O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quarta-feira, 09 de Fevereiro de 2011

Quando alguém contou a um sábio egípcio que tinha sido inventada a escrita, ele respondeu: «Que pena, a humanidade vai começar a perder a memória».

 

É claro que não perdeu, mas começou a mobilizar-se menos a capacidade de memorização.

 

Há, sem dúvida, uma grande segurança quando se faz uma conferência lendo um texto escrito. Ou quando, como agora se faz, se leva uma série de subsídios audiovisuais, como os famosos power-points.

 

Só que, como alerta Sofia Gubaidulina, perde-se «a espontaneidade da cultura oral» e «o momento da comunicação espontânea».

 

De facto, «quando uma pessoa tem coragem de virar as costas à escrita e começa a comunicar oralmente, nasce um clima completamente diferente de entrega da parte de quem dá e de quem recebe».

 

É claro que, sem escrita, não teríamos acesso a maravilhas como a literatura, a ciência e a música.

 

Conjugar é o caminho. Cada evolução não pode reduzir a cinzas o caminho anteriormente percorrido. Falta, porém, serenidade para integrar o melhor do passado no melhor do futuro.

 

No tempo das especialidades (e até das subespecialidades), é fundamental não perder de vista a importância do todo, do global, do abrangente, do total.

 

A verdade está (mesmo) na totalidade!

publicado por Theosfera às 11:06

Espantamo-nos a jusante com aquilo que, de certa forma, fomentámos a montante.

 

A escolaridade nem sempre é aliada de um acréscimo de conhecimentos.

 

Estupefacto estava, ontem, o professor porque o aluno queria saber se Mona Lisa era a mulher de Picasso. Petrificado ficou quando uma colega, pressurosa, corrigiu o dislate assegurando que, nada disso, Mona Lisa era, sim, a esposa de Leonardo DiCaprio!

 

Podemos multiplicar casos que tipificam, cada vez mais, uma tendência: o estímulo, desde há muito, na aprendizagem orienta-se para a competência com as tecnologias. E, nesse capítulo, as novas gerações dão provas de suma mestria.

 

Não esqueçamos que estamos num tempo em que a tecnologia se sobrepõe à cultura como paradigma de saber e como trampolim para o sucesso.

 

Para aferir a cultura, o padrão é (era?) sobretudo o livro. Para avaliar a competência, o instrumento é, antes de mais, o computador e o que lhe está ligado.

 

O mais preocupante é a pulsão para o pensamento único. Só damos conta do que se ganha e não atendemos ao que se vai perdendo.

 

publicado por Theosfera às 10:47

Urias é um dos personagens bíblicos cuja história constitui uma referência imorredoura para um determinado tipo de conduta.

 

Nunca falta quem mande os outros para o combate.

 

Por um imperativo de dever, eles vão. Eles dão-se e expõem-se a toda a sorte de perigos.

 

Vão não para defender algo seu. Vão para dar a vida, se for esse o caso, por aqueles que os mandam para o combate, os quais, por sinal, ficam em casa.

 

Estes, como se não bastasse, apropriam-se do que pertence ao pobre combatente.

 

Mas a perfídia não fica por aqui. A ordem é para que Urias vá para a frente do combate. Para triunfar? Não. Para morrer.

 

É com alívio que os chefes tomam conhecimento do desfecho. Mas também não há notícia de que os seus próximos o tenham chorado. Urias era (é?) mesmo para descartar, para eliminar, para esquecer.

 

Os grandes deste mundo não descansam enquanto não eliminarem os pobres urias desta vida.

publicado por Theosfera às 10:40

Un cura que le dice a un niño: ¿Entonces tú quieres ser cristiano?

Y el niño responde:

No, yo prefiero ser Messi!

publicado por Theosfera às 10:33

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