O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Segunda-feira, 07 de Fevereiro de 2011

O negativo tem mais audiência que o positivo. A violência excita mais que a paz. A fractura e a clivagem atraem mais que a harmonia.

 

E nem sequer valorizamos o que de bom (e belo) se vai semeando por este mundo.

 

O que está a acontecer no Egipto escapa, para já, aos padrões a que estávamos habituados.

 

Ainda ontem, vimos na televisão a cruz ao lado do crescente.

 

Segundo alguma imprensa, os muçulmanos formaram um cordão para que os cristãos fizessem as suas orações com serenidade.

 

Na sexta-feira, diante santo para o Islão, foram os cristãos a formar um cordão para que os muçulmanos orassem com tranquilidade.

 

Estamos na semana mundial pela harmonia inter-religiosa.

 

Estes são sinais de um futuro que julgaríamos distante, mas que até pode estar a germinar muito em breve.

publicado por Theosfera às 13:53

Não dá para esquecer apesar de as estradas do tempo acelerarem, cada vez mais, a velocidade da existência.

 

Mas aquela madrugada nunca se apaga. Nem aquele rosto que se ia apagando, sem nunca se extinguir.

 

Eram 5h35 de 7 de Fevereiro de 1997. A respiração começou a enfraquecer até que, àquela hora, parou. A 7 de Fevereiro de 1997 meu querido Pai foi chamado para junto do eterno Pai.

 

Foi há catorze anos. Parece que foi ontem. 

 

Por tudo, muito obrigado, meu querido Pai. Sei que continuas em mim, comigo. Sempre.

publicado por Theosfera às 11:00

Meu Pai,

de olhos embaciados,

voz soluçante

e mãos trémulas,

aqui venho,

aqui estou,

junto de ti.

 

Há catorze anos

(completaram-se às cinco e meia da manhã deste dia 7),

olhava para teus olhos

e registava o teu último suspiro.

 

 

Parece que foi ontem,

parece que foi há instantes.

 

 

Não nego que me custou esse momento

e que ainda me dói essa imagem:

teu rosto cansado

exalava uma derradeira respiração.

 

 

Mas sabes muito bem

que tudo foi como quiseste,

tudo foi como pediste.

 

 

Estavas em casa,

e eu estava a teu lado.

 

 

Nunca te senti longe.

Mas, humano como sou,

sinto a tua falta,

o teu apoio,

os teus conselhos e recomendações,

a tua energia indomável.

 

 

Sei que estás bem,

em Deus.

 

Tenho feito o que me pediste.

Em nenhuma Eucarista te esqueço.

Lembro-te sempre ao Senhor.

Tu tens-me amparado sempre.

 

 

Eu recordo-te não como um morto,

mas como vivo e muito próximo.

 

 

Obrigado, meu Pai.

Tu partiste,

mas nunca me deixaste.

 

 

Eu sinto a tua presença,

treze anos depois.

 

 

Um dia nos encontraremos aí,

onde tu estás,

nessa pátria maravilhosa

de felicidade e paz.

 

 

Aí nos abraçaremos

e abraçados permaneceremos para sempre

em Deus!

publicado por Theosfera às 10:59

Voltei, anteontem, ao cemitério. Desta vez, estava sol e não fazia demasiado frio. Mas continuava a tumultuar, cá dentro, de saudade.

 

Levei uma flor, depositei uma prece e lancei fugidios olhares para o horizonte.

 

A minha terra natal que povoou a minha infância parece quase toda já depositada na terra.

 

A vida é assim. Há nascer, crescer e morrer.

 

A eternidade como será?

publicado por Theosfera às 10:55

Faz hoje cento e dois anos que nasceu um grande crente, um grande pastor, um grande coração, um enorme ser humano.

 

Chamava-se Hélder. Viu Deus no Homem, sobretudo nos pobres.

 

Recebeu ameaças, mas não desistiu.

 

Espécimen de uma estirpe que já rareia, faz bem evocar D. Hélder da Câmara. Sobretudo para imitar o seu exemplo e para seguir o Jesus que ele tão belamente nos mostrou.

publicado por Theosfera às 10:54

Já não falta quem compare a célebre composição dos Deolinda ao E depois do adeus, de Paulo de Carvalho.

 

O impacto é, de facto, semelhante, embora ainda esteja longe na proporção atingida.

 

Só que há uma diferença nada despicienda.

 

É que as músicas de intervenção de outrora, sendo de protesto, entreviam mudanças. Sabiam, por isso, a esperança.

 

Esta é diferente. Dá corpo e voz a um lancinante grito de desespero de toda uma geração que se sente perdida e se vê enganada.

 

Há um desencontro colossal de expectativas.

 

As pessoas preparam-se, qualificam-se e algumas até trabalham. Só que é tudo precário, atrasado.

 

A geração sem remuneração parece ser a geração sem esperança.

 

E sem este capital, nenhum ganho se obterá.

 

Esperemos que este sol se aloje nos corações. 

publicado por Theosfera às 10:45

Dizem que a economia continua anémica e que a solidariedade também não está pujante. 

 

Não se criam postos de trabalho suficientes e o fosso aumenta: os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. 

 

Em síntese, o Estado não está bem, mas a sociedade não está melhorr. Falta crescimento, falta entusiasmo, falta justiça.  

 

Mil milhões de pessoas vivem com menos de 73 cêntimos por dia! 

 

 

 

 

 

publicado por Theosfera às 10:44

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