Tem feito o Santo Padre um esforço meritório no sentido de tornar mais transparentes as actividades financeiras do Banco do Vaticano.
É muito louvável esta preocupação, sem dúvida. Mas é preocupante que estas situações ocorram numa instituição ligada à Igreja.
É certo que a Igreja é composta por homens e, como tal, a exposição ao erro cobre-nos a todos por igual.
Não terá chegado, entretanto, a altura de ponderar, além do funcionamento, a própria existência de um tal banco?
Será que a Igreja deverá ter um banco?
As operações financeiras das pessoas e instituições eclesiásticas não poderão ser efectuadas nos bancos de um qualquer país?
Com todo o respeito, penso que o princípio da Carta a Diogneto encerra uma actualidade flagrante: os cristãos devem ser no mundo o que alma é no corpo. Não somos um mundo à parte, mas parte do mundo.
O despojamento, a que o mistério epifânico do Natal nos convida, oferece-nos uma liberdade insuperável.
Estou certo de que, a breve prazo, as coisas seguirão o seu rumo. São muitos os sinais acerca do que Deus quer.
Com serenidade e humildade, os passos serão dados. Deus também fala (e de que maneira) pelos sinais que envia.
Hoje, a estrela que nos conduz a Deus brilha no interior das consciências dos cristãos. De todos!