Há muitas aspirações na sociedade. Acontece que essas aspirações parecem parcelares. São aspirações que se atropelam, se sobrepõem e se anulam. São aspirações que colocam pessoas e grupos longe uns dos outros e até uns contra os outros.
As apirações dos políticos parecem distantes das aspirações dos cidadãos.
As aspirações dos gestores parecem distantes das aspirações dos trabalhadores.
As aspirações de uns trabalhadores parecem distantes das aspirações de outros trabalhadores.
Isto é visível particularmente nas greves e nas manifestações. Nestas, é raro encontrar ecos de apoio fora do âmbito de quem promove as greves e as manifestações.
Andamos atomizados, deslaçados. Sobram aspirações corporativas. Falta um desígnio nacional, um rumo colectivo, um sentido comum.
Ainda estamos a tempo de nos reencontrarmos como povo?