A Alemanha e a Inglaterra (secundadas pela França) desataram a increpar o multiculturalismo. Como se o problema chegasse de fora.
Não. O problema não está nas culturas diferentes. A convivência já era problemática há muito nos povos, nas famílias.
Não se trata, pois, da dificuldade de coexistência entre culturas. A coexistência está difícil entre pessoas.
É uma opção preguiçosa estigmatizar as outras culturas. O punctum saliens de toda esta questão encontra-se no factor humano.
É claro que situações novas desencadeiam desafios novos. Mas não é pela exclusão que os problemas se resolvem. É sempre pelo acolhimento, pela integração.
O mundo tornou-se uma aldeia. Todos nos tornámos vizinhos. É importante que não se formem guetos.