O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 30 de Janeiro de 2011

Haver uma dia da não-violência na escola é, antes de mais, um mau sintoma.

 

É um sintoma de que a violência vai alastrando no espaço escolar.

 

Mas haver um dia como este expressa também uma sensibilidade e constitui uma esperança.

 

A sensibilidade diante deste problema vai aumentando e a esperança de vencer esta chaga vai crescendo.

 

Onde há um problema, tem de haver uma disponibilidade para o encarar e uma determinação para o vencer.

 

A violência na escola é uma realidade e uma ameaça. Mas é também um acicate para despertar as melhores energias.

 

Há, hoje em dia, uma tendência para que a escola desça ao nível da rua. É tempo de desencadearmos um movimento para que a rua suba ao nível da escola.

 

A escola é o espaço da aprendizagem. É, por isso, o lugar do relacionamento, dos afectos. É o laboratório do futuro e o ventre da esperança.

 

Acredito na escola.

publicado por Theosfera às 21:22

Percebe-se que o poder fique perturbado com a dissidência e que não aprecie muito a dissonância. Mas qualquer instituição só tem a lucrar com o pluralismo e a vitalidade da discussão.

 

A unidade é necessária, mas o unanimismo pode ser mortal. O escritor brasileiro Nélson Rodrigues tem uma palavra demasiado forte que me abstenho de reproduzir.

 

Os argumentos devem ser rebatidos, quando for caso disso, com argumentos. Agora vir rebater argumentos com considerações sobre o carácter de quem profere argumentos é empobrecedor.

 

Almeida Santos é um homem respeitável, superiormente inteligente e habitualmente moderado. É um grande senador. Escusava, por isso, de vir dizer que Carrilho está zangado. E que é (só) por isso que critica a liderança de Sócrates.

 

Estar atento à crítica é um sinal de sensatez.

publicado por Theosfera às 20:54

A porta é estreita e o caminho, por vezes, afigura-se ínvio, intransitável.

 

Mas, mesmo assim, as portas poderão abrir-se e os caminhos hão-de ser percorridos.

 

Na tua consciência, meu Irmão, a voz do Eterno infunde-te ânimo para a tua jornada no tempo.

 

Tudo de bom. Muita paz.

publicado por Theosfera às 19:10

Por todo o orbe ressoou, hoje, uma mensagem sobejamente conhecida, mas perenemente renovada. É uma mensagem que, a cada passo, nos transporta para uma humanidade florida, resplandecente de beleza e tonificada pela esperança.

 

Felizes os pacíficos, foi dito. Mesmo quando, como Gandhi, são maltratados e assassinados. E faz, neste dia, 63 anos que o mahatma caiu ao som de balas.

 

Dizia o apóstolo da não-violência que amava a Cristo, mas não gostava dos cristãos. Penalizava-o sobremaneira a distância (quase infinita) entre a mensagem de Cristo e a conduta dos cristãos.

 

Quem proclama uma mensagem como a das Bem-Aventuranças transporta um tesouro, mas contrai também uma responsabilidade.

 

Trata-se de uma mensagem polarizada em torno da misericórdia e da justiça.

 

É por isso com pesar que, no mesmo dia em que escutamos esta mensagem, tomamos conhecimento de um processo aberto a um teólogo (cf. aquil).

 

Entende-se que possa haver necessidade de discutir e de, fraternalmente, advertir. Mas usar termos como processo é algo que não se compagina com a atitude amável de Jesus.

 

Mas não são apenas os que pensam diferente da autoridade que são incomodados. Pelos vistos, os que querem seguir a autoridade também são perturbados...pela autoridade (cf. aqui).

 

Estará a verdade na autoridade? Ou não deverá ser a autoridade a estar (sempre!) na verdade?

 

Por causa da verdade, fere-se a justiça e obscurece-se a misericórdia. Precisamos de ter presente que, sem justiça e misericórdia (que não contendem entre si), a defesa da verdade fica debilitada.

 

As Bem-Aventuranças têm de ser proclamadas e, acima de tudo, vividas. Têm de estar nos lábios, mas têm de figurar, antes de mais, na vida.

 

Importa regressar a Jesus. Urge nunca deixar Jesus. No monte, Ele continua a identificar-Se com os perseguidos, com os que choram, com os que têm fome e sede de justiça.

publicado por Theosfera às 18:52

É sempre bom ouvi-las.

 

É cada vez mais urgente vivê-las.

publicado por Theosfera às 13:53

Há qualquer coisa de épico na porfia que o povo tunisino e egípcio está a manter pela sua liberdade.

 

E é interessante notar a atitude do exército que, num caso e noutro, sabe interpretar o sentir popular.

 

Já há mártires e a vida humana é demasiado preciosa para que um só ser humano seja imolado.

 

Fica o testemunho e o exemplo. Resta saber como se irá reconfigurar a situação naqueles países. Há sempre o perigo de uma nova ditadura substituir uma antiga ditadura.

 

Se o povo é capaz de enfrentar um poder opressor, como é que se compreende que uma lei como o acordo ortográfico seja aprovada sem que o povo se pronuncie?

 

Há aqui a conjugação entre dois factores perturbantes: a desmesura do Estado e alguma anemia dos cidadãos.

 

É preciso reacreditar. E é urgente voltar a acordar. Sempre na paz.

publicado por Theosfera às 13:41

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