O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 29 de Março de 2011

Do fundo da terra, onde é pisada, a semente só crescer.

 

Nem sempre as trevas são destituídas de luminosidade.

 

A esperança só emigra dos corações que a expulsam.

 

Ânimo e muita paz.

 

Um dia, a utopia passará a topia.

 

E o mundo será um lugar de fraternidade.

publicado por Theosfera às 23:22

É sempre perturbador quando a discussão de pontos de vista se converte em julgamentos pessoais. Aquela é sempre estimulante. Esta é sempre lamentável.

 

Apesar de o apóstolo assinalar que, em Cristo, o antigo passou e tudo foi renovado (cf. 2Cor 5,16.17), há quem fique desconfiado ante toda e qualquer renovação.

 

Tais irmãos estão no seu direito de dissentir. Só é pena que não suportem a diferença nos outros.

 

Mas ainda que não a suportem, não há motivo para julgar os outros, muito menos para os desprezar. Discutam os argumentos. Questionem as posições. Mas sem complexos de superioridade moral.

 

Ninguém está no lugar de Deus. Todos nos encontramos à procura de Deus.

 

É pena que alguns não aceitem que a verdade não é a sinfonia de uma nota só. Ao colocar as Suas sementes em todos os homens, como notavam os antigos, o Verbo de Deus alicerçou a polifonia da mensagem. É na diversidade que melhor resplandece a fundamental unidade.

 

Até Deus, como bem percebeu Tertuliano, é único, mas não é um.

 

Enfim, tenho muita pena que uma atitude hiperconservadora seja tida como indutora de fidelidade desaguando em apreciações como esta.

 

Já não é a primeira vez que isto acontece. Se não há concordância com o percurso de vida, que, ao menos, subsista algum comedimento na morte.

 

Admite-se que se discorde de Comblin. Mas a sua memória merece respeito. E, para muitos, a sua competência e dedicação justificam uma subida admiração e encanto.

 

São trajectórias como a dele que nos fazem acreditar numa primavera de justiça na humanidade.

publicado por Theosfera às 22:57

Qualquer pessoa se pronuncia, hoje, sobre qualquer assunto.

 

A opinião democratizou-se, o que não quer dizer que o pensamento se tenha aprofundado.

 

A informação que circula é enorme e a tendência é para se reter apenas fragmentos.

 

E a fonte nem tem de ser o livro ou tampouco o jornal.

 

Muitas vezes, a opinião tem como base a conversa na rua.

 

Para muitos, basta enunciados, tópicos.

 

As entrevistas nas televisões ou os artigos nos jornais têm de ser muito bem geridos.

 

Aqui, não se pode expor grandes teses. Tudo tem de ser contraído. Tudo tende, pois, a ser panfletário.

 

As coisas andam no ar e qualquer um pode apanhá-las.

 

Até uma pessoa previdente como Rogério Alves emite um ponto de vista com base num rumor. Que acabou por não se confirmar.

 

É indispemsável passar os olhos pelas televisões, pelos jornais e pela net. Mas não deixemos de repousar o olhar nos livros.

 

Apesar de tudo, continuam a ser os melhores condutores do pensamento.

publicado por Theosfera às 22:36

Na hora de falar, quase ninguém se engasga. O problema é que, no momento de agir, todos parecem bloquear. Incluindo os que falavam com mais fluência.

 

Quem vê e ouve pensadores, analistas, professores ou até circunstantes, fica com a impressão de que os males estão identificados e as soluções encontradas.

 

Há, pois, qualquer coisa que falha na transição para o plano do agir.

 

E dá-se até o caso de as palavras apressadas terem um efeito cada vez mais performativo. O que por aqui se grita tem logo consequências. Basta olhar para os juros da dívida, sempre a subir ao ritmo das intervenções e das entrevistas.

 

Somos todos especialistas do instantâneo a que falta sempre um golpe de asa na hora da verdade.

 

Nem precisamos de livros ou de grandes estudos. Na própria rua, no decurso de uma fugaz conversa, somos capazes de debitar um cardápio de medidas que trariam a salvação.

 

Não alongamos o raciocínio, porque confiamos na intuição que o momento faz vir aos lábios.

 

É por isso que, com a mesma intensidade que há poucos anos perorávamos contra a ditadura da maioria, hoje verberamos os governos minoritários.

 

Tudo parece ser como no futebol. Quando não se ganha, ralha-se.

 

O mal é que se perdem energias que poderiam ser alocadas no essencial.

 

E o essencial é um país onde nem trabalhar se consegue.

 

Andamos todos com vontade de lobrigar uma nesga do sol. E é só temporal a cair-nos em cima.

 

Amanhã será melhor?

publicado por Theosfera às 10:57

«De quando em vez olha para trás para ver se te enganaste no caminho».

Assim escreveu (pertinente e magnificamente) Goethe.

publicado por Theosfera às 10:25

Como é que aquilo que existe para ligar contribui tanto para desligar?

 

Como é que algo que pretende ligar-nos a Deus acabe por nos desligar tanto uns dos outros?

 

A religião trata do mistério, mas ela mesma erige-se em mistério aos nossos olhos.

 

Nada no mundo nos traz tão mobilizados. Mas nada também na vida nos traz tão separados.

 

Contradição flagrante. Insanável?

publicado por Theosfera às 00:06

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