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Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2011

Nunca foi fácil a vida para quem sonhou, para quem nunca desistiu dos seus sonhos.

 

O primeiro sonhador (José do Egipto) foi vendido.

 

O maior sonhador (Jesus Cristo) foi morto.

 

O mais conhecido sonhador dos últimos tempos (Luther King) acabou assassinado.

 

Não falta, por isso, quem desista ou quem ceda à corrente dominante.

 

Muito interessante se torna, neste contexto, um livro como o de Augusto Cury e que tem por título Nunca desista dos seus sonhos.

 

São, de facto, os sonhos «que alimentam a vida» e «regam a existência com sentido».

 

Pode ser que nunca os sonhos se realizem. Mas o fundamental é que nunca deixem de ser semeados, de ser sonhados.

 

A eternidade (mais que o futuro) é dos que sonham. Mesmo que não colham os frutos, o importante é a semente que deixam.

 

O poeta teve razão quando defendeu que «é o sonho que comanda a vida».

 

Precisamos de sonhadores. Precisamos que não cortem os sonhos.

 

Cortar um sonho é, pura e simplesmente, assassinar uma alma.

 

Vale a pena arriscar por causa dos sonhos.

 

Augusto Cury adverte que «os jovens têm muitos desejos e poucos sonhos. Os desejos não resistem às dificuldades. Os sonhos são projectos de vida, sobrevivem ao caos».

 

Mas a culpa não é dos jovens. Somos nós, adultos, que «criámos uma estufa intelectual que lhes destruiu a capacidade de sonhar. Eles estão a adoecer colectivamente: são agressivos, mas introvertidos; querem muito, mas satisfazem-se pouco».

 

O risco que o sonho transporta vale a pena ser corrido. Os sonhos são vitamínicos, regeneradores, tonificantes. «Os sonhos fazem os tímidos terem rompantes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades».

 

Nada se perde com o sonho, a não ser, talvez, o sossego. Sonhar é desassossegar.

 

São eles, os sonhos, que «oxigenam a inteligência e irrigam a vida de prazer e sentido».

 

Não desistamos de sonhar.

publicado por Theosfera às 11:03

Não sei, sinceramente, qual o objectivo de entrevistas como a que Carlos Silvino terá concedido e que está a ser, profusamente, reproduzida e comentada.

 

Diz que foi obrigado a mentir antes. Há quem alvitre que possa estar a mentir agora.

 

Há muita coisa na penumbra de todo este caso.

 

Há muita gente a sofrer com tudo isto.

 

Creio que o silêncio público seria a atitude mais sensata.

 

O ambiente já está suficientemente poluído com palavras que parecem punhais.

 

Ferem. Magoam.

 

Tempos ominosos, os nossos.

publicado por Theosfera às 10:58

A cor, a raça, a condição social, as opções religiosas e o nível cultural fazem parte do património imprescritível da humanidade.

Mas o que alicerça o respeito e a dignidade é o facto de cada um (homem ou mulher) ser uma pessoa, uma pessoa humana.

A maior igualdade, aquela que mais nos irmana, é que somos diferentes. Mas nenhuma diferença apaga a nossa condição humana.

No projecto criador de Deus e na mensagem fraternizante de Jesus, Portugal não foi dado só aos portugueses, a Espanha não foi dada só aos espanhóis e a França não foi dada só aos franceses. Na mente divina, a terra, toda a terra, foi dada aos homens, a todos os homens.

Quando nos consideramos filhos de Deus, consideramo-nos, nesse mesmo instante, irmãos de todos os homens.

Aquele que passa por mim, aquele que convive comigo é meu irmão. Pode não ter nenhuma afinidade comigo. Pode ter opiniões opostas às minhas. Mas há uma coisa que partilha comigo: a condição humana.

O sonho de Martin Luther King («I have a dream» é o que ele repete no seu discurso mais famoso) é um mundo onde todos se sintam irmãos.

O mundo é uma casa («oikos») onde todos devem ter um lugar.

Crescer para a vida é, antes de mais e acima de tudo, crescer no acolhimento do outro.

Não é fácil desmontar preconceitos. Einstein achava que era mais fácil desintegrar um átomo.

Como dizia Luigi Giussani, «educar é integrar na realidade total».

A realidade total não é só a minha, nem a da minha raça. A verdade, como se diz desde Aristóteles, é a totalidade.

O lugar do outro não é em baixo, nem atrás. Ninguém é inferior ou superior. O lugar do outro é ao meu lado, dentro de mim.

O melhor livro é o livro de cada ser humano.

Alto ou baixo, ocidental ou oriental, branco ou negro, cada homem transporta uma riqueza única.

Com cada ser humano, há muito para aprender.

É por isso que o acolhimento e a tolerância são valores mínimos indispensáveis.

Só quando acolhermos o outro como ele é nos conheceremos verdadeiramente como somos.

Sonhemos com um mundo em que ninguém seja excluído por causa da sua cor, raça ou credo.

Construamos um mundo onde a cor, a raça e o credo sejam vistos como uma riqueza para todos.

Na escola, aprendemos a conjugar verbos. Na escola da vida e na vida de cada escola, somos convidados a conjugar todas as formas de ser e estar.

Ninguém deve ser preferido. Ninguém pode ser excluído.

Todos somos necessários para a construção da obra mais bela: um mundo melhor, mais justo e mais fraterno.

publicado por Theosfera às 00:00

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