Neste dia, há 75 anos, morreu uma pessoa que Pessoa se chamava, mas que muitas pessoas parecia transportar dentro de si.
Escreveu sobre nós, mas permanece quase incógnito no nosso meio à medida que vai sendo descoberto lá fora e aplaudido lá longe.
Personalidade plurifacetada, deixou uma obra onde imprime uma profundidade densa.
Volvidos estes anos, o seu vaticínio continua prenhe de acuidade: «Falta cumprir-se Portugal».
Este é um desígnio cada vez mais dificultado, mas não será missão impossível.
Se Deus continua a querer e se nós, homens, continuamos a sonhar, porque é que a obra não haverá de nascer?
A obra é a justiça social, o desenvolvimento, a partilha, a esperança.
É isto que faz um povo. É isto que faz uma terra, uma terra que Deus quer uma e não uma terra atomizada em poucos ricos e muitos pobres!