O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Quinta-feira, 13 de Janeiro de 2011

São José Lapa, numa entrevista que sai num jornal de amanhã, diz, creio que em tom de lamento, que qualquer um julga que pode ser actor.

 

A presunção abrange todas as áreas.

 

Qualquer um julga que pode ser qualquer coisa.

 

O talento e o mérito não são devidamente estimulados nem reconhecidos.

 

A qualificação nem sequer é tida na devida conta.

 

A apetência parece valer mais que a competência.

 

Às vezes, dá a impressão de que a qualidade é até um handicap, um problema.

 

A ausência de padrões e a falta de critérios podem levar a uma ascensão da mediocridade.

 

Esta, conjugada com a inveja, pode (avisa José Gil) afastar os mais capazes.

 

Atenção que a capacidade não pode ser aferida apenas pela via académica.

 

O Brasil é um exemplo eloquente. Alguém sem estudos conseguiu fazer daquele país um caso de sucesso.

 

Mas não se diga que Lula não se preparou. Preparou-se (e muito) ao lomgo de toda a vida.

 

É preciso nivelar por cima. É fundamental puxar pelo melhor que há no ser humano e na sociedade.

 

A democracia não pode ser confundida com a banalidade.

publicado por Theosfera às 22:53

À primeira vista, é para não acreditar. Mas parece que a China está mesmo a ponderar obrigar, por via de lei, os filhos a visitar os pais!

 

Já é preciso pôr na lei o que devia estar no coração?

 

O afecto e o amor passarão a ser regulamentados?

 

Avançamos na técnica. Mas estamos a regredir (perigosamente) em humanidade.

publicado por Theosfera às 11:31

O desespero desfigura. O desespero transtorna. O desespero mata.

 

No Haiti, de que tanto se voltou a ouvir falar, uma mãe matou o seu filho.

 

Sim, leram bem. Uma mãe matou o seu filho.

 

Não encontrou quem o acolhesse. Ela, pelos vistos, não tinha condições para o ter.

 

Sem alternativa, enveredou pela opção fatal.

 

No fundo, o desespero é uma morte no coração de quem é tolhido por ele.

 

O crime de Nova Iorque, com os pormenores asquerosos que a todo o instante nos são servidos, mostra que, no fundo, houve duas mortes.

 

Carlos Castro foi morto. Mas Renato Seara, de certa forma, também morreu.

 

O espanto das pessoas que o conhecem revela uma coisa elementar. O acto que, alegadamente, praticou não condiz com o seu perfil, com a sua conduta.

 

Houve, portanto, uma desfiguração, quiçá ditada pelo desespero.

 

Era como se outra pessoa se tivesse apoderado dele.

 

Conseguirá Renato renascer, como se infere do étimo do seu nome?

 

Deixemos os juízos para quem tem de julgar.

 

Procuremos, sim, reflectir e inflectir.

 

O mundo é belo. Mas está a ficar um lugar muito perigoso.

 

publicado por Theosfera às 11:20

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