O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Domingo, 02 de Janeiro de 2011

«Uma amizade fiel e estável é o que a alma mais deseja. É muito bom confessar segredos aos corações que estão preparados e que nos dão segurança. Teres amigos em quem confias mais até do que em ti, que tenham uma linguagem acolhedora, que dêem opiniões para resolveres os teus problemas, que transformem a tristeza em alegria, é muito bom».

Assim escreveu (sublime e magnificamente) Séneca.

publicado por Theosfera às 23:15

Parece que tudo se esvai e se esfuma. A passagem de ano é, essencialmente, marcada por excessos: excesso de gastos, excesso de ruído, excesso de futilidades.

 

Dá a impressão de que se quer afogar, numas horas, as mágoas passadas e as dores futuras.

 

É preciso haver mais criatividade. Deus tem de estar no centro destes momentos. A paz da Sua companhia infunde uma felicidade incomparável.

 

Soube, entretanto, que tu, meu Irmão, saíste do ano velho a rezar; entraste no ano novo a rezar. Fizeste bem! Feliz ano novo na companhia de Deus!

 

Amanhã teremos, já, o primeiro teste!

 

Que não seja só novo o ano. Que seja nova a vida. Sobretudo a vida.

 

Não pode ser só o ano a trazer a novidade. Temos de ser todos a construí-la.

 

Extirpemos a injustiça e a violência, esbanjemos a paz e a esperança.

 

Demos as mãos. Pensemos no próximo e no pobre. Não jugulemos a vida do desfavorecido.

 

Mantenhamos acesa a coragem da verdade e da coerência.

 

publicado por Theosfera às 14:16

Tem feito o Santo Padre um esforço meritório no sentido de tornar mais transparentes as actividades financeiras do Banco do Vaticano.

 

É muito louvável esta preocupação, sem dúvida. Mas é preocupante que estas situações ocorram numa instituição ligada à Igreja.

 

É certo que a Igreja é composta por homens e, como tal, a exposição ao erro cobre-nos a todos por igual.

 

Não terá chegado, entretanto, a altura de ponderar, além do funcionamento, a própria existência de um tal banco?

 

Será que a Igreja deverá ter um banco?

 

As operações financeiras das pessoas e instituições eclesiásticas não poderão ser efectuadas nos bancos de um qualquer país?

 

Com todo o respeito, penso que o princípio da Carta a Diogneto encerra uma actualidade flagrante: os cristãos devem ser no mundo o que alma é no corpo. Não somos um mundo à parte, mas parte do mundo.

 

O despojamento, a que o mistério epifânico do Natal nos convida, oferece-nos uma liberdade insuperável.

 

Estou certo de que, a breve prazo, as coisas seguirão o seu rumo. São muitos os sinais acerca do que Deus quer.

 

Com serenidade e humildade, os passos serão dados. Deus também fala (e de que maneira) pelos sinais que envia.

 

Hoje, a estrela que nos conduz a Deus brilha no interior das consciências dos cristãos. De todos!

publicado por Theosfera às 14:10

Das memórias de Winston Park vem-nos esta prece que, à primeira vista, pode saber a desespero mas que, no fundo, transpira uma ambiência olorosa de autenticidade:

 

«Senhor, Deus meu,

não sei por que me fizeste assim.

 

Sim, porque acredito que nada acontece sem Ti.

 

Para ser fiel à Tua inspiração, tornei-me um proscrito,

um incompreendido.

 

Dei-me e olha para mim.

Tu bem sabes como estou: só!

Estou só e sem saída.

 

Sei que me dizes para persistir.

Mas para quê?

Transformar o mundo não consigo.

Integrar o sistema que nele vigora não posso.

 

Para mudar o mundo, as forças são nulas.

Para integrar o sistema que nele vigora, a consciência não deixa.

 

Porque não me deste, Senhor, a arte do camaleão?

Porque é que me deste apenas uma cara?

 

Continuo à espera.

Diz-me que fazer.

 

Enquanto espero, sinto que não vivo.

Sobrevivo.

Em Ti, Senhor».

publicado por Theosfera às 14:09

Jesus, hoje, aparece-nos a ser presenteado.

 

Oferecem-Lhe coisas do melhor: ouro, incenso e mirra.

 

Mas talvez não nos apercebamos de que é Ele quem nos obsequia com a maior dádiva: Ele mesmo.

 

Jesus, epifania de Deus, é o grande presente de Deus à Humanidade.

 

Ele é a Humanidade gerada por Deus.

 

N'Ele encontramo-nos. Ele é a imagem de Deus invisível e o modelo para todo ser humano.

 

Uma vez mais, nunca é demais anotar o essencial: Ele visita-nos na maior pobreza, humildade e largueza.

 

Ele é para todos.

 

Não há qualquer tipo de centrismo: nem etnocentrismo nem eclesiocentrismo.

 

Todos os povos vêm adorá-Lo. A Sua missão é para todos.

 

Ninguém pode aprisionar o dador da Liberdade.

publicado por Theosfera às 14:08

No dia 2 de Janeiro, a Igreja celebra a memória de dois santos que foram dois enormes amigos: S. Basílio e S. Gregório de Nazianzo.

 

O que mais toca não é a sabedoria e a santidade que os exornava. O que mais impressiona é, sem dúvida, a amizade que os ligava.

 

 É, de facto, sumamente comovente ler o que S. Gregório diz acerca da união entre os dois: consideravam-se como uma alma em dois corpos.

 

 Cada um trabalhava não para ser o primeiro entre os dois, mas para dar a primazia ao outro.

 

 Como precisamos, hoje em dia, de amizades deste jaez, desta envergadura!

 

 O amigo é o irmão que se escolhe. Mas, também neste campo, sobram amargas desilusões.

 

 Às vezes, de quem tudo se espera nada vem. E não sei que será pior: não ter amigos ou pensar que se tem, sem se ter.

 

 Jesus chamou amigos aos Seus discípulos. Temos de continuar à procura do verdadeiro amigo. Nem que leve a vida toda!

 

 Mas ele também vai aparecendo: com vários (não muitos) nomes, com diversas feições e, sobretudo, em todos os momentos.

 

 O amigo é, acima de tudo, o que nunca falha!

publicado por Theosfera às 14:06

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