O acontecimento de Deus nos acontecimentos dos homens. A atmosfera é sempre alimentada por uma surpreendente Theosfera.

Terça-feira, 30 de Novembro de 2010

Neste dia, há 75 anos, morreu uma pessoa que Pessoa se chamava, mas que muitas pessoas parecia transportar dentro de si.

 

Escreveu sobre nós, mas permanece quase incógnito no nosso meio à medida que vai sendo descoberto lá fora e aplaudido lá longe.

 

Personalidade plurifacetada, deixou uma obra onde imprime uma profundidade densa.

 

Volvidos estes anos, o seu vaticínio continua prenhe de acuidade: «Falta cumprir-se Portugal».

 

Este é um desígnio cada vez mais dificultado, mas não será missão impossível.

 

Se Deus continua a querer e se nós, homens, continuamos a sonhar, porque é que a obra não haverá de nascer?

 

A obra é a justiça social, o desenvolvimento, a partilha, a esperança.

 

É isto que faz um povo. É isto que faz uma terra, uma terra que Deus quer uma e não uma terra atomizada em poucos ricos e muitos pobres!

publicado por Theosfera às 14:08

Por natureza (e sucessivos ensaios de definição), a escola é o espaço da abrangência.

 

Não se pede à escola que seja exaustiva. Mas exige-se-lhe que procure ser universal.

 

Daí até o facto de a escola superior ter o nome de universidade.

 

Não podendo tocar em todos os saberes, ela procura oferecer, pelo menos, o essencial de todos os conhecimentos.

 

É por tudo isto que a escola se torna um repositório da ciência e um laboratório de valores.

 

Na escola se aprende o conhecimento e a sabedoria.

 

Vicissitudes múltiplas e imprevistos vários, porém, estão a converter a escola no lugar da especialidade.

 

Formam-se peritos em várias áreas, mas está a esbater-se, cada vez mais, a percepção do universal.

 

Encontramos óptimos técnicos, mas deixamos de encontrar muitos sábios, embora estes ainda apareçam.

 

A cultura de Zubiri era tal que foi denominado especialista do universal.

 

A preocupação pela especialidade pode transformar a escola no espaço do esquecimento. E, como lembra Ellie Wiesel, esquecer acaba por ser rejeitar.

 

Uma das últimas obras de Tony Judt, precocemente falecido este ano, fala-nos do século XX esquecido. E por lá desfilam nomes que, em tempos, nos soavam a familiares.

 

Mas, hoje em dia, quem sabe quem foram Primo Levi, Arthur Koestler, Manes Sperber ou até Hannah Arendt?

 

Já nem Descartes, pelos vistos, é conhecido. Ainda ontem, um popular concurso televisivo patenteava esta lacuna. Kant era descrito como um especialista em economia.

 

O problema é que este esquecimento alastra. A vida está povoada de esquecimentos e cravada de esquecidos...

publicado por Theosfera às 12:01

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