos é a visão e a decisão. O líder é o que vê antes e decide cedo.

 

Bom líder é o que vê a árvore a partir da raiz e não apenas quando surgem os frutos.

 

Bom líder é que não só o que conhece a realidade, mas também o que intervém na realidade.

 

Percebemos, agora, por que vivemos, acima de tudo, uma crise de liderança.

 

A crise internacional é um factor com que todos contávamos, mas há países que se aguentaram melhor.

 

Está visto que o apoio exterior vai exigir contrapartidas de peso. As penalizações no trabalho não são tão fortes como se temia. Mas o agravamento do custo do consumo é mais duro do que se previa.

 

É preciso falar verdade e olhar em frente. Não precisamos de encenações de pendor ilusionista.

 

Aliás, se o rosto é, como defendia Emmanuel Levinas, o espelho da alma, a expressão de Teixeira dos Santos na terça à noite dizia tudo.

 

Ele sabia que, a seu lado, alguém falava verdade, mas tratava-se de uma verdade coberta pela verdade que faltava.

 

Hoje, os seus lábios deram voz à preocupação que se desprendia da sua face. O programa da troika, garante, «não é portador de boas notícias». 

 

Aliás, qualquer medicamento, que cura, tem contra-indicações, muitas vezes, dolorosas.

 

Estas contra-indicações podem, de caminho, bloquear o efeito das terapias.

 

Já pensaram nas mais de 600 que vão ficar sem abono de família?

 

 

publicado por Theosfera às 11:28

Mais impostos, menos prestações sociais, mais facilidade em despedir e menos indemnizações a pagar são as ordens da troika.

 

Às 11 horas, tudo será esclarecido. Mas, a esta hora, os dados já começam a ser ventilados.

 

Podia ser pior, sem dúvida. Mas os próximos anos não vão ser bons.

 

Acresce que os mais ricos, em Portugal, ganham 18 vezes mais que os mais pobres.

 

A justiça não quer nada connosco. Ou somos nós que não queremos nada com a justiça?

publicado por Theosfera às 06:22

Os estados de espírito são cada vez mais vaporosos.

 

Ontem, predominava o alívio. Hoje, parece sobrevir alguma apreensão.

 

Afinal, vai haver aumento de impostos. Provavelmente, a electricidade e o gás ficarão mais caros. Isto para não falar da redução das deduções fiscais, do eventual aumento do IVA, etc.

 

Mas não percamos a esperança. Não desistamos de nós.

 

O desalento não há-de prevalecer.

 

Um povo não é solidário quando é rico. É rico quando é solidário.

 

O auxílio exterior está para vir. Mas o auxílio interior já cá está. No fundo da nossa alma.

 

Uma boa noite! 

publicado por Theosfera às 00:00

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