O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2011

Os pessimistas são antipáticos, incómodos, obstinados.

 

O problema é se têm razão. O problema é se estão a ver melhor a realidade.

 

A própria ideia de progresso e de desenvolvimento chega a ser apresentada como uma das mais arcaicas que nos tem sido ventilada.

 

A prática mostra que, amiúde, tal ideia conduz-nos ao oposto do que é suposto.

 

Há, de facto, todo um progresso que redunda em retrocesso. Como há todo um desenvolvimento que configura um atraso.

 

Em nome do futuro, corremos o risco de repetir o passado. O progresso, quando é sectorial, prejudica o global. Apostamos tudo na tecnologia. E na humanidade?

 

Mexemos bem nas máquinas. Será que lidamos melhor com as pessoas?

 

Por isso, meditemos bem no passado se queremos acolher bem o futuro!

 

Há toda uma literatura recente, cultivada por gente de alto gabarito e enorme sensibilidade que, no limite, nos coloca ante um desafio muito sério: a geração que aí vem será a próxima ou será a última?

 

Quero acreditar que será a primeira de uma humanidade verdadeiramente nova, autenticamente humana.

 

Sê-lo-á se nos consciencializarmos de que somos um corpo à escala planetária. Se nos abrirmos ao espírito, à verdade, à bondade e à beleza.

 

Se soubermos fazer de cada instante um (novo) começo!

publicado por Theosfera às 21:26

As cheias devidas, mas conseguem também fazer nascer heróis.

 

Um adolescente que morreu afogado nas cheias que avassalam a Austrália converteu-se num herói depois de ter pedido que resgatassem primeiro o seu irmão de 10 anos.

 

Jordan, de 13 anos, e a mãe acabaram por morrer, arrastados pela enchente.

 
 Jordan e o irmão, Blake, de 10 anos, saíram de casa com a mãe, Donna Rice, 30 anos, para ir comprar uniformes escolares. O pai, John Tyson, 46 anos, ficou em casa, na cidade de Toowoomba.
«Quando eles saíram de casa, chovia, mas não assim tanto, caso contrário não os teria deixado ir», explicou.

 

Já com as compras feitas e no regresso a casa, o carro em que a família seguia ficou imobilizado num cruzamento devido a uma enorme e súbita torrente de água. Os três subiram de imediato para o tejadilho do automóvel e Donna Rice gritou por auxílio.

 

Ao ver o desespero da família, um camionista amarrou uma corda à cintura, prendeu-a a um poste e lançou-se à água para os salvar.

 

Ao chegar junto do automóvel e ao tentar agarrar Jordan, o adolescente recusou sair de cima do tejadilho, tendo pedido ao homem: «Salve o meu irmão primeiro!».

 

Depois de ter salvo Blake, o homem regressou para junto do carro, com o intuito de ajudar Jordan e a mãe. Contudo, a corda partiu-se. Mãe e filho não resistiram à força das águas e foram arrastados, tendo morrido afogados.

 

«O Jordan não sabia nadar e tinha um medo terrível da água.Mas quando o homem foi salvá-lo, ele preferiu que o irmão fosse primeiro», contou o pai.

 

John Tyson completou, ontem, 46 anos e a família iria comemorar a data, à noite, num jantar de aniversário em casa.

publicado por Theosfera às 16:00

Ninguém parece contente com a presente campanha eleitoral. Mas poucos aparentam perceber que ela não tem feito mais que amplificar o que se passa na sociedade.

 

Há nuvens de suspeita e tempestades de insinuação na política. Mas não está a nossa vida, toda ela, afogada em suspeitas e encharcada em insinuações?

 

A política assume-se, cada vez mais, como um retrato da sociedade.

 

 É por isso que, antes de nos lançarmos numa crítica (pertinente, mas não muito legítima), seria bom que nos dedicássemos a um exercício de auto-análise.

 

Marx, Nietzsche e Freud, os mestres da suspeita, viveram há muito. Mas nos tempos que correm continuam a ter bastantes discípulos: nós!

 

A mudança é, pois, necessária. É importante preconizá-la para fora. É, porém, fundamental que comecemos por dentro.

 

Como recomendava Gandhi: «Sê tu mesmo a mudança que queres para o mundo».

 

Não percamos de vista que o problema maior não está no retrato. Estará, talvez, na coisa retratada. Que somos nós.

publicado por Theosfera às 11:24

«Os insultos dizem muito pouco sobre quem é insultado, mas dizem muito sobre quem insulta».

Assim escreveu (perspicaz e magnificamente) José Rodrigues dos Santos.

publicado por Theosfera às 10:23

E lá vai prosseguindo a campanha sem chama, sem alma e com as nuvens de suspeita a pairar.

 

É tudo muito pobre.

 

Parece que o guião é comum.

 

Tudo se resume a dizer que cada um é melhor que os outros. E que os outros pouco valem.

 

Buscam-se situações do passado, lançam-se suspeitas sobre o presente.

 

Enfim, é natural que um cidadão com um mínimo de decência se sinta exilado no tempo que lhe é dado viver.

publicado por Theosfera às 10:20

As imagens que nos chegam da Austrália e do Brasil (à semelhança das que nos vieram do Funchal) põem em evidência uma coisa: quando a natureza se revolta, nada há a fazer senão fugir.

 

A diferença está em conseguir fugir antes e tentar fugir depois.

 

É que, na Austrália, a prevenção terá funcionado melhor. Uma cidade com dois milhões de habitantes foi evacuada.

 

Chuvas diluvianas fizeram 15 mortos. E já foi muito. No Brasil, porém, o número de vítimas já ultrapassou 500.

 

Aqui, a prevenção não funcionou tão bem.

 

Os riscos da construção são cada vez maiores.

 

E, de facto, a natureza não perdoa.

 

Dói imenso ver imagens destas.

 

Somos mesmo seres tão frágeis neste mundo.

publicado por Theosfera às 10:15

O Comissário Europeu para a Concorrência deixou bem claro que reduzir os salários não é caminho.

 

Trata-se de uma redundância. Toda a gente sabe disso.

 

Como é que se pode combater a crise com medidas que agudizam a crise?

 

Restam duas perguntas.

 

Irá o nosso país, sempre tão pressuroso na incorporação das directivas comunitárias, seguir o conselho de um alto responsável europeu?

Infelizmente, não me parece.

 

E, já agora, será que o mesmo alto responsável defenderá na Comissão Europeia o que acaba de dizer em Portugal? É que tem sido a mesma Europa a impor sacrifícios atrás de sacrifícios.

 

Só os sacrifícios são transpostos...

publicado por Theosfera às 10:10

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